04.08.2013 Views

Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira

Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira

Manual de Atenção à Saúde da Criança Indígena Brasileira

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O Streptococcus beta hemolítico do grupo A é um habitante natural <strong>da</strong> orofaringe,<br />

estando presentes em 15% a 20% <strong>da</strong>s crianças. A faixa etária <strong>de</strong> maior incidência <strong>da</strong> faringoami<strong>da</strong>lite<br />

estreptocócica situa-se entre os cinco e os 15 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. A transmissão é<br />

feita por contato interpessoal, media<strong>da</strong> por perdigotos; portadores do estreptococo em nariz<br />

ou garganta são disseminadores eficientes. Conseqüentemente, a aquisição <strong>de</strong>sta bactéria<br />

é facilita<strong>da</strong> por habitações com número gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas, creches e escolas.<br />

A seguir as principais apresentações clínicas <strong>da</strong> infecção agu<strong>da</strong> <strong>de</strong> garganta.<br />

4.4.1. Faringoami<strong>da</strong>lite agu<strong>da</strong> bacteriana<br />

O período <strong>de</strong> incubação <strong>da</strong> doença é <strong>de</strong> um a três dias. O quadro clínico varia conforme a<br />

faixa etária, sendo assim <strong>de</strong>scritas três distintas apresentações clínicas, em menores <strong>de</strong> seis meses,<br />

entre crianças com i<strong>da</strong><strong>de</strong> variando dos seis meses aos três anos e em maiores <strong>de</strong> três anos.<br />

Os achados mais sugestivos <strong>de</strong> faringite estreptocócica são evidências clínicas <strong>de</strong><br />

faringite agu<strong>da</strong>, febre e ausência <strong>de</strong> coriza, tosse ou conjuntivite.<br />

a) estreptococose (crianças menores <strong>de</strong> seis meses)<br />

104<br />

Quadro clínico insidioso e caracterizado por sintomas leves, incluindo febre abaixo <strong>de</strong><br />

39˚C, coriza clara, irritabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, inapetência e outros sintomas inespecíficos. O quadro<br />

clínico é confundido com o do resfriado comum. A duração é <strong>de</strong> até quatro semanas;<br />

b) estreptococose (crianças entre seis meses e três anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>)<br />

O estado geral encontra-se mais comprometido do que no caso <strong>da</strong>s crianças menores<br />

<strong>de</strong> seis meses. Também há coriza clara, irritabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, inapetência e outros sintomas<br />

inespecíficos. A febre chega até a 39,5˚C nos primeiros dias, po<strong>de</strong>ndo alcançar dois<br />

meses <strong>de</strong> duração. Os linfonodos cervicais anteriores tornam-se progressivamente<br />

aumentados e dolorosos e sua evolução clínica é paralela <strong>à</strong> <strong>da</strong> febre. Neste caso,<br />

são comuns complicações locais como a otite média agu<strong>da</strong> e a sinusite;<br />

c) faringite estreptocócica em maiores <strong>de</strong> três anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

• sintomas: dor <strong>de</strong> garganta <strong>de</strong> aparecimento precoce (primeiras 12 horas), dor <strong>à</strong><br />

<strong>de</strong>glutição, febre alta (> 39˚C), indisposição, dor abdominal, vômitos;<br />

• sinais: dois terços dos pacientes po<strong>de</strong>m ter apenas hiperemia leve <strong>de</strong> pilares<br />

faríngeos, sem hipertrofia ou exsu<strong>da</strong>to nas amí<strong>da</strong>las. Os sinais mais freqüentemente<br />

encontrados em pacientes com quadro clínico <strong>de</strong> faringoami<strong>da</strong>lite agu<strong>da</strong><br />

bacteriana são exsu<strong>da</strong>to formando placas em to<strong>da</strong> a superfície <strong>da</strong>s amí<strong>da</strong>las,<br />

hiperemia difusa <strong>da</strong>s amí<strong>da</strong>las e pilares faríngeos, linfonodos submandibulares<br />

aumentados e dolorosos e petéquias no palato mole.<br />

4.4.2. Faringoami<strong>da</strong>lite agu<strong>da</strong> viral<br />

• sintomas: febre, indisposição e anorexia são os sintomas iniciais. A dor <strong>de</strong> garganta<br />

aparece usualmente <strong>de</strong> um a dois dias <strong>de</strong>pois.<br />

Fun<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!