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SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

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<strong>SUS</strong>: AVANÇOS E DESAFIOS<br />

os gastos com pessoal ativo e inativo, por fonte de recursos, e as características<br />

dos vínculos segundo o tipo de administração – direta e<br />

indireta – bem como identificar como eram a estrutura, e o processo<br />

de organização e quais a ações desenvolvi<strong>da</strong>s pela área de Gestão<br />

de Pessoas.<br />

Os resultados do estudo indicaram um gasto mensal com recursos<br />

do tesouro estadual, no pagamento de folha de trabalhadores de saúde,<br />

ativos e inativos, de R$ 445 milhões/mês (R$ 5,3 bilhões/ano) para<br />

um quantitativo geral de 457.123 trabalhadores de saúde, o que representava,<br />

à época, 52,5% do total <strong>da</strong>s despesas com saúde.<br />

Uma informação importante e que contribuiu para revelar a situação<br />

<strong>da</strong>s relações de trabalho foi a referente ao vínculo dos trabalhadores<br />

nas SES, que apontou na administração direta a predominância<br />

do Regime Jurídico Único (RJU), com 262.669 trabalhadores de saúde<br />

ativos (76,2% do total), seguido <strong>da</strong> contratação por tempo determinado<br />

(8,6%), CLT (5,3%) e cargos em comissão (4,2%). A contratação por<br />

meio de cooperativas demonstrou ser uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de vinculação<br />

com pouca importância na administração direta estadual, 1,20% do<br />

total dos contratos informados. Na administração indireta, onde foram<br />

informados 53.308 contratados, as fun<strong>da</strong>ções concentravam 47,4% do<br />

total desses contratos (sendo mais de 60% deles admitidos através de<br />

concurso público) e as autarquias 37,8%.<br />

As mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de vínculos passíveis de serem classifica<strong>da</strong>s<br />

como precárias (aquelas onde os diretos sociais e trabalhistas não<br />

são atendidos integralmente) não são as formas hegemônicas de<br />

vínculos, mas o contrário. Entretanto, não se deve desprezar o fato<br />

que quase 10% dos trabalhadores de saúde, vinculados às secretarias<br />

de saúde em 2003, estavam nessa situação, a grande maioria<br />

como “contratos temporários”.<br />

Os trabalhadores de saúde vinculados à administração direta também<br />

foram analisados quanto ao nível de formação, sendo 32,1% dos<br />

profissionais de nível superior, 39,8% de nível médio, e 26,5% de elementar.<br />

Foram identifica<strong>da</strong>s, ain<strong>da</strong>, particulari<strong>da</strong>des características<br />

de algumas regiões tais como a forte predominância de contratos de<br />

nível médio nos Estados <strong>da</strong> Região Norte.<br />

No campo <strong>da</strong> identificação dos problemas, enquanto para os Secretários<br />

de Estado a maioria dos problemas situava-se no campo de<br />

gestão do trabalho – os dois principais problemas apontados pelos<br />

Gestores foram a necessi<strong>da</strong>de de contratação de pessoal/quanti<strong>da</strong>de

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