Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira
Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira
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*Teratógenos Efeitos<br />
Citomegalovírus<br />
Diabetes materna<br />
Retardo <strong>de</strong> crescimento, hidrocefalia, microcefalia, calcificações<br />
intracraneanas.<br />
Macrossomia; malformações cardíacas, esqueléticas,<br />
renais, gastrointestinais do sistema nervoso central.<br />
Fenilcetonúria materna Microcefalia, retardo do crescimento, cardiopatia.<br />
Por quê a prevenção?<br />
Cerca <strong>de</strong> 70% <strong>da</strong>s <strong>de</strong>ficiências po<strong>de</strong>m ser evita<strong>da</strong>s com acompanhamento apropriado<br />
durante a gestação, o parto e após o nascimento com medi<strong>da</strong>s simples e baratas.<br />
A prevenção <strong>da</strong>s <strong>de</strong>ficiências físicas e mentais <strong>de</strong>ve ser uma preocupação <strong>de</strong> to<strong>da</strong><br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> antes <strong>da</strong> concepção do feto, durante a gravi<strong>de</strong>z, durante o parto, pósparto<br />
imediato e ao longo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong>.<br />
O nascimento <strong>de</strong> uma criança <strong>de</strong>ficiente ou que sofre <strong>de</strong> lesões irreversíveis por<br />
doenças infecto-contagiosas, <strong>de</strong>snutrição, traumas, aci<strong>de</strong>ntes, violência doméstica, não é<br />
conseqüência do acaso ou uma “fatali<strong>da</strong><strong>de</strong> do <strong>de</strong>stino”.<br />
É necessário interferir na <strong>de</strong>tecção precoce dos fatores <strong>de</strong> risco para alterações <strong>de</strong> déficit<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, pois uma vez instala<strong>da</strong>s esta criança sofrera o <strong>de</strong>scaso, o abandono e<br />
as conseqüências próprias e as impostas pelos valores culturais <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> povo.<br />
Uma vez que a resposta dos indígenas a este tipo <strong>de</strong> doença é a ação e não a análise<br />
<strong>da</strong> situação, não po<strong>de</strong>ndo justificar ou explicar a ação, a prevenção (principalmente primária<br />
e secundária), é <strong>de</strong> extrema importância.<br />
Quando a lesão ou seqüela já estiver instala<strong>da</strong>, a habilitação ou reabilitação inexiste<br />
ou po<strong>de</strong>rá ser pouco aceita nestas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Como realizar a prevençao?<br />
“Das patologias graves, quando instala<strong>da</strong>s, a suspeita é evi<strong>de</strong>nte”.<br />
Sábio e protetor é o olhar <strong>de</strong> quem enxerga <strong>de</strong>talhes, procura conhecimento e é capaz<br />
<strong>de</strong> encontrar, a tempo, soluções”.<br />
3.5.1. LPM- PR<br />
continuação<br />
A prevenção vai além <strong>de</strong> um estilo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> saudável, caminha na busca <strong>de</strong> um bem<br />
estar global, individual e coletivo. A saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser vista como um recurso para a vi<strong>da</strong> e<br />
não um objetivo para viver enfatizando os recursos pessoais e sociais, bem como as capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
físicas.<br />
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> <strong>à</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Criança</strong> <strong>Indígena</strong> <strong>Brasileira</strong> – pág. 53