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SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

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<strong>SUS</strong>: AVANÇOS E DESAFIOS<br />

des, como se faz tradicional e infrutiferamente e, sobretudo, na determinação<br />

<strong>da</strong>s competências e perfis <strong>da</strong> força de trabalho, sendo muito<br />

importante sua articulação com o processo de formação e desenvolvimento<br />

educacional, baseado nas competências profissionais.<br />

Abrange, portanto, aspectos quantitativos e qualitativos. A institucionalização<br />

de um sistema de planejamento de recursos humanos,<br />

orientado pelas metas e objetivos institucionais, constitui um instrumento<br />

importante de gestão e regulação <strong>da</strong> força de trabalho. Planejar<br />

recursos humanos significa incluir essa temática no planejamento dos<br />

órgãos federais, estaduais e municipais e trazer para os fóruns de decisão<br />

política do <strong>SUS</strong>, os conselhos e os órgãos colegiados, tripartite<br />

e bipartites, questões estratégicas como o financiamento dirigido à<br />

contratação <strong>da</strong> força de trabalho, qualificação dos trabalhadores e programas<br />

de proteção à saúde do trabalhador.<br />

O planejamento e a gerência de informações estão entre as áreas<br />

menos desenvolvi<strong>da</strong>s na gestão do trabalho do <strong>SUS</strong>, como evidenciado<br />

pelos estudos supracitados e corroborado pela avaliação <strong>da</strong>s<br />

funções essenciais <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> Pública realiza<strong>da</strong> em seis Secretarias Estaduais<br />

de <strong>Saúde</strong>, em 2005-200613 .<br />

Uma <strong>da</strong>s causas <strong>da</strong> baixa capaci<strong>da</strong>de gerencial na área de Recursos<br />

Humanos é a ausência de informações básicas referentes ao conjunto<br />

de sua força de trabalho e a outros <strong>da</strong>dos necessários à gestão<br />

do trabalho pelos seus órgãos de gestão. Observa-se que, na sua<br />

ausência, a folha de pagamento ain<strong>da</strong> predomina, em muitos casos,<br />

como única fonte de informações em relação aos servidores (efetivos<br />

e cargos comissionados) e trabalhadores ligados a contratos de terceirização,<br />

deixando um vazio em relação a um necessário sistema de<br />

controle sobre a lotação real dos trabalhadores, sua qualificação e seu<br />

desempenho. Os sistemas de informações gerenciais são instrumentos<br />

essenciais à gestão do trabalho contribuindo para os processos de<br />

planejamento, monitoramento, desenvolvimento e avaliação <strong>da</strong> força<br />

de trabalho.<br />

Contudo, a baixa capaci<strong>da</strong>de gerencial e de planejamento, nas Secretarias<br />

Estaduais de <strong>Saúde</strong>, não se limita à área de Gestão de Informação,<br />

como os estudos citados mostraram: a área de Gestão de<br />

Recursos Humanos está situa<strong>da</strong> no terceiro escalão <strong>da</strong> estrutura organizacional,<br />

subordinando-se à área administrativa e financeira e,<br />

13 Muller Neto JS et al., <strong>2006.</strong>

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