SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde
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<strong>SUS</strong>: AVANÇOS E DESAFIOS<br />
GRÁFICO 18: A EFICIÊNCIA DOS HOSPITAIS DO <strong>SUS</strong> EM FUNÇÃO DO NÚMERO<br />
MÉDIO DE LEITOS, 2002<br />
1,00<br />
0,90<br />
0,80<br />
0,70<br />
0,60<br />
0,50<br />
0,40<br />
0,30<br />
0,20<br />
0,10<br />
0,00<br />
0-24 LEITOS 25-49 LEITOS 50-99 LEITOS 100-249 LEITOS 250 + LEITOS<br />
1 EFICIÊNCIA INTERNA 2 EFICIÊNCIA DE ESCALA 3 EFICIÊNCIA TOTAL<br />
Fonte: Banco Mundial (2005).<br />
A explicação para a ineficiência de escala pode estar, como aponta<br />
a Tabela 11, nas taxas de ocupação dos leitos. Os hospitais do <strong>SUS</strong><br />
apresentam uma taxa média de ocupação de 28,8%, muito abaixo de<br />
um padrão desejável em torno de 80%. Contudo, essa taxa é menor nos<br />
hospitais de menor porte, chegando, apenas, a 21,2% nos hospitais<br />
com menos de 25 leitos, e a 23,8% nos hospitais com 25 a 49 leitos. A<br />
taxa de ocupação só tem um comportamento aceitável nos hospitais<br />
com mais de 250 leitos, em que atinge 76,6% de ocupação, o que fala a<br />
favor de uma relação entre escala e eficiência.<br />
Uma caracterização <strong>da</strong> morbi<strong>da</strong>de hospitalar permite aprofun<strong>da</strong>r<br />
a compreensão do fenômeno <strong>da</strong>s ineficiências de escala na rede hospitalar<br />
do <strong>SUS</strong>. É o que pode ser feito pelas internações por condições<br />
sensíveis à atenção ambulatorial. Esse indicador capta as condições<br />
que são realiza<strong>da</strong>s devido à má quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> atenção primária e que,<br />
portanto, são condições evitáveis, e as internações desnecessárias<br />
que são fruto <strong>da</strong> aplicação, ao <strong>SUS</strong>, <strong>da</strong> Lei de Roemer. Ambos os fenômenos<br />
estão presentes nos hospitais do <strong>SUS</strong>; de um lado, há internações<br />
que se fazem por deficiências na atenção primária à saúde; de