SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde
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<strong>SUS</strong>: AVANÇOS E DESAFIOS<br />
<strong>da</strong>mental para a acessibili<strong>da</strong>de; diferentemente, os serviços que devem<br />
ser concentrados são aqueles que se beneficiam de economias<br />
de escala, para os quais os recursos são mais escassos e em relação<br />
aos quais a distância tem menor impacto sobre o acesso (World Health<br />
Organization, 2000).<br />
Na implantação <strong>da</strong>s redes de atenção à saúde há uma hierarquia de<br />
princípios em que o maior é o do acesso.<br />
Assim, quando se der um conflito entre os princípios de escala e<br />
acesso – o que é comum em regiões de baixa densi<strong>da</strong>de demográfica<br />
–, prevalecerá o acesso sobre a eficiência do sistema.<br />
A estruturação ótima <strong>da</strong>s redes de atenção à saúde, além <strong>da</strong> obediência<br />
a esses princípios estruturantes, deve se ajustar à territorialização<br />
sanitária. Nesse aspecto, a regionalização proposta no Pacto<br />
pela <strong>Saúde</strong> facilita a organização <strong>da</strong>s redes de atenção à saúde porque<br />
incorpora os princípios mencionados e os acolhe na metodologia de<br />
desenvolvimento dos Planos Diretores de Regionalização.<br />
Dessa forma, as redes de atenção à saúde do <strong>SUS</strong> deverão conformar-se<br />
de modo que ca<strong>da</strong> município seja auto-suficiente na atenção<br />
primária à saúde; ca<strong>da</strong> microrregião seja auto-suficiente na atenção<br />
secundária à saúde (média complexi<strong>da</strong>de); e ca<strong>da</strong> macrorregião seja<br />
auto-suficiente na atenção terciária à saúde (alta complexi<strong>da</strong>de).<br />
As redes de atenção à saúde se estruturam através de pontos de<br />
atenção à saúde que são lugares institucionais onde se ofertam determinados<br />
serviços produzidos por uma função de produção singular.<br />
São exemplos de pontos de atenção à saúde: os domicílios onde se faz<br />
atenção domiciliar terapêutica, as uni<strong>da</strong>des básicas de saúde, as uni<strong>da</strong>des<br />
ambulatoriais especializa<strong>da</strong>s, os centros de apoio psicossocial,<br />
as residências terapêuticas, os centros de especiali<strong>da</strong>des odontológicas,<br />
o centro de referência em <strong>Saúde</strong> sexual e reprodutiva, o centro<br />
de referência <strong>da</strong> criança de risco, os centros de enfermagem, os lares<br />
abrigados, os centros de convivência para idosos, os centros de<br />
atenção paliativa etc. Os hospitais podem abrigar distintos pontos de<br />
atenção à saúde: o ambulatório de pronto atendimento, a uni<strong>da</strong>de de<br />
cirurgia ambulatorial, a materni<strong>da</strong>de, o centro cirúrgico, a uni<strong>da</strong>de de<br />
terapia intensiva, a uni<strong>da</strong>de de hospital/dia etc.<br />
O centro de comunicação <strong>da</strong> rede de atenção à saúde é o nó intercambiador<br />
no qual se coordenam os fluxos e os contrafluxos do sistema<br />
de serviços de saúde, constituído pelo ponto de atenção primária