Dissertação_Hamilton Correa Barbosa versão final - Sistema de ...

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05.08.2013 Views

2 METODOLOGIA Este trabalho propõe-se a tratar a questão principal de forma teórica inicialmente e procurando formular no referencial disponível as bases de discussão conceitual, vinculadas às questões decorrentes e ao objetivo proposto, possibilitando aprofundar nas possíveis respostas ou inferências. O que se espera de uma dissertação de mestrado profissional é, como afirmam Collis e Hussey (2005, p. 37), “uma exposição ordenada, crítica e ponderada do conhecimento ganho por meio dos esforços do aluno. Um retrospecto abrangente da literatura”. Esta dissertação segue um paradigma fenomenológico, cujos atributos (qualitativo, subjetivo, humanista e interpretativo) permitem entender o comportamento humano a partir da estrutura de referência do participante, em que a ação de investigar a realidade tem um efeito sobre a realidade investigada (COLLIS; HUSSEY, 2005). O paradigma fenomenológico adequa-se ao propósito desta dissertação porque com ele é possível captar a essência dos fenômenos para abstrair conhecimentos e significados, possibilitando generalizar-se de um ambiente para outro descrevendo, entendendo e explicando (COLLIS; HUSSEY, 2005). Adotando o paradigma fenomenológico, esta dissertação segue a metodologia de estudo de caso, um exame que se pretende extensivo de um único exemplo de um fenômeno (COLLIS; HUSSEY, 2005). Isto implica em uma única unidade de análise, no caso desta dissertação trata-se de uma empresa. Yin (2005) considera que o estudo de caso é um modelo freqüentemente utilizado para a pesquisa de teses e dissertações, em especial na ciência da administração. 21

Segundo o autor, o estudo de caso acrescenta duas fontes de evidências: observação dos acontecimentos que estão sendo estudados e entrevistas das pessoas neles envolvidas. O diferencial deve ser a capacidade do pesquisador em lidar com uma ampla variedade de evidências como documentos, entrevistas e observações. Yin (2005) pondera que estudos de caso, da mesma forma que os experimentos podem ser generalizáveis a proposições teóricas. O objetivo deve ser fazer uma análise “generalizante” e não “particularizante” (LIPSET; TROW; COLEMAN 4 apud YIN, 2005). Normann (1970 apud Collis e Hussey, 2005) 5 vai além, considerando ser possível generalizar até mesmo a partir de um único caso, se a análise captar interações e características do fenômeno em estudo. Yin (2005, p. 33) afirma que “a pesquisa de estudo de caso inclui tanto estudos de caso único quanto de casos múltiplos”, duas variantes de projetos de estudo de caso. caso: Para o autor há pelo menos cinco aplicações diferentes para estudos de 1. explicar supostos vínculos causais em intervenções da vida real; 2. descrever uma intervenção e o contexto na vida real em que ela ocorre; 3. ilustrar certos tópicos dentro de uma avaliação; 4. explorar situações nas quais a intervenção que está sendo avaliada não apresenta um conjunto claro e simples de resultados; 5. ser o estudo e um estudo de avaliação (“meta avaliação”). 4 Lipset, S.; Trow, M.; Coleman, J. (1956). Union democracy: the inside politics of the international typographical union.New York: Free Press. 5 Normann, R. (1970). A personal quest for methodology. Stockholm: Scandinavian Institutes for Administrative Research 22

Segundo o autor, o estudo <strong>de</strong> caso acrescenta duas fontes <strong>de</strong> evidências:<br />

observação dos acontecimentos que estão sendo estudados e entrevistas das<br />

pessoas neles envolvidas. O diferencial <strong>de</strong>ve ser a capacida<strong>de</strong> do pesquisador em<br />

lidar com uma ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> evidências como documentos, entrevistas e<br />

observações.<br />

Yin (2005) pon<strong>de</strong>ra que estudos <strong>de</strong> caso, da mesma forma que os<br />

experimentos po<strong>de</strong>m ser generalizáveis a proposições teóricas. O objetivo <strong>de</strong>ve ser<br />

fazer uma análise “generalizante” e não “particularizante” (LIPSET; TROW;<br />

COLEMAN 4 apud YIN, 2005).<br />

Normann (1970 apud Collis e Hussey, 2005) 5 vai além, consi<strong>de</strong>rando ser<br />

possível generalizar até mesmo a partir <strong>de</strong> um único caso, se a análise captar<br />

interações e características do fenômeno em estudo.<br />

Yin (2005, p. 33) afirma que “a pesquisa <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> caso inclui tanto<br />

estudos <strong>de</strong> caso único quanto <strong>de</strong> casos múltiplos”, duas variantes <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong><br />

estudo <strong>de</strong> caso.<br />

caso:<br />

Para o autor há pelo menos cinco aplicações diferentes para estudos <strong>de</strong><br />

1. explicar supostos vínculos causais em intervenções da vida real;<br />

2. <strong>de</strong>screver uma intervenção e o contexto na vida real em que ela<br />

ocorre;<br />

3. ilustrar certos tópicos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma avaliação;<br />

4. explorar situações nas quais a intervenção que está sendo<br />

avaliada não apresenta um conjunto claro e simples <strong>de</strong> resultados;<br />

5. ser o estudo e um estudo <strong>de</strong> avaliação (“meta avaliação”).<br />

4 Lipset, S.; Trow, M.; Coleman, J. (1956). Union <strong>de</strong>mocracy: the insi<strong>de</strong> politics of the international<br />

typographical union.New York: Free Press.<br />

5 Normann, R. (1970). A personal quest for methodology. Stockholm: Scandinavian Institutes for<br />

Administrative Research<br />

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