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Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada

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MINISTÉRIO DA SAÚDE<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong><br />

<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> Relacionada à<br />

Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Série C. Projetos,<br />

<strong>Programa</strong>s e Relatórios<br />

Brasília – DF<br />

2005


© 2005 Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total <strong>de</strong>sta obra,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.<br />

A responsabilida<strong>de</strong> pelos direitos autorais <strong>de</strong> textos e imagens <strong>de</strong>sta obra é do<br />

Departamento <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Auditoria do SUS.<br />

A coleção institucional do Ministério da Saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser acessada, na íntegra, na<br />

Biblioteca Virtual do Ministério da Saú<strong>de</strong>: http://www.sau<strong>de</strong>.gov.br/bvs<br />

O conteúdo <strong>de</strong>sta e <strong>de</strong> outras obras da Editora do Ministério da Saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser<br />

acessado na página: http://www.sau<strong>de</strong>.gov.br/editora<br />

Série C. Projetos, <strong>Programa</strong>s e Relatórios<br />

Tirag<strong>em</strong>: 1.ª edição – 2005 – 7.000 ex<strong>em</strong>plares<br />

Elaboração, distribuição e informações:<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Esplanada dos Ministérios, bloco G, Edifício Se<strong>de</strong>,<br />

1.º andar, sala 134<br />

CEP: 70058-900, Brasília – DF<br />

E-mail: svs@sau<strong>de</strong>.gov.br<br />

Home page: www.sau<strong>de</strong>.gov.br/svs<br />

Impresso no Brasil / Printed in Brazil<br />

Ficha Catalográfica<br />

Brasil. Ministério da Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>. Coor<strong>de</strong>nação-Geral<br />

<strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong>.<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong><br />

da água para consumo humano / Ministério da Saú<strong>de</strong>, Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong>. – Brasília : Editora<br />

do Ministério da Saú<strong>de</strong>, 2005.<br />

106 p. : il. color. – (Série C. Projetos, <strong>Programa</strong>s e Relatórios)<br />

ISBN 85-334-0951-6<br />

1. Consumo <strong>de</strong> água (saú<strong>de</strong> ambiental). 2. Qualida<strong>de</strong> da água. 3. <strong>Vigilância</strong>. I.<br />

Título. II. Série.<br />

NLM WA 30<br />

Catalogação na fonte – Editora MS – OS 2005/0408<br />

Títulos para in<strong>de</strong>xação:<br />

Em inglês: Environmental Health Surveillance National Program related to the<br />

Water Quality for Human Consumption<br />

Em espanhol: <strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Vigilancia en Salud <strong>Ambiental</strong> <strong>relacionada</strong> a<br />

la Calidad <strong>de</strong>l Agua para Consumo Humano<br />

EDITORA MS<br />

Documentação e Informação<br />

SIA, trecho 4, lotes 540/610<br />

CEP: 71200-040, Brasília – DF<br />

Tels.: (61) 3233-1774 / 3233-2020<br />

Fax: (61) 3233-9558<br />

E-mail: editora.ms@sau<strong>de</strong>.gov.br<br />

Home page: http://www.sau<strong>de</strong>.gov.br/editora<br />

Equipe Editorial:<br />

Normalização: Vanessa Kelly Leitão<br />

Revisão: Mara Pamplona,<br />

Claudia Profeta<br />

Capa: Marcus Monici<br />

Projeto gráfico: Leandro Araújo


Lista <strong>de</strong> figuras<br />

e quadros<br />

Figura 1– Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> interações envolvidas no processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença associada à contaminação da água . . . . . . 44<br />

Quadro 1 – Operacionalização da “Estrutura <strong>de</strong> Causa e<br />

Efeito para as Ações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Ambiente” na vigilância<br />

da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano . . . . . . . . . 45<br />

Figura 2 – Inter-relação entre a vigilância e o controle da<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano . . . . . . . . . . . . 54<br />

Figura 3 – Ações básicas para operacionalização da<br />

vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano . 61<br />

Figura 4 – Organização institucional do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong><br />

da água para consumo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72<br />

Quadro 2 – Ações <strong>de</strong> vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano por esfera <strong>de</strong> governo . . . . . . . . . . . . . 80<br />

Quadro 3 – Metas e priorida<strong>de</strong>s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86


Sumário<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

5


Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9<br />

1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13<br />

2 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19<br />

2.1 Importância da água para saú<strong>de</strong> humana . . . . . . . . . . 20<br />

2.2 Efeitos sobre a saú<strong>de</strong> . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21<br />

3 Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25<br />

4 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37<br />

4.1 Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38<br />

4.2 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38<br />

5 O processo saú<strong>de</strong>-doença e a vigilância da qualida<strong>de</strong><br />

da água para consumo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41<br />

6 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação da vigilância da qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49<br />

6.1 Princípios e diretrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50<br />

6.1.1 Marco conceitual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52<br />

6.1.2 Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53<br />

6.1.3 Controle social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55<br />

6.2 Campo e forma <strong>de</strong> atuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56<br />

6.3 Operacionalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59<br />

7 Marco legal existente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63<br />

8 Estratégias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69<br />

8.1 Político-financeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70<br />

8.2 Institucional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70<br />

8.3 Operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72<br />

8.3.1 Coor<strong>de</strong>nação da vigilância da qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo humano . . . . . . . . . . . . . . . 73<br />

8.3.2 Normalização e procedimentos . . . . . . . . . . . . . 73<br />

8.3.3 Desenvolvimento <strong>de</strong> recursos humanos . . . . . . 73


8.3.4 Atuação nos fóruns intra e intersetoriais dos<br />

setores afetos à qualida<strong>de</strong> e à quantida<strong>de</strong> da<br />

água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74<br />

8.3.5 Desenvolvimento <strong>de</strong> estudos e pesquisas . . . . . 74<br />

8.3.6 I<strong>de</strong>ntificação, cadastramento e inspeção<br />

permanentes das diversas formas <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74<br />

8.3.7 Estruturação da re<strong>de</strong> laboratorial para vigilância<br />

da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano . 75<br />

8.3.8 Monitoramento da qualida<strong>de</strong> da água para consumo<br />

humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75<br />

8.3.9 Avaliação e análise integrada dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75<br />

8.3.10 Avaliação ambiental e epi<strong>de</strong>miológica,<br />

consi<strong>de</strong>rando a análise sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong><br />

indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ambiente . . . . . . . . . . . . 76<br />

8.3.11 Análise e classificação do grau <strong>de</strong> risco à<br />

saú<strong>de</strong> das diferentes formas <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76<br />

8.3.12 Atuação junto ao(s) responsável(is) pela<br />

operação <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a ou solução alternativa<br />

<strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água para correção <strong>de</strong><br />

situações <strong>de</strong> risco i<strong>de</strong>ntificadas . . . . . . . . . . . . . 77<br />

8.3.13 Realização <strong>de</strong> inquéritos e investigações<br />

epi<strong>de</strong>miológicas, quando requerida . . . . . . . . . 78<br />

8.3.14 Disponibilização <strong>de</strong> informações . . . . . . . . . . . . 78<br />

8.3.15 Educação, comunicação e mobilização social . 78<br />

9 Metas e priorida<strong>de</strong>s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85<br />

10 Avaliação das ações do programa . . . . . . . . . . . . . . . . 91<br />

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95<br />

Equipe técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101


Apresentação<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

9


10<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Este documento trata do <strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong><br />

<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano, a ser impl<strong>em</strong>entado no Brasil. Contém as<br />

diretrizes e princípios norteadores do SUS, o campo e forma<br />

<strong>de</strong> atuação e as principais ativida<strong>de</strong>s necessárias para a sua<br />

execução.<br />

O <strong>Programa</strong> foi concebido <strong>de</strong> forma abrangente tendo<br />

<strong>em</strong> vista a sua execução <strong>de</strong>scentralizada, conforme preconizado<br />

pelas diretrizes do SUS, respeitando as peculiarida<strong>de</strong>s<br />

político-administrativas e diferenças socioeconômicas e culturais<br />

do País.<br />

A Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>, por meio da Instrução<br />

Normativa n.º 01, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2005, regulamenta<br />

a Portaria n.º 1.399, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999, no que se refere<br />

às competências da União, estados, municípios e Distrito<br />

Fe<strong>de</strong>ral, na área <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong>, estabelecendo<br />

o Sist<strong>em</strong>a <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

(SINVSA).<br />

A gestão do sist<strong>em</strong>a nacional <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental<br />

e a criação da Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> (CGVAM), como uma das competências da<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>, está estabelecida no Decreto<br />

Fe<strong>de</strong>ral n.º 3.450, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2000, e está aprovado<br />

no regimento interno da SVS, regulamentado na Portaria<br />

n.º 410, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2000.<br />

O SINVSA compreen<strong>de</strong>:<br />

o conjunto <strong>de</strong> ações e serviços prestados por órgãos<br />

e entida<strong>de</strong>s públicos e privados relativos à vigilância


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental, visando ao conhecimento e à<br />

<strong>de</strong>tecção ou prevenção <strong>de</strong> qualquer mudança nos<br />

fatores <strong>de</strong>terminantes e condicionantes do meio<br />

ambiente que interfer<strong>em</strong> na saú<strong>de</strong> humana, com<br />

a fi nalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recomendar e adotar medidas <strong>de</strong><br />

prevenção e controle dos fatores <strong>de</strong> riscos relacionados<br />

às doenças e outros agravos à saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> especial:<br />

I. água para consumo humano. (BRASIL, 2005, p. 1/1).<br />

A vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

é uma atribuição do setor Saú<strong>de</strong>, estabelecida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1977.<br />

No entanto, o contexto atual <strong>de</strong>ste setor exige a explicitação<br />

<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação e <strong>de</strong> um programa para viabilizar<br />

o subsist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental relacionado à<br />

vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano, integrante<br />

do SINVSA.<br />

A concretização do mo<strong>de</strong>lo dar-se-á por meio <strong>de</strong>ste programa<br />

nacional, <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong>, relacionado à<br />

vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano, o qual<br />

apresenta os instrumentos, os mecanismos e as estratégias.<br />

A impl<strong>em</strong>entação do programa nacional pressupõe a<br />

atuação nas distintas esferas <strong>de</strong> governo, <strong>de</strong> diferentes atores<br />

e setores institucionais, uma atuação conjunta, integrada e<br />

articulada, abrangendo inclusive os parceiros que atuam no<br />

controle social.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

11


1<br />

Introdução<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

13


14<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

A <strong>de</strong>manda crescente dos diversos usos <strong>de</strong> água t<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>spertado o interesse dos mais variados setores motivando-<br />

os a elaborar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> uso e gestão capazes <strong>de</strong> compatibi-<br />

lizar as <strong>de</strong>mandas com a relativa escassez do produto e a sua<br />

qualida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada.<br />

Nesse contexto, é necessário que o setor Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>fi na<br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação no âmbito do subsist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vigilân-<br />

cia <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental relacionado à qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano, que consi<strong>de</strong>re a legislação vigente, a pro-<br />

teção à saú<strong>de</strong> e o b<strong>em</strong>-estar da população.<br />

A concretização <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo dar-se-á por meio <strong>de</strong> um<br />

programa nacional <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental relacionado à quali-<br />

da<strong>de</strong> da água para consumo humano, que t<strong>em</strong> por objetivo<br />

garantir à população o acesso à água <strong>em</strong> qualida<strong>de</strong> compatí-<br />

vel com o padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> estabelecido na legislação<br />

vigente para a promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong><br />

da água para consumo humano consiste no conjunto <strong>de</strong> ações<br />

adotadas continuamente pelas autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />

para garantir que a água consumida pela população atenda<br />

ao padrão e às normas estabelecidas na legislação vigente e<br />

para avaliar os riscos que a água <strong>de</strong> consumo representa para<br />

a saú<strong>de</strong> humana.<br />

A vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo huma-<br />

no <strong>de</strong>ve ser uma ativida<strong>de</strong> rotineira, preventiva, <strong>de</strong> ação sobre


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

os sist<strong>em</strong>as públicos e soluções alternativas <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água, a fi m <strong>de</strong> garantir o conhecimento da situação da água<br />

para consumo humano, resultando na redução das possibili-<br />

da<strong>de</strong>s <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong>s transmitidas pela água.<br />

A vigilância t<strong>em</strong> três gran<strong>de</strong>s componentes: a) a análise<br />

permanente e sist<strong>em</strong>ática da informação sobre a qualida<strong>de</strong> da<br />

água para confi rmar se o manancial, o tratamento e a distri-<br />

buição aten<strong>de</strong>m aos objetivos e regulamentos estabelecidos<br />

na legislação vigente; b) avaliação sist<strong>em</strong>ática das diversas<br />

modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> água às populações, seja<br />

coletiva ou individual, <strong>de</strong> forma a verifi car o grau <strong>de</strong> risco<br />

representado à saú<strong>de</strong> pública <strong>em</strong> função do manancial abas-<br />

tecedor, a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> do tratamento e questões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

operacional; e c) análise da evolução da qualida<strong>de</strong> física, quí-<br />

mica e microbiológica, e sua correlação com as enfermida-<br />

<strong>de</strong>s <strong>relacionada</strong>s com a qualida<strong>de</strong> da água <strong>em</strong> todo o sist<strong>em</strong>a<br />

<strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, a fi m <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o impacto na<br />

saú<strong>de</strong> dos consumidores.<br />

Do exposto, conclui-se que a vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> am-<br />

biental <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da água para consumo huma-<br />

no é uma ativida<strong>de</strong> investigativa, sendo realizada e dirigida<br />

para i<strong>de</strong>ntifi car os fatores <strong>de</strong> riscos à saú<strong>de</strong> humana associa-<br />

dos com a água. Também é uma ativida<strong>de</strong> tanto “preventiva”<br />

como “corretiva” e com o objetivo <strong>de</strong> assegurar a confi abilida-<br />

<strong>de</strong> e segurança da água para consumo humano. A vigilância é<br />

preventiva porque permite <strong>de</strong>tectar oportunamente os fatores<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

15


16<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

<strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> modo que resulta na tomada <strong>de</strong> ações antes que<br />

se apresente o probl<strong>em</strong>a à saú<strong>de</strong> pública, e é corretiva porque<br />

permite i<strong>de</strong>ntifi car os “focos” <strong>de</strong> doenças <strong>relacionada</strong>s com a<br />

água para que se possa atuar sobre os meios <strong>de</strong> transmissão, a<br />

fi m <strong>de</strong> controlar a propagação da doença.<br />

Este documento apresenta o programa nacional <strong>de</strong><br />

vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental relacionado à qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo humano, contendo as bases conceituais,<br />

o campo e forma <strong>de</strong> atuação e as principais ativida<strong>de</strong>s para<br />

operar este programa, que serão executadas nas esferas es-<br />

taduais e municipais, nos termos da legislação que regula-<br />

menta o SUS.<br />

Este documento está estruturado <strong>em</strong> nove capítulos.<br />

Uma introdução com uma abordag<strong>em</strong> sobre o <strong>Programa</strong> Na-<br />

cional <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> <strong>relacionada</strong> à qua-<br />

lida<strong>de</strong> da água para consumo humano, seguida <strong>de</strong> uma jus-<br />

tifi cativa da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong>ste programa. O


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

terceiro contextualiza a vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano por meio <strong>de</strong> um breve histórico, e o capí-<br />

tulo quatro apresenta os objetivos do programa. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

atuação a ser viabilizado, aspectos conceituais, assim como as<br />

ações necessárias para a sua implantação estão cont<strong>em</strong>pladas<br />

no quinto capítulo. Os capítulos seguintes <strong>de</strong>screv<strong>em</strong> o marco<br />

legal existente, as estratégias <strong>de</strong> ação, as metas e priorida<strong>de</strong>s e,<br />

por último, avaliação das ações do programa.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

17


2<br />

Justificativa<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

19


20<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

2.1 Importância da água para a saú<strong>de</strong> humana<br />

O abastecimento público <strong>de</strong> água <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

e qualida<strong>de</strong> é uma preocupação crescente da humanida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>vido à escassez do recurso água e a <strong>de</strong>terioração das<br />

águas dos mananciais. A importância da água <strong>de</strong>stinada para<br />

consumo humano como veiculo <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong>s<br />

t<strong>em</strong> sido largamente difundido e reconhecido. A maior parte<br />

das enfermida<strong>de</strong>s existentes <strong>em</strong> países <strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>em</strong> que os saneamentos são <strong>de</strong>fi cientes é causada por bactérias,<br />

vírus, protozoários e helmintos. Estes organismos causam enfermida<strong>de</strong>s<br />

que variam <strong>em</strong> intensida<strong>de</strong> e vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> gastrenterites<br />

a graves enfermida<strong>de</strong>s, algumas vezes fatais e/ou <strong>de</strong> proporções<br />

epidêmicas.<br />

No Brasil a Pesquisa <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saneamento Básico<br />

(IBGE, 2000) revelou que 97,9% dos municípios têm serviço<br />

<strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água. Entre 1989 e 2000, o volume total<br />

<strong>de</strong> água distribuída por dia no Brasil cresceu 57,9%. Em<br />

1989, dos 27,8 milhões <strong>de</strong> m 3 <strong>de</strong> água distribuídos diariamente,<br />

3,9% não eram tratados. Em 2000, a proporção <strong>de</strong> água<br />

não tratada quase dobrou, passando a representar 7,2% do<br />

volume total (43,9 milhões <strong>de</strong> m 3 por dia), enquanto que no<br />

ano <strong>de</strong> 1989 a mesma pesquisa indicava 95,9%. A pesquisa<br />

revelou ainda que 116 municípios, ou 2% do total, não têm<br />

abastecimento <strong>de</strong> água por re<strong>de</strong> geral; a maior parte <strong>de</strong>les situado<br />

nas regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste.<br />

A proporção da água distribuída com tratamento também<br />

varia <strong>de</strong> acordo com o tamanho da população dos muni-<br />

cípios. Naqueles com mais <strong>de</strong> 100.000 habitantes, a água dis-


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

tribuída é quase totalmente tratada. Já nos municípios com<br />

menos <strong>de</strong> 20.000 habitantes, 32,1% do volume distribuído<br />

não recebe qualquer tipo <strong>de</strong> tratamento.<br />

A qualida<strong>de</strong> da água t<strong>em</strong> sido comprometida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

manancial, pelo lançamento <strong>de</strong> efl uentes e resíduos, exigindo<br />

investimento nas plantas <strong>de</strong> tratamento e mudanças na dosag<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong> produtos para se garantir a qualida<strong>de</strong> da água na saída<br />

das estações. No entanto, t<strong>em</strong> se verifi cado que a qualida<strong>de</strong> da<br />

água <strong>de</strong>cai no sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> distribuição pela intermitência do<br />

serviço, pela baixa cobertura da população com sist<strong>em</strong>a pú-<br />

blico <strong>de</strong> esgotamento sanitário, pela obsolescência da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

distribuição, manutenção <strong>de</strong>fi ciente, <strong>de</strong>ntre outros. Nos domi-<br />

cílios os níveis <strong>de</strong> contaminação se elevam pela precarieda<strong>de</strong><br />

das instalações hidráulico-sanitárias, pela falta <strong>de</strong> manutenção<br />

dos reservatórios e pelo manuseio ina<strong>de</strong>quado da água.<br />

Para tanto, a vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong><br />

à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano <strong>de</strong>ve assegurar<br />

benefícios à saú<strong>de</strong>, garantindo à população acesso à água <strong>em</strong><br />

quantida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> e custo acessível. Nesse sentido, esse<br />

programa <strong>de</strong>ve se dar sobre todas e quaisquer formas <strong>de</strong> abas-<br />

tecimento <strong>de</strong> água coletivas ou individuais, na área urbana ou<br />

rural, <strong>de</strong> gestão pública ou privada, incluindo as instalações<br />

intradomiciliares, como também nos mananciais, no sentido<br />

<strong>de</strong> preservar à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano.<br />

2.2 Efeitos sobre a saú<strong>de</strong><br />

Muito se t<strong>em</strong> escrito sobre os impactos na saú<strong>de</strong> huma-<br />

na <strong>de</strong>corrente das melhorias das condições <strong>de</strong> saneamento e<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste contexto, a infl uência da qualida<strong>de</strong> da água con-<br />

sumida pela população na saú<strong>de</strong> pública.<br />

Teoricamente, sab<strong>em</strong>os a importância da água na trans-<br />

missão <strong>de</strong> inúmeras doenças conhecidas como <strong>de</strong> transmis-<br />

são hídrica. Porém, o fato <strong>de</strong>ssas mesmas patologias ter<strong>em</strong><br />

sua transmissão associada aos alimentos e aos hábitos hi-<br />

giênicos/culturais <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>, t<strong>em</strong> difi cultado a<br />

maioria das investigações <strong>de</strong> surtos e epi<strong>de</strong>mias envolvendo<br />

doenças <strong>de</strong> transmissão hídrica, a não ser <strong>em</strong> casos on<strong>de</strong><br />

esta associação seja inequívoca face às investigações epi<strong>de</strong>-<br />

miológicas levadas a efeito.<br />

A existência da multifatores causais na transmissão <strong>de</strong><br />

doenças <strong>de</strong> transmissão hídrica, também traz como conse-<br />

qüên cia difi culda<strong>de</strong>s no <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> metodologias que pos-<br />

sam auxiliar a avaliação <strong>de</strong> impacto <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> vigilân-<br />

cia da qualida<strong>de</strong> da água na saú<strong>de</strong> da população.<br />

O próprio sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica centra-<br />

da <strong>em</strong> doenças <strong>de</strong> notifi cação compulsória e cuja relação com<br />

a transmissão hídrica resume-se na cólera, hepatite, diarréia,<br />

gastroenterite <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> infecciosa presumível, febre tifói<strong>de</strong> e<br />

paratifói<strong>de</strong> ou outras doenças diarréicas e infecciosas intesti-<br />

nais, não é sufi cient<strong>em</strong>ente sensível ou efi ciente para <strong>de</strong>tectar<br />

ocorrências <strong>relacionada</strong>s à qualida<strong>de</strong> da água consumida pela<br />

população.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a situação do acesso à água para consu-<br />

mo humano nas diversas regiões do Brasil, <strong>de</strong>monstrado pela<br />

pesquisa acima citada, tanto <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> como


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

qualida<strong>de</strong> e, consi<strong>de</strong>rando ainda, a precarieda<strong>de</strong> dos indica-<br />

dores epi<strong>de</strong>miológicos atualmente utilizados pelo sist<strong>em</strong>a na-<br />

cional <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>miológica, verifi ca-se a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fi nir e impl<strong>em</strong>entar no País um programa que permita<br />

aos municípios e estados da fe<strong>de</strong>ração impl<strong>em</strong>entar<strong>em</strong> ações<br />

<strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo humano. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação e o Pro-<br />

grama <strong>Nacional</strong> da <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> relacio-<br />

nada à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano implantado<br />

<strong>em</strong> todo território nacional fortalecerão a execução das ati-<br />

vida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> promoção da saú<strong>de</strong>, propiciando a melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população.<br />

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Histórico<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

O <strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

<strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano é coor-<br />

<strong>de</strong>nado no âmbito fe<strong>de</strong>ral pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>/Secretaria<br />

<strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (MS/SVS), por meio da Coor<strong>de</strong>nação-<br />

Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> (CGVAM).<br />

Este programa v<strong>em</strong> aten<strong>de</strong>r a uma lacuna do setor <strong>de</strong><br />

<strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>, existente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1988, <strong>de</strong> uma política<br />

b<strong>em</strong> <strong>de</strong>fi nida que permitisse ao setor Saú<strong>de</strong> o exercício <strong>de</strong><br />

suas atribuições previstas na legislação no âmbito da vigi-<br />

lância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano <strong>em</strong> todo<br />

o País.<br />

Um dos poucos registros sobre a atenção das autorida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Brasil, a questão da qualida<strong>de</strong> da água para con-<br />

sumo humano, surgiu a partir da década <strong>de</strong> 20 com a criação<br />

do Departamento <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública (DNSP), insti-<br />

tuída pelo Decreto-Lei n.º 3.987, com base no que então se<br />

<strong>de</strong>nominava <strong>de</strong> “Reforma Carlos Chagas” que reorganizou os<br />

serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do País. O DNSP era composto por três di-<br />

retorias, a saber: Diretoria dos Serviços Sanitários do Distrito<br />

Fe<strong>de</strong>ral, a Diretoria <strong>de</strong> Defesa Sanitária Marítima e Fluvial e a<br />

Diretoria <strong>de</strong> Saneamento Rural.<br />

O primeiro relato referente à competência <strong>de</strong> fi scaliza-<br />

ção dos mananciais <strong>de</strong> água para verifi cação da inocuida<strong>de</strong> e<br />

potabilida<strong>de</strong>, restringe-se à área do Distrito Fe<strong>de</strong>ral por meio<br />

da Inspetoria <strong>de</strong> Engenharia Sanitária subordinada ao DNSP.<br />

Em 1961, o governo fe<strong>de</strong>ral regulamenta a Lei n.º<br />

2.314/1954, que estabelece as normas gerais sobre <strong>de</strong>fesa e


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

proteção da saú<strong>de</strong>, promulgando o Código <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

por meio do Decreto n.º 49.974/1961. Este Código incorpora<br />

novos objetos à área <strong>de</strong> abrangência da vigilância sanitária,<br />

entre elas o saneamento e proteção ambiental. Pela primeira<br />

vez aparece o termo “risco” no texto legal.<br />

Art. 52 - Com o fi m <strong>de</strong> evitar os riscos da saú<strong>de</strong><br />

inerentes ao trabalho, o Ministério da<br />

Saú<strong>de</strong> estabelecerá as medidas a ser<strong>em</strong><br />

adotadas. (BRASIL, 1961, p. 8).<br />

Alicerçada na Lei n.° 6.229/1975 que dispunha sobre o<br />

Sist<strong>em</strong>a <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a Conferência Pan-Americana<br />

sobre qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água realizada <strong>em</strong> São Paulo/SP, <strong>em</strong> ou-<br />

tubro <strong>de</strong> 1975, o governo brasileiro promulgou o Decreto<br />

n.º 79.367/1977 atribuindo competência ao Ministério da<br />

Saú<strong>de</strong> para elaborar normas e o padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

água para consumo humano a ser<strong>em</strong> observados <strong>em</strong> todo o<br />

território nacional.<br />

Esse <strong>de</strong>creto também estabelece que compete ao Minis-<br />

tério da Saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> articulação com as Secretarias <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

dos estados, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e territórios, a competência para<br />

fi scalização do exato cumprimento das normas <strong>de</strong> que tra-<br />

ta o <strong>de</strong>creto. Além disso, pelo texto legal, cabe também ao<br />

Ministério, <strong>em</strong> articulação com outros órgãos e entida<strong>de</strong>s, a<br />

elaboração <strong>de</strong> normas sanitárias sobre proteção <strong>de</strong> manan-<br />

ciais; serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água; instalações prediais<br />

<strong>de</strong> água e controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abas-<br />

tecimento público.<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

O mesmo Decreto n.º 79.367/1977 <strong>de</strong>termina que os<br />

órgãos e entida<strong>de</strong>s dos estados, municípios, Distrito Fe<strong>de</strong>-<br />

ral e territórios responsáveis pela operação dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimento público, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> adotar obrigatoriamente as<br />

normas e o padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> estabelecidos pelo Mi-<br />

nistério da Saú<strong>de</strong>.<br />

Com base neste Decreto, o Ministério da Saú<strong>de</strong> elabo-<br />

rou e aprovou uma série <strong>de</strong> legislações referentes à água para<br />

consumo humano, a saber:<br />

• normas e padrão sobre fl uoretação <strong>de</strong> águas <strong>de</strong> sis-<br />

t<strong>em</strong>as públicos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong>stinado ao con-<br />

sumo humano, aprovada pela Portaria n.º 635, <strong>de</strong><br />

26/12/1975 conforme estabelecido na Lei n.° 6.050,<br />

<strong>de</strong> 24/5/1974, que dispõe sobre a fl uoretação da água<br />

<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimento quando existir esta-<br />

ção <strong>de</strong> tratamento, e o Decreto Fe<strong>de</strong>ral n.° 76.872, <strong>de</strong><br />

22/12/1975, que o regulamenta;<br />

• normas e o padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para con-<br />

sumo humano, aprovada pela Portaria n.° 56/1977,<br />

que se constituíram na primeira legislação fe<strong>de</strong>ral<br />

brasileira sobre potabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para consumo<br />

humano editado pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>;<br />

• normas sobre proteção sanitária dos mananciais, dos<br />

serviços <strong>de</strong> abastecimento público e seu controle <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> e das instalações prediais, aprovadas pela<br />

Portaria n.° 443/1978.


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Antes da promulgação da Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988,<br />

o Ministério da Saú<strong>de</strong> havia institucionalizado, <strong>em</strong> 1986, o<br />

“<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Água<br />

para Consumo Humano” aprovado pelo Decreto Fe<strong>de</strong>ral n.°<br />

92.752/1986, tendo constatado que apenas o Estado do Pa-<br />

raná <strong>de</strong>senvolvia um programa <strong>de</strong> vigilância <strong>de</strong> forma siste-<br />

matizada. Os <strong>de</strong>mais estados da fe<strong>de</strong>ração apenas agiam na<br />

questão da qualida<strong>de</strong> da água <strong>em</strong> casos <strong>de</strong> surto por doenças<br />

<strong>de</strong> transmissão hídrica. Na época, o programa era então coor-<br />

<strong>de</strong>nado pela Divisão <strong>de</strong> Ecologia Humana e Saú<strong>de</strong> Ambien-<br />

tal da extinta Secretaria <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Ações Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(SNABS) do Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

As metas daquele programa nacional eram: prestar<br />

auxílio técnico e fi nanceiro às Secretarias Estaduais <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> para que iniciass<strong>em</strong> um programa <strong>de</strong> vigilância <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para consumo humano; revisar a legislação<br />

<strong>relacionada</strong> ao t<strong>em</strong>a; capacitar tecnicamente os profi ssionais<br />

das Secretarias Estaduais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para atuar<strong>em</strong> <strong>em</strong> vigilância<br />

da qualida<strong>de</strong> da água e <strong>de</strong>fi nir estratégias <strong>em</strong> conjunto com<br />

as Secretarias <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> para garantir o apoio laboratorial<br />

necessário à verifi cação do cumprimento da legislação<br />

quanto ao padrão físico-químico e microbiológico da água<br />

consumida pela população.<br />

Dentre as metas alcançadas pelo programa, po<strong>de</strong>-se citar:<br />

revisão da Portaria n.° 56 /1977, após uma ampla consulta entre<br />

as Secretarias Estaduais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, companhias <strong>de</strong> saneamento<br />

básico, órgãos <strong>de</strong> controle ambiental, universida<strong>de</strong>s, laborató-<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

rios <strong>de</strong> referência e associações <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> saneamento,<br />

numa discussão que se esten<strong>de</strong>u por mais <strong>de</strong> um ano. Resul-<br />

tou na elaboração das normas e do padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

água para consumo humano, com a publicação da Portaria n.º<br />

36/1990, a ser observado <strong>em</strong> todo o território nacional.<br />

Para a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>sta Portaria, foi realizada a ca-<br />

pacitação <strong>de</strong> profi ssionais da maioria dos estados da União<br />

por meio <strong>de</strong> um curso, com duração <strong>de</strong> 15 dias, promovido<br />

pelo Ministério da Saú<strong>de</strong> e organizado pela representação da<br />

Opas/OMS no Brasil e com o apoio da Secretaria <strong>de</strong> Estado<br />

da Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, realizado <strong>em</strong> 1989, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ara-<br />

raquara/SP.<br />

Em 1988, a nova Constituição Fe<strong>de</strong>ral estabelece o prin-<br />

cípio <strong>de</strong> que saú<strong>de</strong> é um direito <strong>de</strong> todos e <strong>de</strong>ver do estado e<br />

constitui o Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) com as seguintes<br />

diretrizes básicas:<br />

I - <strong>de</strong>scentralização, com direção única <strong>em</strong> cada<br />

esfera <strong>de</strong> governo;<br />

II - atendimento integral, com priorida<strong>de</strong> para as<br />

ativida<strong>de</strong>s preventivas, s<strong>em</strong> prejuízo dos serviços<br />

assistências;<br />

III - participação da comunida<strong>de</strong>. (BRASIL, 1988,<br />

art. 198, p. 115).<br />

O texto constitucional estabelece <strong>em</strong> seu artigo 200, que<br />

compete ao SUS além <strong>de</strong> outras atribuições:<br />

IV - participar da formulação da política e da execução<br />

das ações <strong>de</strong> saneamento básico;


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

VI - fi scalizar e inspecionar alimentos, compreendido<br />

o controle <strong>de</strong> seu teor nutricional, b<strong>em</strong><br />

como bebidas e águas para consumo humano.<br />

(BRASIL, 1988, art. 200, p. 115).<br />

Os dispositivos legais regulatórios do SUS editados pos-<br />

teriormente à promulgação da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, como a<br />

Lei n.º 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saú<strong>de</strong>), reforçam ainda<br />

mais a responsabilida<strong>de</strong> do setor Saú<strong>de</strong> no que se refere à fi s-<br />

calização das águas <strong>de</strong>stinadas ao consumo humano.<br />

Em 1990, após as primeiras eleições diretas para a Pre-<br />

sidência da República <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1964, tomou posse o novo presi-<br />

<strong>de</strong>nte eleito <strong>em</strong> 1.º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1990, que proce<strong>de</strong> a reformas<br />

profundas no Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

O novo arcabouço jurídico que passou a nortear a po-<br />

lítica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no Brasil exigiu o re<strong>de</strong>senho da estrutura do<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong> reorganizado por meio do Decreto Fe-<br />

<strong>de</strong>ral n.º 109/1991. Surge a Secretaria <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong><br />

Sanitária (SNVS), que por meio <strong>de</strong> sua Divisão <strong>de</strong> Ecologia<br />

Humana e Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> (DIEHSA) continua a coor<strong>de</strong>nar<br />

o <strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> da Qualida<strong>de</strong> da Água<br />

para Consumo Humano.<br />

Enquanto isso, a Fundação <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (FNS),<br />

criada pela Lei n.º 8.029/1990 e regulamentada pelo Decreto<br />

Fe<strong>de</strong>ral n.º 100/1991, passa também por transformações. Em<br />

1998, com a proposta <strong>de</strong> estruturação sistêmica <strong>de</strong> vigilância<br />

<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental na FNS, <strong>de</strong>nominada a partir <strong>de</strong> então<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

por Funasa, passa aquele órgão a assumir a atribuição <strong>de</strong> <strong>de</strong>fi -<br />

nir as políticas públicas do setor Saú<strong>de</strong> quanto à vigilância da<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano. Em 2000, a FNS<br />

passa a <strong>de</strong>nominar-se Funasa, por meio do Decreto Fe<strong>de</strong>ral<br />

n.º 3.450 /2000.<br />

No ano 2000, a Funasa impl<strong>em</strong>enta algumas ações para<br />

viabilizar o <strong>de</strong>senvolvimento das ações <strong>de</strong> vigilância da quali-<br />

da<strong>de</strong> da água para consumo humano, <strong>de</strong>stacando-se a criação<br />

<strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> informações sobre qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para<br />

consumo humano (Sisagua) e a revisão da Portaria MS/GM<br />

n.º 36/1990 que dispõe sobre normas e o padrão <strong>de</strong> potabili-<br />

da<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para consumo humano.<br />

A revisão da Portaria MS/GM n.º 36/1990 <strong>de</strong>u-se sob<br />

um processo <strong>de</strong>mocrático <strong>em</strong> que todos os segmentos ligados<br />

ao t<strong>em</strong>a tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se manifestar, não somen-<br />

te por meio <strong>de</strong> reuniões regionais realizadas <strong>em</strong> todo o País,<br />

como também pelo uso dos mo<strong>de</strong>rnos instrumentos eletrôni-<br />

cos atualmente disponíveis, como a internet. O resultado foi<br />

a publicação, <strong>em</strong> 20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2000, da Portaria MS n.º<br />

1.469/2000 que estabelece os procedimentos e responsabili-<br />

da<strong>de</strong>s relativos ao controle e vigilância da qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo humano e seu padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong>.<br />

Em 2003, a vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano (Vigiagua) passa a<br />

ser coor<strong>de</strong>nado diretamente pela Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (SVS), no âmbito do Ministério da Saú<strong>de</strong>, por meio do


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Decreto n.° 4.726/2003. Em 2004, a Portaria MS n.° 1.469, <strong>de</strong><br />

29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2000, foi revogada pela Portaria MS n.º<br />

518, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2004.<br />

Outro aspecto que merece chamar atenção quando se<br />

aborda o histórico da vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano no Brasil é o próprio conceito do termo<br />

vigilância.<br />

Em 1977, a Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS), pu-<br />

blicou a monografi a intitulada <strong>Vigilância</strong> <strong>de</strong> la Calidad <strong>de</strong>l<br />

Agua Potable. Nesta publicação, a vigilância da qualida<strong>de</strong> da<br />

água potável é <strong>de</strong>fi nida como a contínua e permanente avalia-<br />

ção e inspeção sanitária da inocuida<strong>de</strong> e aceitabilida<strong>de</strong> do for-<br />

necimento da água potável (ORGANIZACIÓN MUNDIAL<br />

DE LA SALUD, 1977).<br />

Verifi ca-se, pois, que nessa <strong>de</strong>fi nição não existe menção<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s pela execução da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vigilância,<br />

muito <strong>em</strong>bora a monografi a faça uma distinção clara entre o<br />

órgão responsável pela vigilância e as <strong>em</strong>presas responsáveis<br />

pelo fornecimento <strong>de</strong> água. Porém, muitas vezes essas ações,<br />

ao longo do texto, se confun<strong>de</strong>m e entrelaçam, não havendo<br />

muita clareza sobre os limites institucionais <strong>de</strong> cada um, pois<br />

na época <strong>em</strong> que foi publicada – 1977 – não havia um divisor<br />

<strong>de</strong> águas conceitual entre as ações distintas e as competências<br />

legais ou entre os serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água (respon-<br />

sáveis pelo controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>) e os órgãos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (res-<br />

ponsáveis pela vigilância da qualida<strong>de</strong> da água).<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Por outro lado, antes mesmo da publicação da Portaria<br />

GM/MS n.º 36/1990 que estabeleceu os conceitos dos termos<br />

“<strong>Vigilância</strong>” e “Controle” <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da água para consumo<br />

humano, já existia entre o setor técnico envolvido – sejam<br />

os serviços <strong>de</strong> abastecimento público <strong>de</strong> água, sejam as auto-<br />

rida<strong>de</strong>s sanitárias – o processo <strong>de</strong> tratamento que adéqüe a<br />

água presente na natureza a um <strong>de</strong>terminado padrão <strong>de</strong> pota-<br />

bilida<strong>de</strong> com o objetivo <strong>de</strong> torná-la segura à saú<strong>de</strong> humana.<br />

Verifi ca-se que nas Américas não existe uma<br />

preocupação dos países <strong>em</strong> conceituar vigilância da<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano <strong>em</strong> termos legais,<br />

isto é, por meio <strong>de</strong> instrumento legislativo específi co. No<br />

“Consulation on Safe Drinking Water” promovido pela Opas,<br />

<strong>em</strong> Washington, D.C. no período <strong>de</strong> 29 a 30 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

1998, constatou-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceituar os termos<br />

“<strong>Vigilância</strong>” e “Controle” <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para consumo<br />

humano. O referido encontro teve por objetivo avaliar a<br />

situação atual dos países do continente americano quanto ao


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

<strong>de</strong>senvolvimento dos programas <strong>de</strong> vigilância e controle <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para consumo humano e propor diretrizes<br />

<strong>de</strong> ações para os países m<strong>em</strong>bros da Opas.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

35


4<br />

Objetivos<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

37


38<br />

4.1 Objetivo geral<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Desenvolver ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental re-<br />

lacionada à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano que ga-<br />

rantam à população o acesso à água <strong>em</strong> quantida<strong>de</strong> sufi ciente<br />

e qualida<strong>de</strong> compatível com o padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> estabe-<br />

lecido na legislação vigente, para a promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

4.2 Objetivos específi cos<br />

• Reduzir a morbimortalida<strong>de</strong> por doenças e agravos<br />

<strong>de</strong> transmissão hídrica, por meio <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> vigilân-<br />

cia sist<strong>em</strong>ática da qualida<strong>de</strong> da água consumida pela<br />

população.<br />

• Buscar a melhoria das condições sanitárias das diver-<br />

sas formas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água para consumo<br />

humano.<br />

• Avaliar e gerenciar o risco à saú<strong>de</strong> que as condições<br />

sanitárias das diversas formas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong><br />

água.


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

• Monitorar sist<strong>em</strong>aticamente a qualida<strong>de</strong> da água<br />

consumida pela população, nos termos da legislação<br />

vigente.<br />

• Informar à população a qualida<strong>de</strong> da água e riscos à<br />

saú<strong>de</strong>.<br />

• Apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> educação <strong>em</strong><br />

saú<strong>de</strong> e mobilização social.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

39


5<br />

O processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença<br />

e a vigilância<br />

da qualida<strong>de</strong><br />

da água para<br />

consumo<br />

humano<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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42<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Quando se procura compreen<strong>de</strong>r o processo saú<strong>de</strong>-doença<br />

envolvendo as patologias <strong>de</strong> transmissão e/ou orig<strong>em</strong> hídrica,<br />

verifi ca-se uma complexida<strong>de</strong> tal que ultrapassa a visão<br />

reducionista limitada ao agente etiológico e o susceptível. O<br />

olhar epi<strong>de</strong>miológico que busca enten<strong>de</strong>r o comportamento<br />

das doenças <strong>de</strong> veiculação e/ou orig<strong>em</strong> hídrica <strong>em</strong> uma comunida<strong>de</strong>,<br />

se <strong>de</strong>para com inúmeros fatores intervenientes do<br />

processo saú<strong>de</strong>-doença envolvendo hábitos higiênicos, acondicionamento<br />

ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> água, não conformida<strong>de</strong> com o<br />

padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong>, entre outros.<br />

Nesse sentido, o mo<strong>de</strong>lo conceitual <strong>de</strong>senvolvido pela<br />

OMS (1995) <strong>de</strong>nominado FPSEEA (força motriz/pressão/<br />

situação/exposição/efeito/ação) objetiva fornecer um instrumento<br />

para o entendimento das relações abrangentes e<br />

integradas dos <strong>de</strong>terminantes das doenças, que auxili<strong>em</strong> na<br />

adoção <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> promoção e prevenção à saú<strong>de</strong> mais efetivas<br />

e racionais.<br />

Segundo a estrutura <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo, os <strong>de</strong>terminantes das<br />

doenças são hierarquizados <strong>em</strong> níveis que congregam aspectos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os mais gerais até os mais específi cos, constituindo<br />

uma escala composta pelos seguintes el<strong>em</strong>entos:<br />

a) força motriz: representa as características mais gerais<br />

<strong>relacionada</strong>s ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento adotado<br />

pela socieda<strong>de</strong> e que infl uenciam os processos ambientais<br />

po<strong>de</strong>ndo afetar a saú<strong>de</strong> (ex<strong>em</strong>plo: <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico);<br />

b) pressão: correspon<strong>de</strong> às características das principais<br />

fontes <strong>de</strong> pressão sobre o ambiente e as populações e,


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

conseqüent<strong>em</strong>ente, sobre a saú<strong>de</strong> (ex<strong>em</strong>plo: resídu-<br />

os sólidos);<br />

c) situação: refere-se aos níveis ambientais gerais que se<br />

encontram <strong>em</strong> freqüente modifi cação, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />

das pressões que receb<strong>em</strong>; <strong>em</strong> outras palavras, refere-<br />

se ao fatores <strong>de</strong> risco (ex<strong>em</strong>plo: nível <strong>de</strong> poluição);<br />

d) exposição: envolve a relação direta entre o ambiente<br />

imediato e a população ou grupos expostos. É condi-<br />

ção indispensável para que a saú<strong>de</strong> individual e, ou,<br />

coletiva sejam afetadas (ex<strong>em</strong>plo: população consu-<br />

mindo água contaminada);<br />

e) efeitos: são as manifestações na população resultantes<br />

<strong>de</strong> uma exposição, po<strong>de</strong>ndo variar <strong>em</strong> função do tipo,<br />

magnitu<strong>de</strong> e intensida<strong>de</strong> (ex<strong>em</strong>plo: morbimortalida-<br />

<strong>de</strong>, intoxicação).<br />

Verifi ca-se, portanto, a existência <strong>de</strong> uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> con-<br />

dicionantes e fatores <strong>de</strong> pressão que <strong>em</strong> uma análise mais<br />

profunda chegam a questões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m abrangente e impon-<br />

<strong>de</strong>rável como a política <strong>de</strong> saneamento existente, atrelado a<br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento adotado pelo País. O enten-<br />

dimento <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> interações socioculturais e políticas<br />

envolvidas nas <strong>de</strong>terminantes do processo saú<strong>de</strong>-doença das<br />

patologias <strong>de</strong> veiculação e/ou orig<strong>em</strong> hídrica <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser b<strong>em</strong><br />

compreendidas por aqueles a qu<strong>em</strong> compete o exercício da<br />

vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano, para<br />

que as ações a ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvidas possam ser as mais efi ca-<br />

zes possíveis.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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44<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

O esqu<strong>em</strong>a da fi gura 1 procura <strong>de</strong>monstrar <strong>de</strong> forma didá-<br />

tica a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> interações envolvidas no processo saú<strong>de</strong>-doença<br />

das patologias <strong>de</strong> transmissão e/ou orig<strong>em</strong> hídrica, partindo da<br />

visão específi ca para a geral, possibilitando <strong>de</strong>ssa forma avaliar<br />

as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenções mais efetivas e racionais.<br />

Figura 1. Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> interações envolvidas no processo<br />

saú<strong>de</strong>-doença associada à contaminação da água<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento ina<strong>de</strong>quado<br />

Baixo nível <strong>de</strong><br />

renda da população<br />

Hábitos higiênicos<br />

ina<strong>de</strong>quados<br />

Baixo nível <strong>de</strong><br />

instrução da população<br />

Acondicionamento da<br />

água <strong>de</strong> consumo humano<br />

<strong>de</strong> forma ina<strong>de</strong>quada<br />

Política nacional <strong>de</strong> saneamento ina<strong>de</strong>quada<br />

Inexistência ou ina<strong>de</strong>quação<br />

do tratamento e da<br />

distribuição da água<br />

População consumindo água fora dos padrões <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong><br />

Morbimortalida<strong>de</strong> associada a contaminação da água<br />

FORÇAS MOTRIZES<br />

Instalações<br />

intradomiciliares<br />

precárias<br />

Água <strong>de</strong> consumo<br />

fora dos padrões<br />

<strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong><br />

PRESSÃO<br />

ESTADO<br />

EXPOSIÇÃO<br />

EFEITO


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Por meio <strong>de</strong>sse enfoque, <strong>de</strong>senvolvido pela OMS (1995)<br />

e <strong>de</strong>nominado “Estrutura <strong>de</strong> Causa e Efeito para as Ações <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> e Ambiente”, po<strong>de</strong>-se elaborar matrizes com indica-<br />

dores e propostas <strong>de</strong> ação para cada nível <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>.<br />

O quadro 1 apresenta um ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>sta me-<br />

todologia para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

ambiental conjugados com intervenções sobre os probl<strong>em</strong>as<br />

associados.<br />

Quadro 1. Operacionalização da “Estrutura <strong>de</strong> Causa e<br />

Efeito para as Ações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Ambiente” na vigilância da<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

Componentes Indicadores Ação<br />

Forças<br />

motrizes<br />

% <strong>de</strong> recursos públicos<br />

<strong>de</strong>stinados às áreas<br />

sociais (saú<strong>de</strong>,<br />

saneamento, meio<br />

ambiente e recursos<br />

hídricos)<br />

Implantação <strong>de</strong><br />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano e solidário<br />

continua<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

45


46<br />

continuação<br />

Pressão % da população<br />

com instalações<br />

intradomiciliares<br />

ina<strong>de</strong>quadas;<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

% da água tratada<br />

distribuída pelos<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água;<br />

Nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e<br />

renda da população.<br />

Estado % da população<br />

atendida pelo serviço <strong>de</strong><br />

saneamento;<br />

% da população<br />

com instalações<br />

intradomiciliares<br />

ina<strong>de</strong>quadas;<br />

% da população<br />

que <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong><br />

ações <strong>de</strong> higiene<br />

intradomiciliares.<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Implantação <strong>de</strong> uma<br />

política nacional<br />

<strong>de</strong> saneamento,<br />

com vistas à<br />

universalização<br />

dos serviços <strong>de</strong><br />

saneamento;<br />

Investimentos na<br />

área <strong>de</strong> educação e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> programas <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> renda.<br />

Investimentos<br />

públicos para<br />

ampliação e melhoria<br />

da qualida<strong>de</strong><br />

dos serviços <strong>de</strong><br />

saneamento;<br />

Investimentos<br />

públicos para<br />

a melhoria das<br />

instalações sanitárias<br />

intradomiciliares;<br />

Desenvolvimento <strong>de</strong><br />

ações <strong>de</strong> educação e<br />

mobilização social.<br />

continua


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

continuação<br />

Exposição % da população<br />

consumindo água<br />

fora dos padrões <strong>de</strong><br />

potabilida<strong>de</strong>.<br />

Efeito Taxa <strong>de</strong> incidência <strong>de</strong><br />

doença <strong>de</strong> transmissão<br />

hídrica.<br />

<strong>Vigilância</strong> e<br />

fi scalização exercida<br />

pelo setor saú<strong>de</strong><br />

visando à garantia<br />

da qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo<br />

humano.<br />

<strong>Vigilância</strong><br />

epi<strong>de</strong>miológica dos<br />

casos <strong>de</strong> doença <strong>de</strong><br />

transmissão hídrica<br />

Atenção à saú<strong>de</strong> da<br />

população.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

47


6<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

atuação da<br />

vigilância da<br />

qualida<strong>de</strong> da<br />

água para<br />

consumo<br />

humano<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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50<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Ao propor um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atuação <strong>em</strong> vigilância da qua-<br />

lida<strong>de</strong> da água para consumo humano, verifi cou a necessi-<br />

da<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>fi nir os princípios e diretrizes que serviriam <strong>de</strong><br />

base para a sua <strong>de</strong>fi nição conceitual e gerencial.<br />

6.1 Princípios e diretrizes<br />

Com base nas diretrizes norteadoras do Sist<strong>em</strong>a Úni-<br />

co <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SUS) estabelecidas na Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

1988 e regulamentadas pela Lei n.º 8.080, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro<br />

<strong>de</strong> 1990, consi<strong>de</strong>ra-se como princípios básicos nos quais se<br />

baseiam o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> vigilância da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para<br />

consumo humano:<br />

• respeito à <strong>de</strong>scentralização político-administrativa,<br />

com direção única <strong>em</strong> cada esfera do governo com<br />

ênfase na <strong>de</strong>scentralização das ações para os municí-<br />

pios, garantida a regionalização e hierarquização da<br />

organização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como meca-<br />

nismo <strong>de</strong> planejamento, apoio técnico e operacional<br />

necessário ao <strong>de</strong>senvolvimento das ações <strong>de</strong>fi nidas<br />

pela vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo<br />

humano nas diversas esferas <strong>de</strong> governo;<br />

• a integralida<strong>de</strong> das ações <strong>de</strong>senvolvidas pela vigilân-<br />

cia da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano no<br />

sentido <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r suas ativida<strong>de</strong>s a toda e qualquer<br />

forma <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, seja coletivo ou in-<br />

dividual, <strong>de</strong> gestão pública ou privada, compreen<strong>de</strong>n-


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

do ações <strong>de</strong> caráter preventivo e corretivo, abrangen-<br />

do toda a ca<strong>de</strong>ia sistêmica do abastecimento <strong>de</strong> água<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o manancial ao ponto <strong>de</strong> consumo;<br />

• a igualda<strong>de</strong> no acesso à água s<strong>em</strong> preconceitos ou pri-<br />

vilégios <strong>de</strong> quaisquer espécies;<br />

• a eqüida<strong>de</strong>, na medida <strong>em</strong> que as ações <strong>de</strong> vigilância<br />

da qualida<strong>de</strong> da água <strong>de</strong>v<strong>em</strong> respeitar as diferenças<br />

culturais e socioeconômicas dos diversos estratos po-<br />

pulacionais;<br />

• a utilização da epi<strong>de</strong>miologia para o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s das ações <strong>de</strong> vigilância da qualida<strong>de</strong><br />

da água para consumo humano, incluindo sua orien-<br />

tação programática e a alocação <strong>de</strong> recursos;<br />

• integração das ações da vigilância da qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo humano com as áreas <strong>de</strong> meio<br />

ambiente, saneamento e recursos hídricos;<br />

• organização dos serviços públicos <strong>de</strong> modo a evitar<br />

duplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> meios para fi ns idênticos;<br />

• divulgação <strong>de</strong> informações à população dos dados <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> da água e os possíveis riscos inerentes ao<br />

seu consumo;<br />

• participação da comunida<strong>de</strong> por meio <strong>de</strong> sua repre-<br />

sentação nos fóruns ofi ciais <strong>de</strong> participação social <strong>de</strong>-<br />

fi nidas pela lei (Conselhos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Conferências <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>, Comitês <strong>de</strong> Bacias Hidrográfi cas, etc.).<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Além dos princípios e diretrizes anteriores previstos na<br />

Constituição e na Lei Fe<strong>de</strong>ral n.° 8.080/1990, acrescenta-se<br />

ainda o princípio da essencialida<strong>de</strong>, como mais uma diretriz,<br />

enten<strong>de</strong>ndo-se que o acesso à água, <strong>em</strong> quantida<strong>de</strong> sufi ciente<br />

e qualida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada, é fundamental à vida humana.<br />

As ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano estão inseridas no<br />

Sist<strong>em</strong>a <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> (SINVSA).<br />

As ações serão <strong>de</strong>senvolvidas por meio do programa nacional<br />

<strong>de</strong> vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

pelos estados, municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral, respeitando-se a<br />

autonomia das diferentes esferas <strong>de</strong> governo e a adaptação às<br />

diversas realida<strong>de</strong>s regionais e locais consi<strong>de</strong>rando a diversida-<br />

<strong>de</strong> sociocultural, geográfi ca e econômica do País.<br />

Fundamentando-se nesses princípios, o Mo<strong>de</strong>lo, pau-<br />

ta-se nos seguintes eixos: marco conceitual, gestão e con-<br />

trole social.<br />

6.1.1 Marco conceitual<br />

A qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano <strong>de</strong>ve ser<br />

garantida a partir <strong>de</strong> ações centradas nos conceitos <strong>de</strong> vigi-<br />

lância e controle da qualida<strong>de</strong> da água para consumo huma-<br />

no, visando à prevenção e ao controle <strong>de</strong> doenças e agravos<br />

transmitidos pela água, com vistas a promover a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida da população, <strong>de</strong> acordo com as normas vigentes.<br />

A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à quali-<br />

da<strong>de</strong> da água para consumo humano consiste no conjunto


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

<strong>de</strong> ações adotadas continuamente pelas autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

pública para garantir que a água consumida pela população<br />

atenda à norma <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> estabelecida na legislação vigen-<br />

te e para avaliar os riscos que a água <strong>de</strong> consumo representa<br />

para a saú<strong>de</strong> humana.<br />

O controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da água para consumo hu-<br />

mano consiste no conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s exercidas <strong>de</strong> forma<br />

contínua pelo(s) responsável (is) pela operação <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a ou<br />

solução alternativa <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> águas <strong>de</strong>stinadas a<br />

verifi car se a água fornecida à população é potável, assegu-<br />

rando a manutenção <strong>de</strong>sta condição.<br />

O controle da qualida<strong>de</strong> da água se diferencia da vigi-<br />

lância pela responsabilida<strong>de</strong> institucional, forma <strong>de</strong> atuação,<br />

pelas áreas geográfi cas <strong>de</strong> intervenção, pela freqüência e nú-<br />

mero <strong>de</strong> amostras e pela aplicação dos resultados, porém têm<br />

algo <strong>em</strong> comum no planejamento e na impl<strong>em</strong>entação.<br />

A fi gura 2 apresenta a inter-relação entre a vigilância e o<br />

controle da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano.<br />

6.1.2 Gestão<br />

A vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à qualida-<br />

<strong>de</strong> da água para consumo humano se organiza <strong>de</strong> forma a<br />

cont<strong>em</strong>plar os princípios <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização político-admi-<br />

nistrativa, com direção única <strong>em</strong> cada esfera <strong>de</strong> governo, con-<br />

forme estabelecido na Lei n. o 8.080/1990.<br />

A atuação na vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong><br />

à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano cont<strong>em</strong>pla <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

o manancial até o ponto <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>ntro dos domicílios,<br />

aplicando-se assim o princípio da integralida<strong>de</strong>.<br />

Figura 2. Inter-relação entre a vigilância e o controle da<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano .<br />

Amostrag<strong>em</strong><br />

Controle<br />

(SAA e SAC)<br />

Norma <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong><br />

Ações intra e<br />

intersetoriais<br />

Atualização<br />

Validação (Amostrag<strong>em</strong>)<br />

Amostras<br />

Resultados<br />

Informação<br />

Inspeção sanitária<br />

Informação<br />

Fonte: Adaptado da Opas, 2001<br />

Medidas corretivas<br />

Laboratório<br />

<strong>de</strong> controle<br />

<strong>Vigilância</strong> da<br />

qualida<strong>de</strong> da<br />

água para<br />

consumo<br />

humano<br />

Avaliação<br />

Epi<strong>de</strong>miológica<br />

Ações <strong>de</strong> vigilância<br />

Medidas corretivas<br />

Legenda:<br />

Soluções<br />

Alternativas<br />

Individuais<br />

Amostras<br />

Laboratório <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> pública<br />

(Certificado ou<br />

Acreditado)<br />

SAA - Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água<br />

SAC - Solução alternativa<br />

coletiva<br />

Desse modo, as ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental<br />

<strong>relacionada</strong>s à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar articuladas com as políticas e os programas no<br />

contexto da vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, por meio <strong>de</strong> mecanismos<br />

que possibilit<strong>em</strong> o trabalho conjunto entre as vigilâncias epi-<br />

<strong>de</strong>miológica, sanitária e <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental e estar articula-


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

das com as políticas e ações dos órgãos ambientais, <strong>de</strong> saneamento<br />

e gestores <strong>de</strong> recursos hídricos, visando à proteção <strong>de</strong><br />

mananciais <strong>de</strong> abastecimento e sua bacia contribuinte, além<br />

<strong>de</strong> estar articulado com as políticas dos órgãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do<br />

consumidor.<br />

A busca da melhoria dos serviços <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água <strong>de</strong>ve ser garantida pela integração dos setores saú-<br />

<strong>de</strong>, meio ambiente e saneamento a partir da priorização da<br />

alocação <strong>de</strong> recursos e orientação programática, com base<br />

nos indicadores epi<strong>de</strong>miológicos e ambientais resultantes<br />

do exercício da vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano. O acesso à água<br />

potável <strong>de</strong>ve ser garantido aplicando-se os princípios da uni-<br />

versalida<strong>de</strong> que é entendido como o direito da população à<br />

água; o da igualda<strong>de</strong> que se refere à quantida<strong>de</strong> e padrão a<strong>de</strong>-<br />

quado <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>; e o da eqüida<strong>de</strong> que está relacionado ao<br />

estabelecimento <strong>de</strong> mecanismos e <strong>de</strong>fi nição <strong>de</strong> critérios para<br />

priorização <strong>de</strong> acesso à água para consumo humano para as<br />

populações mais necessitadas. O acesso à água potável <strong>de</strong>ve<br />

ser garantido, aplicando-se os princípios da universalida<strong>de</strong>,<br />

igualda<strong>de</strong> e eqüida<strong>de</strong>.<br />

6.1.3 Controle social<br />

A participação social prevista na Lei n. o 8.080/1990 e no<br />

Código <strong>de</strong> Defesa do Consumidor garante a <strong>de</strong>mocratização<br />

das informações geradas pelas ações da vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

ambiental <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da água para consumo<br />

humano permitindo à população exercer efetivamente o<br />

controle social previsto pelo SUS.<br />

A <strong>de</strong>mocratização da informação se constitui <strong>em</strong> estraté-<br />

gia fundamental para que o consumidor se torne efetivamen-<br />

te sujeito ativo da vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong><br />

à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano. As informações<br />

sobre a qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano e riscos<br />

associados à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar disponíveis ao consumidor,<br />

conforme <strong>de</strong>termina a legislação vigente.<br />

6.2 Campo e forma <strong>de</strong> atuação<br />

A atuação da vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong><br />

à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano <strong>de</strong>ve se dar sobre<br />

todas e quaisquer formas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água coletivas<br />

ou individuais na área urbana e rural, <strong>de</strong> gestão pública ou<br />

privada, incluindo as instalações intradomiciliares.


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Para as águas envasadas e as utilizadas como matéria-<br />

prima para elaboração <strong>de</strong> produtos e <strong>em</strong> serviços específi cos<br />

<strong>de</strong>ve ser observada a legislação pertinente.<br />

Deste modo, o campo <strong>de</strong> atuação dar-se-á sobre:<br />

• sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água para consu-<br />

mo humano: instalação composta por conjunto <strong>de</strong><br />

obras civis, materiais e equipamentos, <strong>de</strong>stinada à<br />

produção e à distribuição canalizada <strong>de</strong> água potá-<br />

vel para populações sob a responsabilida<strong>de</strong> do po-<br />

<strong>de</strong>r público, mesmo que administrada <strong>em</strong> regime <strong>de</strong><br />

concessão ou permissão;<br />

• solução alternativa <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água para<br />

consumo humano: toda modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abasteci-<br />

mento coletivo <strong>de</strong> água distinta do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> abaste-<br />

cimento <strong>de</strong> água, incluindo, entre outras, fonte, poço<br />

comunitário, distribuição por veículo transportador,<br />

instalações condominiais horizontal e vertical;<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

• soluções individuais: todas e quaisquer soluções<br />

alternativas <strong>de</strong> abastecimento que atendam a um<br />

único domicílio;<br />

• instalações intradomiciliares: conjunto composto por<br />

uma ou mais unida<strong>de</strong>s constituído por canalizações,<br />

reservatórios, equipamentos e outros componentes,<br />

<strong>de</strong>stinado ao abastecimento interno <strong>de</strong> água.<br />

A forma <strong>de</strong> atuação baseia-se na avaliação e gerencia-<br />

mento <strong>de</strong> risco ambiental e epi<strong>de</strong>miológico, razão pela qual as<br />

ações <strong>de</strong> vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo huma-<br />

no <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> forma articulada e sist<strong>em</strong>ática<br />

com a vigilância epi<strong>de</strong>miológica para caracterização e avaliação<br />

<strong>de</strong> situações <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong>.<br />

As ações <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental relaciona-<br />

das à qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano são <strong>de</strong> com-<br />

petência do setor Saú<strong>de</strong>, enquanto as ações <strong>de</strong> controle da<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano compet<strong>em</strong> ao(s)<br />

responsável(is) pela operação <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a ou solução alterna-<br />

tiva <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água.<br />

Nas situações <strong>de</strong> surto e <strong>em</strong>ergências, a qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo humano também é objeto das ações da<br />

vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo humano, a qual terá uma atuação con-<br />

junta com as vigilâncias epi<strong>de</strong>miológica e sanitária.


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

6.3 Operacionalização<br />

Dentro dos princípios e diretrizes do SUS, a vigilância<br />

<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano será <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong> forma sist<strong>em</strong>atiza-<br />

da, por meio <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ações estratégicas e básicas<br />

nas diversas esferas <strong>de</strong> governo, respeitando as particulari-<br />

da<strong>de</strong>s locais.<br />

Destacam-se como ações estratégicas:<br />

• coor<strong>de</strong>nação da vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano;<br />

• estruturação da re<strong>de</strong> laboratorial para vigilância da<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano;<br />

• normalização e procedimentos;<br />

• <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> recursos humanos;<br />

• atuação nos fóruns intra e intersetoriais dos setores<br />

afetos à qualida<strong>de</strong> e à quantida<strong>de</strong> da água;<br />

• <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos e pesquisas.<br />

As principais ações básicas são:<br />

• i<strong>de</strong>ntifi cação, cadastramento e inspeção permanentes<br />

das diversas formas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água;<br />

• monitoramento da qualida<strong>de</strong> da água para consumo<br />

humano;<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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60<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

• avaliação e análise integrada dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> infor-<br />

mação;<br />

• avaliação ambiental e epi<strong>de</strong>miológica, consi<strong>de</strong>ran-<br />

do a análise sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

ambiente;<br />

• análise e classifi cação do grau <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong> das di-<br />

ferentes formas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água;<br />

• atuação junto ao(s) responsável(is) pela operação <strong>de</strong><br />

sist<strong>em</strong>a ou solução alternativa <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong><br />

água para correção <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> risco i<strong>de</strong>ntifi cadas;<br />

• realização <strong>de</strong> inquéritos e investigações epi<strong>de</strong>mioló-<br />

gicas, quando requerida;<br />

• disponibilização <strong>de</strong> informações;<br />

• educação, comunicação e mobilização social.<br />

Para viabilizar essas ações básicas é necessário o <strong>de</strong>sen-<br />

volvimento <strong>de</strong> ações executivas, <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> risco e<br />

<strong>de</strong> informação, as quais são apresentadas no fl uxograma na<br />

fi gura 3.


Outros<br />

sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong><br />

informação<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Figura 3. Ações básicas para operacionalização da vigilância<br />

da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

Alimentação<br />

no<br />

Sisagua<br />

Análise e avaliação <strong>de</strong><br />

dados<br />

Comunicação,<br />

informação e<br />

mobilização do<br />

consumidor<br />

Ações <strong>de</strong> informação<br />

I<strong>de</strong>ntificação e<br />

cadastramento<br />

Inspeção<br />

Monitoramento da<br />

qualida<strong>de</strong> da água<br />

(vigilância e<br />

controle)<br />

Avaliação ambiental<br />

e epi<strong>de</strong>miológica<br />

Análise e<br />

classificação do<br />

grau <strong>de</strong> risco<br />

Realização <strong>de</strong><br />

inquerítos e<br />

investigação<br />

Ações executivas<br />

Amostra fora do padrão<br />

Comunicação com o<br />

responsável pelo sist<strong>em</strong>a<br />

<strong>de</strong> abastecimento,<br />

solução alternativa<br />

coletiva ou individual<br />

Adoção <strong>de</strong> medidas e<br />

processos<br />

administrativos<br />

requeridos<br />

Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação<br />

<strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />

Ações <strong>de</strong> gerenciamento<br />

<strong>de</strong> risco<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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7<br />

Marco<br />

legal<br />

existente<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

A efetivação <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />

ambiental <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da água para consumo hu-<br />

mano, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> legislações que estejam as-<br />

sociadas à situação jurisdicional e constitucional do País. Esse<br />

marco legal <strong>de</strong>ve cont<strong>em</strong>plar mecanismos necessários para<br />

verifi car seu cumprimento pelas diversas esferas <strong>de</strong> governo.<br />

O Decreto Fe<strong>de</strong>ral n.º 79.367/1977 dispõe sobre a com-<br />

petência do Ministério da Saú<strong>de</strong> para elaborar normas e o pa-<br />

drão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para consumo humano a ser<strong>em</strong><br />

observados <strong>em</strong> todo o território nacional. O Decreto também<br />

estabelece que caberá ao Ministério da Saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> articulação<br />

com as Secretarias <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> dos estados, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />

territórios a competência para fi scalização do exato cumpri-<br />

mento das normas <strong>de</strong> que trata o Decreto. Além disso, pelo<br />

texto legal, cabe também ao Ministério, <strong>em</strong> articulação com<br />

outros órgãos e entida<strong>de</strong>s, a elaboração <strong>de</strong> normas sanitárias<br />

sobre: proteção <strong>de</strong> mananciais; serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong><br />

água; instalações prediais <strong>de</strong> água e controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

água <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimento público.<br />

O mesmo Decreto n.º 79.367/1997 <strong>de</strong>termina que os ór-<br />

gãos e entida<strong>de</strong>s dos estados, municípios, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />

territórios responsáveis pela operação dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abasteci-<br />

mento público, <strong>de</strong>verão adotar obrigatoriamente as normas e o<br />

padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> estabelecidos pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

A Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988 estabelece o princípio<br />

<strong>de</strong> que Saú<strong>de</strong> é um direito <strong>de</strong> todos e <strong>de</strong>ver do Estado, e cons-


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

titui o SUS que, entre outras atribuições, <strong>em</strong> seu artigo 200<br />

<strong>de</strong>termina que compete ao Sist<strong>em</strong>a:<br />

IV - participar da formulação da política e da<br />

execução das ações <strong>de</strong> saneamento básico;<br />

VI - fi scalizar e inspecionar alimentos,<br />

compreendido o controle <strong>de</strong> seu teor<br />

nutricional, b<strong>em</strong> como bebidas e águas para<br />

consumo humano;<br />

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente,<br />

nele compreendido o do trabalho. (BRASIL,<br />

1988, art. 200, p. 115, grifo nosso).<br />

A Lei Fe<strong>de</strong>ral n.º 8080/1990, dispõe sobre as condições<br />

para a promoção, proteção e recuperação da saú<strong>de</strong>, a organi-<br />

zação e o funcionamento dos serviços correspon<strong>de</strong>ntes. Esta<br />

Lei estabelece <strong>em</strong> seu artigo 16 que compete à direção nacio-<br />

nal do Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros:<br />

II - participar na formulação e na impl<strong>em</strong>entação<br />

das políticas:<br />

a) <strong>de</strong> controle das agressões ao meio ambiente;<br />

b) <strong>de</strong> saneamento básico; e,<br />

c) relativas às condições e aos ambientes <strong>de</strong> trabalho.<br />

(BRASIL, 1990b, art. 16).<br />

Com o reor<strong>de</strong>namento institucional ocorrido a partir do<br />

início da década <strong>de</strong> 1990, com a criação da Fundação <strong>Nacional</strong><br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, órgão afeto ao Ministério da Saú<strong>de</strong>, surgiram novos<br />

marcos legais que fornec<strong>em</strong> substrato jurídico às ações <strong>de</strong> vigi-<br />

lância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano, a saber:<br />

• a Portaria MS/GM n.º 1.399/1999, que regulamenta<br />

a Norma Operacional Básica (NOB) no que se refere<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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66<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

às competências da União, estados, municípios e Distrito<br />

Fe<strong>de</strong>ral, na área <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia e controle <strong>de</strong><br />

doenças, <strong>de</strong>fi nindo sua sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> fi nanciamento.<br />

Em seu artigo 1.º, a Portaria n.º 1.399/1999 <strong>de</strong>fi ne<br />

que compete à Funasa (atual Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong><br />

<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>) a gestão do Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> Epi<strong>de</strong>miológica<br />

e <strong>Ambiental</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> âmbito nacional<br />

(BRASIL, 1999).<br />

• a Instrução Normativa n.º 01/2001 regulamenta a Portaria<br />

n.º 1.399/1999, no que se refere às competências<br />

da União, estados, municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral, na<br />

área <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong>. Em seu ar-<br />

tigo 1.º, a Instrução Normativa dispõe o Sist<strong>em</strong>a Na-<br />

cional <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> (SINVSA),<br />

compreen<strong>de</strong>ndo o conjunto <strong>de</strong> ações e serviços pres-<br />

tados por órgãos e entida<strong>de</strong>s públicas e privadas rela-<br />

tivos à vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental, visando ao co-<br />

nhecimento e à <strong>de</strong>tecção ou à prevenção <strong>de</strong> qualquer<br />

mudança nos fatores <strong>de</strong>terminantes e condicionantes<br />

do meio ambiente que interfer<strong>em</strong> na saú<strong>de</strong> humana,<br />

com a fi nalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recomendar e adotar medidas <strong>de</strong><br />

prevenção e controle dos fatores <strong>de</strong> riscos relaciona-<br />

dos às doenças e outros agravos à saú<strong>de</strong>, <strong>em</strong> especial:<br />

água para consumo humano (BRASIL, 2001).<br />

• a Portaria n.º 518/2004, do Ministério da Saú<strong>de</strong>, es-<br />

tabelece os procedimentos e responsabilida<strong>de</strong>s relati-<br />

vos ao controle e vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

consumo humano e seu padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong>. Em<br />

seu artigo 5.º, a Portaria <strong>de</strong>termina que são <strong>de</strong>veres<br />

do Ministério da Saú<strong>de</strong>, por intermédio da Secreta-<br />

ria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>, entre outros, promover e<br />

acompanhar a vigilância da qualida<strong>de</strong> da água, <strong>em</strong> ar-<br />

ticulação com as Secretarias <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> dos estados e do<br />

Distrito Fe<strong>de</strong>ral e com os responsáveis pelo controle<br />

da água, nos termos da legislação que regulamenta o<br />

SUS. As atribuições dos níveis estadual e municipal<br />

estão <strong>de</strong>fi nidas nos artigos 6.º e 7.º, <strong>de</strong> acordo com as<br />

diretrizes <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização e hierarquização pre-<br />

vista no SUS (BRASIL, 2004).<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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8<br />

Estratégias<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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70<br />

8.1 Político-fi nanceira<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Para a efetiva impl<strong>em</strong>entação do programa, é necessário<br />

garantir sua consolidação política e fi nanceira.<br />

Por consolidação política, enten<strong>de</strong>-se a garantia <strong>de</strong> prio-<br />

rização do programa <strong>de</strong>ntro do SUS, ofi cializada por reso-<br />

luções específi cas dos diversos fóruns <strong>de</strong> participação social,<br />

como os Conselhos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> das três esferas <strong>de</strong> governo, além<br />

das comissões intergestoras bi e tripartite.<br />

Os recursos fi nanceiros necessários para a execução do<br />

programa <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser discutidos e <strong>de</strong>fi nidos no âmbito dos di-<br />

versos fóruns <strong>de</strong>cisórios das políticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> nas três esfe-<br />

ras <strong>de</strong> governo.<br />

8.2 Institucional<br />

A viabilização e a consolidação do programa ocorrerão<br />

por meio <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> institucional e hierarquizada da vigi-<br />

lância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>, nas três esferas <strong>de</strong> governo, respeitadas as<br />

atribuições <strong>de</strong>fi nidas nas legislações vigentes.<br />

O papel do Ministério da Saú<strong>de</strong> será o <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação<br />

do <strong>Programa</strong> na esfera nacional e o <strong>de</strong> dar apoio institucional<br />

e fi nanceiro para a execução das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong><br />

saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong>s à qualida<strong>de</strong> da água para con-<br />

sumo humano.<br />

O programa será coor<strong>de</strong>nado pelos estados e municí-<br />

pios, nas suas respectivas esferas, respeitando a autonomia<br />

dos mesmos, e consi<strong>de</strong>rando suas próprias características


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

com relação a outros aspectos, à estrutura e às práticas admi-<br />

nistrativas, <strong>de</strong>mográfi cas, <strong>de</strong>senvolvimento econômico, siste-<br />

ma jurídico e nível dos serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água.<br />

Desse modo, recomendam-se as seguintes estratégias<br />

para a impl<strong>em</strong>entação do programa:<br />

• existência <strong>de</strong> uma estrutura organizacional <strong>de</strong> vigi-<br />

lância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

nas diferentes esferas <strong>de</strong> governo;<br />

• <strong>de</strong>fi nição <strong>de</strong> programas estaduais e municipais que<br />

atendam ao programa nacional;<br />

• criação <strong>de</strong> grupo técnico assessor para dar apoio<br />

técnico às coor<strong>de</strong>nações do programa nas esferas fe-<br />

<strong>de</strong>ral, estadual e municipal, que <strong>de</strong>verá ser compos-<br />

to não somente por técnicos do setor Saú<strong>de</strong> como<br />

também por outros representantes <strong>de</strong> setores afetos à<br />

qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano, tais como<br />

recursos hídricos, saneamento, meio ambiente, insti-<br />

tuições <strong>de</strong> ensino e/ou <strong>de</strong> pesquisa, além do segmento<br />

representante dos usuários.<br />

A proposta <strong>de</strong> organização institucional po<strong>de</strong> ser visua-<br />

lizada conforme a fi gura 4.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Figura 4. Organização institucional do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> Relacionada à Qualida<strong>de</strong><br />

da Água para Consumo Humano<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> Laboratórios<br />

CGLAB<br />

Laboratório Central <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Pública LACEN<br />

Laboratório local<br />

8.3 Operacional<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong><br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />

SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE<br />

SES<br />

VIGILÂNCIA EM SAÚDE<br />

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE<br />

SMS<br />

VIGILÂNCIA EM SAÚDE<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>Ambiental</strong><br />

CGVAM<br />

<strong>Vigilância</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />

relacionado a<br />

qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo<br />

humano - VIGIAGUA<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

Estadual <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong><br />

da Qualida<strong>de</strong> da<br />

Água para Consumo<br />

Humano<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

Municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Vigilância</strong> da<br />

Qualida<strong>de</strong> da Água<br />

para Consumo<br />

Humano<br />

Grupo<br />

Técnico<br />

Assessor<br />

Grupo<br />

Técnico<br />

Assessor<br />

Grupo<br />

técnico<br />

Assessor<br />

Na operacionalização se <strong>de</strong>screve, <strong>de</strong> forma geral, as<br />

principais ações a ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvidas para a implantação<br />

e a impl<strong>em</strong>entação do <strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong>


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para<br />

Consumo Humano.<br />

8.3.1 Coor<strong>de</strong>nação da vigilância da qualida<strong>de</strong> da<br />

água para consumo humano<br />

A coor<strong>de</strong>nação, nas três esferas <strong>de</strong> governo, dar-se-á <strong>de</strong><br />

maneira <strong>de</strong>scentralizada, permitindo atingir as metas e priorida<strong>de</strong>s<br />

estabelecidas e possibilitando a <strong>de</strong>tecção, predição e<br />

prevenção da contaminação da água com a fi nalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> minimizar<br />

a incidência <strong>de</strong> doenças transmitidas pela água.<br />

8.3.2 Normalização e procedimentos<br />

É adotada a legislação fe<strong>de</strong>ral estabelecida pelo Ministério<br />

da Saú<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo ser compl<strong>em</strong>entada ou supl<strong>em</strong>entada<br />

por legislação estadual que cont<strong>em</strong>ple as características <strong>de</strong><br />

cada Estado.<br />

Visando à estruturação do <strong>Programa</strong> nos estados, Distrito<br />

Fe<strong>de</strong>ral e municípios, serão <strong>de</strong>fi nidos os procedimentos<br />

que nortearão a execução do mesmo nas três esferas.<br />

8.3.3 Desenvolvimento <strong>de</strong> recursos humanos<br />

O êxito do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da qualida<strong>de</strong> e da quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> recursos humanos, sendo importante à impl<strong>em</strong>entação<br />

<strong>de</strong> programas contínuos <strong>de</strong> capacitação, que cont<strong>em</strong>ple<br />

todos os aspectos relacionados à vigilância e ao controle.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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74<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

8.3.4 Atuação nos fóruns intra e intersetoriais dos<br />

setores afetos à qualida<strong>de</strong> e à quantida<strong>de</strong> da água<br />

Para sua impl<strong>em</strong>entação o <strong>Programa</strong> <strong>de</strong>ve se articular<br />

com outras instituições dos setores públicos e privados que<br />

compõ<strong>em</strong> o SUS, e <strong>de</strong>mais integrantes da área do saneamento,<br />

meio ambiente e recursos hídricos.<br />

8.3.5 Desenvolvimento <strong>de</strong> estudos e pesquisas<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos e pesquisas <strong>de</strong>verá subsidiar<br />

as práticas da vigilância, permitindo acompanhar o<br />

avanço tecnológico e a<strong>de</strong>quado às condições do País, avaliando<br />

os potenciais riscos ambientais que possam causar danos<br />

à saú<strong>de</strong> da população.<br />

8.3.6 I<strong>de</strong>ntifi cação, cadastramento e inspeção permanentes<br />

das diversas formas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água<br />

A i<strong>de</strong>ntifi cação e cadastramento <strong>de</strong> todos os sist<strong>em</strong>as e<br />

soluções alternativas coletivas e individuais <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água visam ao conhecimento da realida<strong>de</strong> dos sist<strong>em</strong>as<br />

e soluções existentes, a fi m <strong>de</strong> que seja possível um planejamento<br />

a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> vigilância.<br />

Essa ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser realizada por meio da inspeção<br />

visual das condições físicas dos componentes dos sist<strong>em</strong>as e<br />

soluções alternativas coletivas e individuais <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água, e das práticas exercidas sobre o mesmo, a fi m <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar<br />

a presença ou possível presença <strong>de</strong> fatores que alter<strong>em</strong><br />

a qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano.<br />

A inspeção também ajuda interpretar <strong>de</strong> forma correta<br />

os resultados das análises laboratoriais.


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

8.3.7 Estruturação da re<strong>de</strong> laboratorial para vigilância<br />

da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

Para obtenção <strong>de</strong> resultados confi áveis, é importante o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> laboratórios <strong>de</strong> vigilância<br />

<strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental <strong>relacionada</strong> à qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo humano.<br />

As análises <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser realizadas segundo procedimentos<br />

normalizados, <strong>de</strong> modo que garantam a obtenção <strong>de</strong> resultados<br />

confi áveis e precisos, além <strong>de</strong> proporcionar que resultados<br />

<strong>de</strong> diferentes laboratórios possam ser comparáveis. Para<br />

tal, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> buscar manter programa <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

interna ou externa ou ainda ser acreditado ou certifi cado por<br />

órgãos competentes para esse fi m.<br />

8.3.8 Monitoramento da qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano<br />

O monitoramento permite investigar a qualida<strong>de</strong> da<br />

água e <strong>de</strong>fi ne a aceitabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>la para o consumo humano.<br />

Em alguns casos, compreen<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a <strong>de</strong>fi nição da amostra<br />

até os relatórios <strong>de</strong> informação sobre os sist<strong>em</strong>as e soluções.<br />

O monitoramento contínuo da qualida<strong>de</strong> da água permite<br />

assegurar que o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> distribuição como um todo,<br />

opere satisfatoriamente proporcionando um produto <strong>de</strong>ntro<br />

das normas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano.<br />

8.3.9 Avaliação e análise integrada dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

informação<br />

O processamento dos dados gera informação e a análise<br />

da mesma pelo programa <strong>de</strong> vigilância e <strong>de</strong> controle permite<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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76<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

a melhoria racional dos sist<strong>em</strong>as e soluções coletivas e individuais<br />

<strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água.<br />

Os resultados coletados <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser armazenados numa<br />

base <strong>de</strong> dados e processados, estabelecendo uma correlação<br />

entre as distintas informações ambientais e epi<strong>de</strong>miológicas,<br />

i<strong>de</strong>ntifi cando os probl<strong>em</strong>as, assim como as causas, <strong>de</strong> modo a<br />

i<strong>de</strong>ntifi car as medidas corretivas pertinentes.<br />

8.3.10 Avaliação ambiental e epi<strong>de</strong>miológica, consi<strong>de</strong> ran do a<br />

análise sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ambiente<br />

No caso especifi co da vigilância da qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo humano, a atuação conjunta das vigilâncias<br />

ajuda a i<strong>de</strong>ntifi car as causas das doenças <strong>relacionada</strong>s com<br />

ela, permitindo impl<strong>em</strong>entar as medidas corretivas.<br />

A partir da informação epi<strong>de</strong>miológica, <strong>de</strong>ve-se selecionar<br />

as doenças transmitidas exclusivamente com a água para<br />

correlacionar com os registros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da água.<br />

A correlação da qualida<strong>de</strong> física, química e microbiológica<br />

com as doenças <strong>relacionada</strong>s com a qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo humano permite <strong>de</strong>terminar o impacto na<br />

saú<strong>de</strong> dos consumidores.<br />

8.3.11 Análise e classifi cação do grau <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong><br />

das diferentes formas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água<br />

A vigilância <strong>de</strong>ve i<strong>de</strong>ntifi car e avaliar os fatores <strong>de</strong> riscos<br />

associados com os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, <strong>de</strong> modo<br />

que se possa adotar as ações corretivas pertinentes antes que<br />

se apresent<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública para a população


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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

consumidora. Do mesmo modo, também permite i<strong>de</strong>ntifi car<br />

as causas ou orig<strong>em</strong> dos surtos <strong>de</strong> doenças <strong>relacionada</strong>s com a<br />

qualida<strong>de</strong> da água a fi m <strong>de</strong> controlar a diss<strong>em</strong>inação.<br />

A análise <strong>de</strong>talhada das informações básicas disponíveis<br />

propiciará a classifi cação do grau <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong> das diferentes<br />

formas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água. A i<strong>de</strong>ntifi cação da classe<br />

<strong>de</strong> risco, <strong>em</strong> conjunto com os resultados das análises física, quí-<br />

mica e bacteriológica da água consumida, permitirá a tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão pelo setor Saú<strong>de</strong>.<br />

8.3.12 Atuação junto ao(s) responsável(is) pela operação <strong>de</strong><br />

sist<strong>em</strong>a ou solução alternativa <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong><br />

água para correção <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> risco i<strong>de</strong>ntifi cadas<br />

A vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo hu-<br />

mano propiciará uma atuação conjunta com o(s) responsá-<br />

vel (is) pela operação <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a ou solução alternativa <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água, <strong>de</strong> modo a possibilitar a adoção <strong>de</strong><br />

medidas <strong>de</strong> correção no sist<strong>em</strong>a para melhorar a qualida<strong>de</strong><br />

da água, seja nos componentes físicos do sist<strong>em</strong>a, nos pro-<br />

dutos ou substâncias químicas utilizados no tratamento, ou<br />

nos materiais <strong>em</strong>pregados, assim como nos procedimentos<br />

construtivos, entre outros.<br />

Também compete à vigilância a validação da amostra<br />

<strong>de</strong>fi nida pelos responsáveis pelo abastecimento, po<strong>de</strong>ndo<br />

aceitar, recomendar ou recusar a informação fornecida pelo<br />

prestador, se os resultados obtidos pela vigilância não coinci<strong>de</strong>m<br />

com os relatórios enviados pelos mesmos.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

77


78<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

8.3.13 Realização <strong>de</strong> inquéritos e investigações<br />

epi<strong>de</strong>mio lógicas, quando requerida<br />

Os inquéritos e investigações epi<strong>de</strong>miológicas se aplicam<br />

para a i<strong>de</strong>ntifi cação dos fatores <strong>de</strong> riscos que infl u<strong>em</strong> na<br />

qualida<strong>de</strong> da água, nos processos <strong>de</strong> tratamento e <strong>de</strong> distribuição<br />

da água, assim como nos níveis <strong>de</strong> higiene com ênfase<br />

no que diz respeito aos hábitos sanitários.<br />

8.3.14 Disponibilização <strong>de</strong> informações<br />

O exercício da vigilância requer o exame permanente e<br />

sist<strong>em</strong>ático da informação sobre a qualida<strong>de</strong> da água <strong>de</strong> modo<br />

a avaliar se os sist<strong>em</strong>as e soluções <strong>de</strong> abastecimento aten<strong>de</strong>m<br />

aos padrões e normas estabelecidos.<br />

Os relatórios e informes <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser divulgados <strong>de</strong> forma<br />

permanente e contínua, <strong>em</strong> linguag<strong>em</strong> clara e concisa.<br />

8.3.15 Educação, comunicação e mobilização social<br />

A educação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> e sanitária junto às comunida<strong>de</strong>s<br />

integra o conjunto <strong>de</strong> ações necessárias para garantir às populações<br />

sist<strong>em</strong>as e soluções alternativas <strong>de</strong> abastecimento<br />

com qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro dos padrões e norma vigentes, como<br />

também a sua a<strong>de</strong>quada manutenção, <strong>de</strong> modo a alcançar a<br />

sustentabilida<strong>de</strong> dos mesmos.<br />

É fundamental discutir os aspectos relacionados ao uso<br />

a<strong>de</strong>quado, conservação e manipulação da água pelo consumidor,<br />

assim como higiene e manipulação da água e dos alimentos,<br />

contribuindo para a redução das doenças <strong>relacionada</strong>s<br />

à água.<br />

Desse modo, no exercício da vigilância é indispensável<br />

a participação dos usuários dos sist<strong>em</strong>as e soluções alternati-


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

vas coletivas e individuais. A comunida<strong>de</strong> t<strong>em</strong> direito a tomar<br />

parte na <strong>de</strong>cisão sobre o seu próprio futuro e esta participação<br />

po<strong>de</strong>-se dar <strong>de</strong> distintas formas.<br />

Para atingir os objetivos propostos no programa <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />

ser <strong>de</strong>senvolvidas ações segundo as esferas <strong>de</strong> governo, conforme<br />

mostra o quadro 2.<br />

Para operacionalizar o programa é necessário <strong>de</strong>senvolver<br />

uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão <strong>de</strong> cada situação,<br />

sendo que as ativida<strong>de</strong>s básicas estão <strong>de</strong>scritas a seguir:<br />

1. i<strong>de</strong>ntifi cação, cadastramento e inspeção dos sist<strong>em</strong>as<br />

e das soluções alternativas coletivas e soluções individuais<br />

<strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água;<br />

2. monitoramento da qualida<strong>de</strong> da água distribuída por<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e soluções alternativas<br />

coletivas. Para as soluções individuais, o monitoramento<br />

fi cará a critério dos municípios consi<strong>de</strong>rando<br />

as peculiarida<strong>de</strong>s locais;<br />

3. <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> educação, comunicação<br />

e mobilização social voltados para a melhoria<br />

das condições <strong>de</strong> salubrida<strong>de</strong> das soluções individuais<br />

<strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e das instalações intradomiciliares;<br />

4. análise dos dados do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> vigilância<br />

da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

(Sisagua);<br />

5. análise epi<strong>de</strong>miológica a partir dos dados das doenças<br />

e agravos <strong>de</strong> transmissão hídrica cor<strong>relacionada</strong><br />

com os dados do Sisagua;<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

79


80<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Quadro 2. Ações <strong>de</strong> vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano por esfera <strong>de</strong> governo<br />

Ações Fe<strong>de</strong>ral Estadual Municipal<br />

Coor<strong>de</strong>nação da<br />

VQACH<br />

Normalização e<br />

procedimentos<br />

Desenvolvimento<br />

<strong>de</strong> recursos humanos<br />

Atuação nos fóruns<br />

intra e intersetoriais<br />

dos setores<br />

afetos a qualida<strong>de</strong> e<br />

quantida<strong>de</strong> da água<br />

Desenvolvimento<br />

<strong>de</strong> estudos e pes-<br />

quisas<br />

I<strong>de</strong>ntifi cação,<br />

cadastramento e<br />

inspeção periódica<br />

das diversas formas<br />

<strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água (*)<br />

Estruturação da<br />

re<strong>de</strong> laboratorial<br />

para vigilância da<br />

qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo humano<br />

continua


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

continuação<br />

Monitoramento da<br />

qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo humano<br />

(*)<br />

Avaliação e análise<br />

integrada dos sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> informação<br />

Avaliação ambiental<br />

e epi<strong>de</strong>miológica,<br />

consi<strong>de</strong>rando a<br />

análise sist<strong>em</strong>ática<br />

<strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> e ambiente<br />

Análise e classifi -<br />

cação do grau <strong>de</strong><br />

risco à saú<strong>de</strong> das<br />

diferentes formas<br />

<strong>de</strong> abastecimento<br />

Atuação junto<br />

ao(s) responsável<br />

(is) pela operação<br />

<strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a ou solução<br />

alternativa <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong><br />

água para correção<br />

<strong>de</strong> situações <strong>de</strong> risco<br />

i<strong>de</strong>ntifi cadas (*)<br />

continua<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

81


82<br />

continuação<br />

Realização <strong>de</strong><br />

inquéritos e investigaçõesepi<strong>de</strong>miológicas,<br />

quando<br />

requerida (*)<br />

Disponibilização<br />

<strong>de</strong> informações<br />

Educação, comunicação<br />

e mobilização<br />

social<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

(*) essas ações po<strong>de</strong>rão ser executadas compl<strong>em</strong>entar e supl<strong>em</strong>entarmente<br />

pelos níveis estadual e fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> governo.<br />

6. <strong>de</strong>fi nição dos indicadores <strong>de</strong> risco específi cos <strong>em</strong> função<br />

das características locais dos sist<strong>em</strong>as e soluções alternativas<br />

coletivas e individuais <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água;<br />

7. avaliação do programa a partir <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho pré-<strong>de</strong>fi nidos;<br />

8. avaliação e classifi cação dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água e das soluções alternativas coletivas<br />

por tipo e grau <strong>de</strong> risco;<br />

9. avaliação do impacto à saú<strong>de</strong> dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água e das soluções alternativas coletivas<br />

e individuais a partir <strong>de</strong> indicadores pré-<strong>de</strong>fi nidos;<br />

10. capacitação dos profi ssionais das vigilâncias <strong>em</strong><br />

saú<strong>de</strong> e laboratórios <strong>de</strong> referência para realizar


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

ações <strong>de</strong> vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para con-<br />

sumo humano;<br />

11. impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s laboratoriais para<br />

aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s do programa, no que se re-<br />

fere às análises dos parâmetros constantes na legis-<br />

lação ou outras exigidas pela vigilância;<br />

12. integração entre as ações previstas no programa<br />

com outras do setor Saú<strong>de</strong> <strong>relacionada</strong>s com a qua-<br />

lida<strong>de</strong> da água para consumo humano;<br />

13. <strong>de</strong>fi nição <strong>de</strong> instrumentos e mecanismo formais <strong>de</strong><br />

atuação intra e intersetorial;<br />

14. acompanhamento e avaliação da aplicação dos re-<br />

cursos fi nanceiros necessários para a impl<strong>em</strong>enta-<br />

ção e <strong>de</strong>senvolvimento do programa;<br />

15. participação nos fóruns <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> re-<br />

cursos hídricos e meio ambiente, com vistas à pro-<br />

dução <strong>de</strong> água potável para os consumidores;<br />

16. atuação junto aos gestores <strong>de</strong> saneamento, princi-<br />

palmente os <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água para consu-<br />

mo humano, com o objetivo <strong>de</strong> infl uir nos critérios<br />

<strong>de</strong> alocação <strong>de</strong> recursos;<br />

17. atuação junto ao(s) responsável(is) por sist<strong>em</strong>as ou<br />

soluções alternativas coletivas e individuais <strong>de</strong> abas-<br />

tecimento <strong>de</strong> água garantindo a adoção <strong>de</strong> medidas<br />

corretivas quando da i<strong>de</strong>ntifi cação <strong>de</strong> riscos à saú<strong>de</strong>.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

83


9<br />

Metas e<br />

priorida<strong>de</strong>s<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

85


86<br />

Quadro 3. Metas e priorida<strong>de</strong>s<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

O programa preten<strong>de</strong> atingir as seguintes metas:<br />

Ações Descrição das Ações Metas<br />

9.1 Desenvolvimento<br />

<strong>de</strong> recursos<br />

humanos<br />

9.2 Cadastramento<br />

e inspeções<br />

9.1.1 Capacitar os<br />

profi ssionais para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das<br />

ações inseridas no<br />

programa.<br />

9.2.1 Cadastrar os sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> abastecimentos<br />

<strong>de</strong> água e soluções<br />

alternativas coletivas.<br />

9.2.2 Cadastrar as soluções<br />

individuais.<br />

9.2.3 Inspecionar os<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água.<br />

9.2.4 Inspecionar as<br />

soluções alternativas<br />

coletivas.<br />

100% dos profi ssionais<br />

do programa no período<br />

cinco anos.<br />

100% dos municípios<br />

cadastrando os sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> abastecimentos <strong>de</strong><br />

água e soluções alternativas<br />

coletivas no prazo<br />

<strong>de</strong> dois anos.<br />

100% dos municípios<br />

cadastrando as soluções<br />

individuais no prazo <strong>de</strong><br />

cinco anos.<br />

100% dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimentos <strong>de</strong> água<br />

cadastrados, inspecionados<br />

no mínimo uma<br />

vez por ano;.<br />

100% das soluções alternativas<br />

coletivas ca das -<br />

tradas, inspecionadas<br />

no mínimo uma vez por<br />

ano.<br />

continua


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

continuação<br />

9.3 Monitoramento<br />

da qualida<strong>de</strong> da<br />

água<br />

9.3.1 Coletar, processar<br />

e interpretar os resultados<br />

das análises<br />

laboratoriais básicas.<br />

9.3.2 Coletar, processar<br />

e interpretar os<br />

resultados das análises<br />

laboratoriais mais<br />

complexas.<br />

9.4 Avaliação 9.4.1 Realizar inspeção<br />

nos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água<br />

e as soluções alternativas<br />

coletivas, por meio<br />

dos roteiros<br />

<strong>de</strong>fi nidos no Sisagua.<br />

9.4.2 Avaliar o programa<br />

a partir <strong>de</strong> indicadores<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho.<br />

9.4.3 Defi nir os critérios<br />

<strong>de</strong> classifi cação<br />

<strong>de</strong> riscos dos sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> abastecimentos <strong>de</strong><br />

água e soluções alternativas.<br />

100% das análises laboratoriais<br />

básicas realizadas<br />

para todos os sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> abastecimentos<br />

<strong>de</strong> água e soluções alternativas<br />

coletivas no<br />

prazo <strong>de</strong> três anos.<br />

100% das análises laboratoriais<br />

mais complexas<br />

realizadas para<br />

todos os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água<br />

e soluções alternativas<br />

coletivas no prazo <strong>de</strong><br />

cinco anos.<br />

100% dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água e<br />

as soluções alternativas<br />

coletivas cadastradas,<br />

avaliados no prazo <strong>de</strong><br />

cinco anos.<br />

Avaliação do programa<br />

a cada cinco anos.<br />

Critérios <strong>de</strong> classifi cação<br />

<strong>de</strong> riscos dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimentos <strong>de</strong> água<br />

e soluções alternativas<br />

coletivas <strong>de</strong>fi nidos no<br />

prazo <strong>de</strong> dois anos.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

continua<br />

87


88<br />

continuação<br />

9.5 Qualida<strong>de</strong> 9.5.1 Atingir os sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água e as soluções<br />

alternativas coletivas,<br />

dotadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

9.5.2 Atingir os sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> abastecimentos<br />

<strong>de</strong> água distribuídos<br />

por re<strong>de</strong> canalizada e<br />

processo <strong>de</strong> fi ltração,<br />

supridos por mananciais<br />

<strong>de</strong> superfícies.<br />

9.5.3 Atingir os sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> abastecimento<br />

<strong>de</strong> água dotados <strong>de</strong><br />

fl uoretação.<br />

9.6 Informação 9.6.1 Manter e aprimorar<br />

os dados sobre<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimentos<br />

<strong>de</strong> água e<br />

soluções alternativas<br />

coletivas e individuais<br />

no Sisagua.<br />

9.6.2 Defi nir instrumento<br />

e mecanismo<br />

para informação ao<br />

consumidor sobre<br />

qualida<strong>de</strong> da água para<br />

consumo humano.<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

100% <strong>de</strong> todos os sist<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong> abastecimentos<br />

<strong>de</strong> água e soluções alternativas<br />

coletivas no<br />

prazo <strong>de</strong> três anos.<br />

100% dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimentos <strong>de</strong> água<br />

distribuídos por re<strong>de</strong><br />

canalizada e processo<br />

<strong>de</strong> fi ltração, supridos<br />

por mananciais <strong>de</strong> superfícies.<br />

100% dos sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água<br />

dotados <strong>de</strong> fl uoretação.<br />

100% dos os dados sobre<br />

sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimentos<br />

<strong>de</strong> água e<br />

soluções alternativas<br />

coletivas e individuais<br />

no Sisagua no período<br />

<strong>de</strong> dois anos.<br />

100% da população informada<br />

no período <strong>de</strong><br />

um ano.<br />

continua


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

continuação<br />

9.7 Gestão 9.7.1 Pactuar os municípios<br />

<strong>de</strong> acordo com<br />

as metas da PPI-ECD<br />

e que os façam segundo<br />

o <strong>Programa</strong>.<br />

100% dos municípios<br />

pactuados no Brasil e o<br />

façam <strong>de</strong> acordo com o<br />

programa.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

89


10<br />

Avaliação<br />

das ações<br />

do programa<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

91


92<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

A avaliação do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong>ve ser realizada durante a<br />

impl<strong>em</strong>entação das ações por meio <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>-<br />

penho e <strong>de</strong> impacto, <strong>de</strong> forma sist<strong>em</strong>ática e contínua.<br />

O acompanhamento contínuo da qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo humano permitirá verifi car as mudanças que<br />

porventura venham a ocorrer ao longo do t<strong>em</strong>po e <strong>de</strong>termi-<br />

nar se as projeções <strong>de</strong>ssas modifi cações po<strong>de</strong>rão implicar <strong>em</strong><br />

algum impacto na saú<strong>de</strong> dos consumidores.<br />

Recomenda-se para a vigilância da qualida<strong>de</strong> da água<br />

para consumo humano a avaliação <strong>de</strong>: qualida<strong>de</strong>, quantida<strong>de</strong>,<br />

cobertura, continuida<strong>de</strong> do serviço e custo.<br />

Para efetuar uma avaliação mínima no que diz respei-<br />

to à condução do <strong>Programa</strong>, sugere-se alguns indicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho:<br />

• atendimento das metas previstas <strong>de</strong>ntro da Progra-<br />

mação Pactuada Integrada (PPI/VS);<br />

• cumprimento das metas do <strong>Programa</strong> <strong>de</strong>ntro do cro-<br />

nograma previsto no presente documento;<br />

• aplicação dos recursos fi nanceiros disponibilizados aos<br />

municípios para o <strong>de</strong>senvolvimento do <strong>Programa</strong>;


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

• avaliação da qualifi cação e capacitação dos recursos<br />

humanos envolvidos com o programa;<br />

• análise dos parâmetros do Sisagua;<br />

• acompanhamento e análise dos dados epi<strong>de</strong>miológi-<br />

cos relacionados a doenças <strong>de</strong> transmissão hídrica,<br />

<strong>de</strong>fi nidos pelo sist<strong>em</strong>a nacional <strong>de</strong> vigilância epi<strong>de</strong>-<br />

miológica.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

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Referências<br />

bibliográficas<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

95


96<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Fe<strong>de</strong>rativa<br />

do Brasil. Brasília: Senado Fe<strong>de</strong>ral, 1988.<br />

______. Decreto n.º 100, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1991. Institui a<br />

Fundação <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e dá outras providências. Diário<br />

Ofi cial da União, Brasília, DF, 17 maio 1991.<br />

______. Decreto n.º 191, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1995. Aprova a estrutura<br />

regimental do Ministério da Saú<strong>de</strong> e dá outras providências.<br />

Diário Ofi cial da União, Brasília, DF, 3 maio 1995.<br />

______. Decreto n.º 3.450, <strong>de</strong> 1.º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2000. Aprova<br />

o estatuto e o quadro <strong>de</strong>monstrativo dos cargos <strong>em</strong> comissão<br />

e das funções gratifi cadas da Fundação <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

- Funasa, e dá outras providências. Diário Ofi cial da União,<br />

Brasília, DF, 10 maio 2000. Coluna 2.<br />

______. Decreto n.º 3.450, <strong>de</strong> 1.º <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2000. Aprova o<br />

Estatuto e o quadro <strong>de</strong>monstrativo dos cargos <strong>em</strong> comissão<br />

e das funções gratifi cadas da Fundação <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

- Funasa, e dá outras providências. Diário Ofi cial da União,<br />

Brasília, DF, 10 maio 2000.<br />

______. Decreto n.º 3.987, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1920. Reorganiza<br />

os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública. Diário Ofi cial da União,<br />

Brasília, DF, 31 <strong>de</strong>z. 1920. Coluna 1.<br />

______. Decreto n.º 4.726, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2003. Aprova a<br />

estrutura regimental e o quadro <strong>de</strong>monstrativo dos cargos <strong>em</strong><br />

comissão e das funções gratifi cadas do Ministério da Saú<strong>de</strong>, e<br />

da outras providências. Diário Ofi cial da União, Brasília, DF,<br />

17 maio 2003.<br />

______. Decreto n.º 49.974-A, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1961. Regulamenta,<br />

sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Código <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>,


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

a Lei 2.312, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1954, <strong>de</strong> normas gerais sobre<br />

<strong>de</strong>fesa e proteção da saú<strong>de</strong>. Diário Ofi cial da União, Brasília,<br />

DF, 3 set. 1961. Coluna 1.<br />

______. Decreto n.º 76.872, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1975. Regulamenta<br />

a Lei 6.050, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1974, que dispõe sobre<br />

a fl uoretação da água <strong>em</strong> sist<strong>em</strong>as públicos <strong>de</strong> abastecimento.<br />

Diário Ofi cial da União, Brasília, DF, 23 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1975.<br />

______. Decreto n.º 79.367, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1977. Dispõe<br />

sobre normas e o padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água e da outras<br />

providências. Diário Ofi cial da União, Brasília, DF, 10 mar.<br />

1977. Coluna 3.<br />

______. Decreto n.º 92.752, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1986. Aprova o<br />

programa <strong>de</strong> ações básicas para a <strong>de</strong>fesa do meio ambiente, e<br />

da outras providências. Diário Ofi cial da União, Brasília, DF,<br />

6 jun. 1986.<br />

______. Lei n.º 8.029, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1990. Dispõe sobre a<br />

extinção e dissolução <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s da administração pública<br />

fe<strong>de</strong>ral e dá outras provi<strong>de</strong>ncias. Diário Ofi cial da União, Brasília,<br />

DF, 13 abr. 1990a. Seção 1.<br />

______. Lei n.° 6050, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1974. Dispõe sobre a<br />

Fluoretação da Água <strong>em</strong> Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> Abastecimento quando<br />

existir estação <strong>de</strong> tratamento. Diário Ofi cial da União, Brasília,<br />

DF, 27 maio 1974. Coluna 1.<br />

______. Lei n.° 6.229, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1975. Dispõe sobre a<br />

Organização do Sist<strong>em</strong>a <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Diário Ofi cial da<br />

União, Brasília, DF, 18 jul. 1975. Coluna 1.<br />

______. Lei n.º 8.080, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990. Dispõe sobre<br />

as condições para a promoção, proteção e recuperação da<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

97


98<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

saú<strong>de</strong>, a organização e o funcionamento dos serviços correspon<strong>de</strong>ntes<br />

e da outras provi<strong>de</strong>ncias. Diário Ofi cial da União,<br />

Brasília, DF, 20 set. 1990b.<br />

______. Ministério da Saú<strong>de</strong>. Instrução Normativa n.° 01, <strong>de</strong> 7<br />

<strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2005. Regulamenta a Portaria n.º 1.172/2004/GM,<br />

no que ser refere às competências da União, estados, municípios<br />

e Distrito Fe<strong>de</strong>ral na área <strong>de</strong> vigilância <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> ambiental. Diário<br />

Ofi cial da União, Brasília, DF, 22 fev. 2005. Seção 1.<br />

______. Portaria n.º 410, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2000. Aprova o<br />

Regimento Interno da Fundação <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - Funasa.<br />

Diário Ofi cial da União, Brasília, DF, 29 <strong>de</strong>z. 2000. Seção 1.<br />

______. Portaria n.º 443, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1978. Aprova<br />

normas sobre proteção sanitária dos mananciais dos serviços<br />

<strong>de</strong> abastecimento público e o controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da água<br />

das instalações prediais elaborados por especialistas do Ministério<br />

da Saú<strong>de</strong>, da Fundação Estadual <strong>de</strong> Engenharia do<br />

Meio Ambiente do Rio <strong>de</strong> Janeiro, da Secretaria Especial do<br />

Meio Ambiente, do Ministério do Interior e da Companhia<br />

<strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Saneamento <strong>Ambiental</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Diário<br />

Ofi cial da União, Brasília, DF, 6 out. 1978. Seção 1.<br />

______. Portaria n.º 518, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2004. Estabelece<br />

os procedimentos e responsabilida<strong>de</strong>s relativos ao controle e<br />

vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano e seu<br />

padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong>, e dá outras providências. Diário Ofi -<br />

cial da União, Brasília, DF, 26 mar. 2004. Seção 1.<br />

______. Portaria n.º 56, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1977. Aprova as<br />

normas e o padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> da água a ser<strong>em</strong> observados<br />

<strong>em</strong> todo território nacional. Diário Ofi cial da União,<br />

Brasília, DF, 15 jun. 1977. Seção 1.


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

______. Portaria n.º 635, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1975. Aprova<br />

as normas e padrões sobre fl uoretação da água dos sist<strong>em</strong>as<br />

públicos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong>stinado ao consumo humano.<br />

Diário Ofi cial da União, Brasília, DF, 30 jan. 1976. Seção 1.<br />

______. Portaria n.º 1.469, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2000. Estabelece<br />

os procedimentos e responsabilida<strong>de</strong>s relativos ao<br />

controle e vigilância da qualida<strong>de</strong> da água para consumo humano<br />

e seu padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong>, e dá outras providências.<br />

Diário Ofi cial da União, Brasília, DF, 22 fev. 2001. Seção 1.<br />

Republicada.<br />

______. Portaria n.º 1.399/GM, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999.<br />

Regulamenta a NOB SUS 01/96 no que se refere às competências<br />

da União, estados, municípios e Distrito Fe<strong>de</strong>ral, na área<br />

<strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia e controle <strong>de</strong> doenças, <strong>de</strong>fi ne a sist<strong>em</strong>ática<br />

<strong>de</strong> fi nanciamento e dá outras providências. Diário Ofi cial da<br />

União, Brasília, DF, 16 <strong>de</strong>z. 1999. Seção 1.<br />

______. Portaria n.º 36, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1990. Dispõe sobre<br />

as normas e padrões <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para consumo<br />

humano. Diário Ofi cial da União, Brasília, DF, 23 jan.<br />

1990c. Seção 1.<br />

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍS-<br />

TICA. Pesquisa <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saneamento Básico. Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

2000.<br />

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Indicadores para<br />

o estabelecimento <strong>de</strong> políticas e a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>em</strong> saú<strong>de</strong><br />

ambiental. Genebra, 1998.<br />

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Vigilancia <strong>de</strong><br />

la calidad <strong>de</strong>l agua potable. Genebra: Organización Panamericana<br />

<strong>de</strong> la Salud, 1977.<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

99


Equipe<br />

técnica<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

101


102<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Elaboração:<br />

Denise Maria Elisabeth Formaggia<br />

Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Julce Clara da Silva<br />

Secretaria da Saú<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong><br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul<br />

Roseane Maria Garcia Lopes <strong>de</strong> Souza<br />

Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> São Paulo<br />

Marluce Aguiar<br />

Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

do Espírito Santo<br />

Nolan Ribeiro Bezerra<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> – CGVAM/SVS/MS.<br />

Marta Helena Paiva Dantas<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> – CGVAM/SVS/MS.<br />

Isaias da Silva Pereira<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> – CGVAM/SVS/MS.<br />

Jacira Azevedo Cancio<br />

Representação no Brasil da Opas/OMS.


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Coor<strong>de</strong>nação e edição:<br />

Nolan Ribeiro Bezerra<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> – CGVAM/SVS/MS.<br />

Isaias da Silva Pereira<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> – CGVAM/SVS/MS.<br />

Marta Helena Paiva Dantas<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong> – CGVAM/SVS/MS.<br />

Jacira Azevedo Cancio<br />

Representação no Brasil da Opas/OMS.<br />

Revisão:<br />

Mariely Helena Barbosa Daniel<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>Ambiental</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Colaboração:<br />

Angela Pocol<br />

(CGVAM/SVS/MS)<br />

Nolan Ribeiro Bezerra<br />

Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Secretaria da Saú<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong> São Paulo<br />

Celso Luiz Rúbio<br />

Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Paraná<br />

<strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> (CGVAM/SVS/MS)<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

103


104<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Cícero Desdice Goes Júnior – CGVAM/SVS/MS<br />

Daniel Lima Da Silva<br />

Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Distrito Fe<strong>de</strong>ral<br />

Evaldo Alves Oliveira – Conas<strong>em</strong>s<br />

Fernando Carneiro<br />

CGVAM/SVS/MS<br />

Gina Bo<strong>em</strong>er Debert<br />

CGVAM/SVS/MS<br />

Jaime Brito <strong>de</strong> Azevedo<br />

Secretaria da Saú<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong> Pernambuco<br />

José Antônio Adomi<br />

Secretaria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atibaia <strong>de</strong> São Paulo<br />

Lucimar Correia Alves<br />

Densp/Funasa<br />

Márcia Regina Lima <strong>de</strong> Oliveira<br />

CGVAM/ SVS/MS.<br />

Maria A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Millington<br />

CGLAB/SVS/MS<br />

Maria <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Fernan<strong>de</strong>s Neto<br />

CGVAM/ SVS/MS.<br />

Mario Althoff<br />

CGLAB/SVS/MS


<strong>Programa</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Relacionada à Qualida<strong>de</strong> da Água para Consumo Humano<br />

Ricardo Araujo Natal<br />

CGVAM/SVS/MS<br />

Ruy Antônio Macedo Neri<br />

Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Pará<br />

Sávia Dumont<br />

CGVAM/SVS/MS<br />

Sheyla Duarte da Costa<br />

Marli Rocha <strong>de</strong> Abreu Costa<br />

CGLAB/SVS/MS<br />

Miguel Crisóstomo Brito Leite<br />

Densp/Funasa<br />

Paula Bevilacqua<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa – UFV<br />

Raylene Logrado Barreto<br />

Secretaria da Saú<strong>de</strong> do Estado da Bahia<br />

Rejane Maria <strong>de</strong> Souza Alves<br />

Coveh/CVS/MS<br />

Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte<br />

Silvano Silvério da Costa<br />

Diretor <strong>de</strong> Operações do SAAE <strong>de</strong> Guarulhos<br />

Vilma Ramos Feitosa<br />

CGVAM/SVS/MS<br />

Viviane Gomes Monte<br />

Secretaria Estadual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Ceará<br />

Secretaria <strong>de</strong> <strong>Vigilância</strong> <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> / MS<br />

105


A coleção institucional do Ministério da Saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser acessada<br />

na Biblioteca Virtual do Ministério da Saú<strong>de</strong>:<br />

http://www.sau<strong>de</strong>.gov.br/bvs<br />

O conteúdo <strong>de</strong>sta e <strong>de</strong> outras obras da Editora do Ministério da Saú<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong> ser acessado na página:<br />

http://www.sau<strong>de</strong>.gov.br/editora<br />

EDITORA MS<br />

Coor<strong>de</strong>nação-Geral <strong>de</strong> Documentação e Informação/SAA/SE<br />

MINISTÉRIO DA SAÚDE<br />

(Normalização, revisão, editoração, impressão, acabamento e expedição)<br />

SIA, trecho 4, lotes 540/610 – CEP: 71200-040<br />

Telefone: (61) 3233-2020 Fax: (61) 3233-9558<br />

E-mail: editora.ms@sau<strong>de</strong>.gov.br<br />

Home page: http://www.sau<strong>de</strong>.gov.br/editora<br />

Brasília – DF, nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2005<br />

OS 0408/2005

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