SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde
SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde
SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
CONASS<br />
• gerenciamento do impacto orçamentário-financeiro do plano de<br />
cargos, carreira e salários no orçamento <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong>.<br />
Um modelo de gestão integra<strong>da</strong> prevê um processo de gestão e<br />
desenvolvimento institucional voltado para resultados institucionais,<br />
organizacionais e individuais e, portanto, abrigando a possibili<strong>da</strong>de<br />
de institucionalizar mecanismos de remuneração variável, gratificações<br />
por desempenho, localização e qualificação.<br />
As diretrizes nacionais para elaboração de planos de carreira,<br />
cargos e salários no Sistema Único de <strong>Saúde</strong>, aprova<strong>da</strong>s também<br />
no segundo semestre de 2006, é uma iniciativa para estabelecer uma<br />
política de recursos humanos articula<strong>da</strong> e integra<strong>da</strong> entre as esferas<br />
gestoras do sistema. A proposta, que não tem poder impositivo devido<br />
à autonomia dos entes federados, contempla alguns princípios como<br />
o <strong>da</strong> equivalência dos cargos ou empregos, compreendendo a correspondência<br />
deles em to<strong>da</strong>s as esferas de governo, e o <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de,<br />
entendi<strong>da</strong> como garantia de trânsito do trabalhador do <strong>SUS</strong> pelas diversas<br />
esferas de governo sem per<strong>da</strong> de direitos ou <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de<br />
de desenvolvimento na carreira.<br />
Para além de princípios e diretrizes idealizados, a viabilização <strong>da</strong><br />
proposta choca-se com:<br />
• a reali<strong>da</strong>de do financiamento hoje existente;<br />
• o profundo desequilíbrio federativo, em que a União tem a maior<br />
parte <strong>da</strong> receita e os municípios e Estados a maior parte dos encargos,<br />
sobretudo de pessoal.<br />
Apenas metade dos Estados tem planos de carreira, cargos e salários<br />
exclusivos do <strong>SUS</strong> enquanto a outra metade tem PCCSs comuns<br />
ao conjunto <strong>da</strong> administração estadual.<br />
A reali<strong>da</strong>de municipal é ain<strong>da</strong> mais complexa, pois se observa que<br />
a quase totali<strong>da</strong>de dos pequenos municípios, além de não ter planos<br />
de carreira exclusivos do <strong>SUS</strong>, não tem um quantitativo de pessoal <strong>da</strong><br />
<strong>Saúde</strong> com escala para propor um plano exclusivo do <strong>SUS</strong>. Além disso,<br />
muitos enfrentam dificul<strong>da</strong>des para a incorporação e a permanência<br />
de profissionais e especialistas.<br />
Manti<strong>da</strong> a situação atual, é remota a possibili<strong>da</strong>de de implementar<br />
planos de carreira do <strong>SUS</strong>, no conjunto do país, sobretudo nos<br />
pequenos municípios, a menos que haja o co-financiamento por parte<br />
147