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SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

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CONASS<br />

ve uma grande expansão de serviços municipais e foram priorizados<br />

novos modelos de atenção voltados para a atenção primária <strong>da</strong> saúde,<br />

tendo como proposta estruturante o programa de saúde <strong>da</strong> família.<br />

A mu<strong>da</strong>nça do modelo de atenção exige estratégias de grande<br />

abrangência e de realização em curto prazo. Essa expansão acelera<strong>da</strong><br />

e em grande escala dos serviços ocasionou mu<strong>da</strong>nças significativas<br />

na composição e estruturação <strong>da</strong> força de trabalho em <strong>Saúde</strong>, com<br />

concentração nas esferas de governo estaduais e municipais. Ademais,<br />

coube a essas esferas governamentais a maior responsabili<strong>da</strong>de<br />

pela implementação <strong>da</strong>s políticas sociais na nova ordem democrática<br />

advin<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> nova Constituição, arcando com todo o peso<br />

financeiro, administrativo e de pessoal dos aparelhos de segurança,<br />

educacional, de saúde, de saneamento básico e de assistência social.<br />

A possibili<strong>da</strong>de de garantir os direitos sociais inscritos na Constituição<br />

é tarefa dos entes descentralizados do Estado brasileiro.<br />

A descentralização <strong>da</strong>s ações e dos serviços sociais e de saúde tem<br />

um lado perverso, o <strong>da</strong> “desresponsabilização” <strong>da</strong> esfera federal em<br />

relação à manutenção dessa força de trabalho responsável pelas políticas<br />

sociais, fato agravado pela política fiscal e tributária que privilegia<br />

a União. Uma evidência dessa assertiva é a indefinição adota<strong>da</strong><br />

pela gestão federal do <strong>SUS</strong> em relação à reposição dos servidores<br />

descentralizados (para Estados e municípios) do antigo Inamps – em<br />

2002, aproxima<strong>da</strong>mente 50 mil servidores, com custo estimado de um<br />

bilhão de reais/ano – e <strong>da</strong> Funasa – 26 mil estimados –, porque, como<br />

se sabe, uma outra razão para a “precarização” <strong>da</strong> força de trabalho<br />

na <strong>Saúde</strong> está exatamente nas dificul<strong>da</strong>des encontra<strong>da</strong>s pelos Estados<br />

e municípios para a reposição desse importante contingente de<br />

trabalhadores em processo de aposentadoria (CONASS, 2002) 5<br />

Essa questão se agrava com as restrições orçamentárias impostas<br />

pela Lei de Responsabili<strong>da</strong>de Fiscal, que limita os gastos com pessoal,<br />

frente a necessi<strong>da</strong>de de incorporação de pessoal para atender às<br />

novas deman<strong>da</strong>s trazi<strong>da</strong>s pelas políticas de saúde. Para fazer frente a<br />

esses problemas os gestores do <strong>SUS</strong>, nas três esferas, vêm lançando<br />

mão de estratégias de gestão de pessoal diferencia<strong>da</strong>s, que incluem:<br />

• contratação temporária;<br />

• terceirização por meio de empresas ou cooperativas;<br />

• contratos por órgãos internacionais;<br />

• contratos através de serviços prestados;<br />

• bolsas de trabalho; estágios;<br />

5 CONASS, 2002.<br />

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