04.08.2013 Views

SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

142<br />

<strong>SUS</strong>: AVANÇOS E DESAFIOS<br />

rar a questão <strong>da</strong> gestão do trabalho na agen<strong>da</strong> de pactuação, mas<br />

não se deve ter ilusões quanto ao alcance <strong>da</strong> iniciativa, insuficiente<br />

para enfrentar os grandes <strong>desafios</strong> hoje encontrados na gestão do<br />

trabalho no <strong>SUS</strong>.<br />

A seguir, para exposição mais clara do tema, agrupou-se as principais<br />

ações <strong>da</strong> gestão do trabalho no <strong>SUS</strong> em três grandes conjuntos<br />

de ativi<strong>da</strong>des: a gestão <strong>da</strong>s relações de trabalho, o planejamento e<br />

o gerenciamento e a gestão <strong>da</strong> educação do trabalhador em <strong>Saúde</strong>.<br />

5.4.1 Gestão <strong>da</strong>s relações de trabalho<br />

Trata-se de superar os velhos modelos de “administração de recursos<br />

humanos”, normativos, burocráticos e estáticos, pela gestão<br />

participativa, colegia<strong>da</strong> e pactua<strong>da</strong> com os trabalhadores e seus representantes,<br />

tanto nos aspectos <strong>da</strong>s relações individuais – contrato,<br />

salário –, quanto naqueles <strong>da</strong>s relações coletivas – representação, greve,<br />

negociação. As mesas de negociação permanente do <strong>SUS</strong> são bons<br />

exemplos de instrumentos institucionalizados com essa finali<strong>da</strong>de.<br />

A negociação é necessária para o enfrentamento adequado dos<br />

conflitos que o trabalho em <strong>Saúde</strong> inevitavelmente produz nas relações<br />

entre gestores e trabalhadores, principalmente face a tantas<br />

transformações estruturais e a tantos novos ordenamentos de trabalho<br />

requeridos. Dentro <strong>da</strong>s próprias instituições de saúde, onde<br />

ain<strong>da</strong> persistem processos segmentados mas interdependentes,<br />

estabelecer acordos e parcerias internas é fun<strong>da</strong>mental para o adequado<br />

desempenho do trabalho.<br />

Como essa negociação passa a ser um requisito indispensável na<br />

gestão <strong>da</strong> relação do trabalho - tanto para gestores como para trabalhadores,<br />

já que não deve obedecer apenas a uma disputa política,<br />

mas ser orienta<strong>da</strong> pela busca <strong>da</strong> eqüi<strong>da</strong>de, <strong>da</strong> resolutivi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> atenção - a competência para discutir e tomar decisões com<br />

base em informações e avaliar resultados de ações e de políticas.<br />

Os vínculos precários também são alguns dos problemas mais relevantes<br />

a serem debatidos e enfrentados na gestão integra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />

relações de trabalho. Apesar <strong>da</strong>s diversas iniciativas no âmbito <strong>da</strong>s<br />

três esferas de gestão, ain<strong>da</strong> não se observam grandes alterações no<br />

quadro descrito. O <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> criou o Comitê Nacional de<br />

Desprecarização do Trabalho, com participação de vários atores, gestores<br />

e trabalhadores. O comitê definiu a condução do processo por

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!