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Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira

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Quais crianças, com ITU comprova<strong>da</strong> laboratorialmente, necessitam <strong>de</strong> acompanhamento<br />

com o médico pediatra?<br />

• menores <strong>de</strong> três anos;<br />

• meninos <strong>de</strong> qualquer i<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

• segundo episódio em meninas com três anos ou mais.<br />

Finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do acompanhamento e investigação complementar:<br />

• avaliar periodicamente, <strong>de</strong> forma rigorosa, o trato urinário, para i<strong>de</strong>ntificar precocemente<br />

recidivas assintomáticas;<br />

• afastar malformações do trato urinário, como refluxo vesicoureteral (RVU), válvulas<br />

<strong>de</strong> uretra posterior, estenose congênita uretrovesical, alterações funcionais miccional:<br />

bexiga neurogênica e não neurogênica;<br />

• evitar complicações associa<strong>da</strong>s <strong>à</strong>s ITUs recorrentes, como cicatrizes renais, comprometendo<br />

a função renal (10% <strong>da</strong>s crianças), ou hipertensão arterial crônica (1%-2%<br />

dos casos).<br />

Por quanto tempo as crianças <strong>de</strong>vem ser acompanha<strong>da</strong>s pelo médico pediatra em ambulatório?<br />

Por período mínimo <strong>de</strong> dois anos, sendo realizados os exames <strong>de</strong> imagem, uroculturas<br />

regulares e introdução <strong>de</strong> quimioprofilaxia para as ITU <strong>de</strong> repetição, nos casos <strong>de</strong> RVU,<br />

e nas crianças menores <strong>de</strong> seis meses. Deve-se também introduzir a quimioprofilaxia<br />

após o diagnóstico <strong>de</strong> ITU até realização <strong>da</strong> UCM. Caso haja o diagnóstico <strong>de</strong> malformações<br />

do trato urinário, o acompanhamento se prolonga e avaliar-se-á a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> correção cirúrgica.<br />

Como abor<strong>da</strong>r a ITU nas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s indígenas?<br />

Devemos orientar a ingestão <strong>de</strong> líquidos, higiene perineal, evitar quadros <strong>de</strong> obstipação<br />

e, por meio do quadro clínico, iniciar terapêutica precoce e pedir exames necessários.<br />

Caso estes sejam indisponíveis, manter o tratamento por 10 dias.<br />

a) Referências bibliográficas<br />

1. Ministerio <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Programa Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família. <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> condutas médicas. São<br />

Paulo, 2001.<br />

2. Mascaretti, LAS; Bricks, LF; Leal, MM. Afecções do aparelho urogenital. In: Issler, H; Leone,<br />

C; Marcon<strong>de</strong>s, E. Pediatria na <strong>Atenção</strong> Primária. São Paulo. Ed Sarvier, 1999. p.333-345.<br />

3. Reis, AG; Grisi, S. <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Pronto socorro em Pediatria clínica. São Paulo: Ed Atheneu,<br />

1998.<br />

4. Sucupira, ACSL. Pediatria em consultório. São Paulo: Ed Sarvier, 2000.<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>Atenção</strong> <strong>à</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Criança</strong> <strong>Indígena</strong> <strong>Brasileira</strong> – pág. 221

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