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Política Nacional de Atenção às Urgências - BVS Ministério da Saúde

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ANEXO<br />

SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA<br />

Regulamento Técnico<br />

Introdução<br />

Portaria n. o 2.048/GM<br />

A área <strong>de</strong> Urgência e Emergência constitui-se em um importante<br />

componente <strong>da</strong> assistência à saú<strong>de</strong>. A crescente <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por serviços<br />

nesta área nos últimos anos, <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> ao crescimento do número <strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>ntes e <strong>da</strong> violência urbana e à insuficiente estruturação <strong>da</strong> re<strong>de</strong><br />

são fatores que têm contribuído <strong>de</strong>cisivamente para a sobrecarga <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> Urgência e Emergência disponibilizados para o atendimento<br />

<strong>da</strong> população. Isso tem transformado esta área numa <strong>da</strong>s mais<br />

problemáticas do Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

O aumento dos casos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e violência tem forte impacto<br />

sobre o SUS e o conjunto <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Na assistência, este impacto<br />

po<strong>de</strong> ser medido diretamente pelo aumento dos gastos realizados com<br />

internação hospitalar, assistência em UTI e a alta taxa <strong>de</strong> permanência<br />

hospitalar <strong>de</strong>ste perfil <strong>de</strong> pacientes. Na questão social, po<strong>de</strong> ser<br />

verificado pelo aumento <strong>de</strong> 30% no índice APVP (Anos Potenciais <strong>de</strong><br />

Vi<strong>da</strong> Perdidos) em relação a aci<strong>de</strong>ntes e violências nos últimos anos,<br />

enquanto que por causas naturais este <strong>da</strong>do encontra-se em que<strong>da</strong>.<br />

A assistência <strong>às</strong> urgências se dá, ain<strong>da</strong> hoje, predominantemente<br />

nos “serviços” que funcionam exclusivamente para este fim – os tradicionais<br />

pronto-socorros – estando estes a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente estruturados e<br />

equipados ou não. Abertos nas 24 horas do dia, estes serviços acabam<br />

por funcionar como “porta-<strong>de</strong>-entra<strong>da</strong>” do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, acolhendo<br />

pacientes <strong>de</strong> urgência propriamente dita, pacientes com quadros<br />

percebidos como urgências, pacientes <strong>de</strong>sgarrados <strong>da</strong> atenção primária<br />

e especializa<strong>da</strong> e as urgências sociais. Tais <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s misturam-se nas<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> urgência superlotando-as e comprometendo a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> assistência presta<strong>da</strong> à população. Esta reali<strong>da</strong><strong>de</strong> assistencial é, ain<strong>da</strong>,<br />

agrava<strong>da</strong> por problemas organizacionais <strong>de</strong>stes serviços como, por<br />

exemplo, a falta <strong>de</strong> triagem <strong>de</strong> risco, o que <strong>de</strong>termina o atendimento<br />

por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> chega<strong>da</strong> sem qualquer avaliação prévia do caso, acarretando,<br />

muitas vezes, graves prejuízos aos pacientes. Habitualmente,<br />

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