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SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

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CONASS<br />

cursos humanos na <strong>Saúde</strong> passam pela incorporação de valores de um<br />

sistema de saúde solidário, público, universal e eqüitativo, e devem<br />

ser capazes de propiciar mu<strong>da</strong>nças de práticas de saúde e do processo<br />

de trabalho que ajudem a configuração dos novos perfis ocupacionais<br />

e profissionais dos trabalhadores e <strong>da</strong>s equipes que estão sendo<br />

exigidos no novo cenário do mundo do trabalho e no contexto do <strong>SUS</strong>.<br />

Como avaliar e promover o desenvolvimento dessas novas competências<br />

nos espaços de trabalho e como garantir uma uniformi<strong>da</strong>de<br />

nesse processo de qualificação, de forma a permitir mobili<strong>da</strong>de e circulação<br />

dos trabalhadores no mercado de trabalho setorial, são questões<br />

que se colocam, para os formuladores e gestores de políticas, no<br />

campo <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> e <strong>da</strong> Educação.<br />

Uma <strong>da</strong>s condições estratégicas para esse desenvolvimento é, justamente,<br />

melhorar a comunicação e a articulação entre o aparelho<br />

formador e os serviços e to<strong>da</strong>s as diversas instituições que, na socie<strong>da</strong>de<br />

e no Estado, tenham competências e responsabili<strong>da</strong>des com a<br />

saúde <strong>da</strong> população.<br />

O art. 200 <strong>da</strong> Constituição de 1988 confere aos gestores do <strong>SUS</strong><br />

atribuição para contribuir na formação e no desenvolvimento dos recursos<br />

humanos.<br />

Por que o gestor <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> deve se preocupar com as questões relativas<br />

à formação e desenvolvimento de recursos humanos?<br />

A lógica é que a orientação <strong>da</strong> formação e desenvolvimento de pessoal<br />

deve <strong>da</strong>r aquele que está enfrentando o problema e sentindo as<br />

dificul<strong>da</strong>des <strong>da</strong> operação do sistema público. Evidentemente, desde<br />

que se saiba de que tipo de qualificação o trabalhador precisa<br />

ou a que tipo de problema essa qualificação se propõe a resolver.<br />

Os gestores podem deman<strong>da</strong>r e, com freqüência, desenvolver estratégias<br />

educacionais que, junto a outras políticas associa<strong>da</strong>s,<br />

contribuam para resolver a questão. Entretanto, os gestores não<br />

só não conhecem todos os problemas de saúde que afligem o sistema<br />

de saúde, como também não detêm to<strong>da</strong>s as competências<br />

e capaci<strong>da</strong>des específicas para o desenvolvimento adequado <strong>da</strong>s<br />

propostas de intervenção. Portanto esse man<strong>da</strong>to constitucional de<br />

intervir no processo de formação dos trabalhadores <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> é um<br />

man<strong>da</strong>to compartilhado, tanto por outras esferas de governo dentro<br />

do próprio setor <strong>Saúde</strong> – gestores federais, estaduais e municipais<br />

– como fora do próprio setor <strong>Saúde</strong>, principalmente pelo <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong><br />

Educação, o principal agente regulador do processo de qualificação<br />

profissional no país.<br />

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