04.08.2013 Views

SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CONASS<br />

plantação, menor abrangência em termos de macrofunções e por<br />

ser conduzi<strong>da</strong> por demora<strong>da</strong>s negociações entre os distintos atores<br />

sociais em situação na arena sanitária;<br />

• a reforma de baixo para cima, com grande ênfase na descentralização<br />

e implanta<strong>da</strong> por meio de projetos-piloto; e<br />

• a reforma sem reforma, que se marca pela extrema dificul<strong>da</strong>de de<br />

obtenção de consensos em razão <strong>da</strong> existência de pontos inegociáveis<br />

entre os diferentes atores sociais, o que remete as mu<strong>da</strong>nças<br />

a um plano adjetivo.<br />

A reforma sanitária brasileira de 1988 aproxima-se de uma reforma<br />

de tipo big-bang por sua coincidência com uma janela histórica representa<strong>da</strong><br />

pelo fim do regime militar e pela profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças<br />

propostas. Contudo, distancia-se desse tipo de reforma por ter sido<br />

politicamente construí<strong>da</strong> e por ter sido negocia<strong>da</strong> por longo tempo<br />

com vários atores sociais relevantes na arena sanitária.<br />

Além disso, numa perspectiva institucionalista, a reforma sanitária<br />

brasileira teve a constrangê-la no seu escopo as trajetórias passa<strong>da</strong>s<br />

do sistema de saúde brasileiro, especialmente algumas presentes no<br />

modelo médico assistencial privatista e na <strong>Saúde</strong> Suplementar. Contudo,<br />

a partir de sua constituição jurídica, foi se recriando por meio<br />

de reformas incrementais leves, representa<strong>da</strong>s pelas normas operacionais,<br />

obti<strong>da</strong>s por consenso <strong>da</strong>s três esferas de governo após longas<br />

negociações e finalmente materializa<strong>da</strong>s em Portarias Ministeriais.<br />

A primeira norma operacional, a NOB n. 01/1991, edita<strong>da</strong> pela Presidência<br />

do Inamps foi escrita segundo a cultura prevalecente naquela<br />

instituição de assistência médica e, portanto, tinha forte conotação<br />

centralizadora.<br />

Seguiu-se a NOB n. 01/1992, que manteve a estrutura <strong>da</strong> anterior e<br />

criou o Pró-<strong>Saúde</strong>, o Programa para a Reorganização dos Serviços de<br />

<strong>Saúde</strong>.<br />

A NOB n. 01/1993 institucionalizou as Comissões Intergestores Tripartite<br />

e Bipartite criando, dessa forma, um sistema decisório compartilhado<br />

pelas diferentes instâncias federativas, além de impulsionar a<br />

municipalização mediante as habilitações em gestão incipiente, parcial<br />

e semiplena.<br />

Posteriormente, a NOB n. 01/1996 consolidou a política de municipalização<br />

estabelecendo o pleno exercício do poder municipal na fun-<br />

27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!