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SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

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<strong>SUS</strong>: AVANÇOS E DESAFIOS<br />

medicamentos de dispensação em caráter excepcional cresceram de<br />

80 por mês em 1996 para 600 por mês em 2002, um acréscimo de 650%<br />

no período (Kanamura, 2002).<br />

Os gastos do <strong>SUS</strong> com procedimentos de alta complexi<strong>da</strong>de apresentam,<br />

nos medicamentos de dispensação em caráter excepcional, uma<br />

situação crítica que pode configurar crescente ineficiência alocativa<br />

dos recursos públicos de saúde. Pode-se verificar, no Gráfico 20, que a<br />

participação percentual dos gastos com medicamentos de dispensação<br />

em caráter excepcional em relação aos gastos totais do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong><br />

com medicamentos subiu de 14,9% em 1995 para 35,3% em 2005.<br />

O incremento dos gastos com medicamentos de dispensação em caráter<br />

excepcional vem repercutindo nos orçamentos federal e estaduais<br />

<strong>da</strong> <strong>Saúde</strong>. Dados levantados pela Assessoria Técnica do CONASS<br />

(2006), contidos na Tabela 16, indicam que esses gastos subiram de<br />

1.050 bilhão de reais em 2003 para 1,777 bilhão de reais em 2005. O aumento<br />

desses gastos é verificado tanto no <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> quanto<br />

nas Secretarias Estaduais de <strong>Saúde</strong>.<br />

No caso dos medicamentos de dispensação em caráter excepcional<br />

(os de maior custo), o incremento de gastos com sua aquisição nos<br />

últimos anos tem onerado significativa e exponencialmente as Secretarias<br />

Estaduais de <strong>Saúde</strong>, apesar de que, originariamente, essa responsabili<strong>da</strong>de<br />

seja exclusivamente federal.<br />

É preciso definitivamente estabelecer a reformulação do Programa<br />

de Medicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional, com<br />

aumento significativo do aporte de recursos federais.<br />

Certamente a solução dos problemas do desequilíbrio interno na<br />

assistência de alta e média complexi<strong>da</strong>de passa pelo aumento dos<br />

gastos públicos em <strong>Saúde</strong>.<br />

Concomitantemente, medi<strong>da</strong>s de aumento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de desses<br />

gastos deveriam ser adota<strong>da</strong>s. Já se mencionou, anteriormente, a necessi<strong>da</strong>de<br />

de definir os serviços a serem ofertados, com critério de<br />

relevância sanitária e social, e a utilização de mecanismos de avaliação<br />

tecnológica que estabeleçam as diretrizes de uso dessas tecnologias.<br />

Contudo, para evitar a migração dos recursos <strong>da</strong> média<br />

para a alta complexi<strong>da</strong>de, seria interessante separar, em dois blocos<br />

isolados, os recursos federais destinados a esses dois grupos<br />

de tecnologias sanitárias. Se isso não resolve o problema do volume<br />

dos gastos com esses serviços, pode <strong>da</strong>r maior transparência às<br />

alocações relativas de ambos e constranger o fluxo dos recursos <strong>da</strong><br />

média para a alta complexi<strong>da</strong>de. O Pacto pela Vi<strong>da</strong>/Pacto de Gestão

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