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SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

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CONASS<br />

A situação epidemiológica brasileira, em 1998, pode ser defini<strong>da</strong> como<br />

de dupla carga de doenças quando medi<strong>da</strong> por anos de vi<strong>da</strong> ajustados<br />

por incapaci<strong>da</strong>de, tal como se observa na Tabela 23. As doenças crônicas,<br />

isola<strong>da</strong>mente, representam 66,2% <strong>da</strong> carga <strong>da</strong>s doenças e, soma<strong>da</strong>s às<br />

causas maternas e perinatais, chega-se a um resultado em que 2/3 <strong>da</strong><br />

carga <strong>da</strong>s doenças no Brasil são por condições crônicas.<br />

TABELA 23: CARGA DA DOENÇA EM ANOS DE VIDA PERDIDOS AJUSTADOS<br />

POR INCAPACIDADE, BRASIL, 1998.<br />

DOENÇA OU CONDIÇÃO<br />

AVAIs<br />

(POR MIL HABITANTES)<br />

INFECCIOSAS, PARASITÁRIAS E<br />

DESNUTRIÇÃO<br />

34 14,8<br />

CAUSAS EXTERNAS 19 10,2<br />

CONDIÇÕES MATERNAS E PERINATAIS 21 8,8<br />

DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 124 66,2<br />

TOTAL 232 100<br />

Fonte: Schramm et al (2004).<br />

A situação de dupla carga <strong>da</strong>s doenças com predominância <strong>da</strong>s<br />

doenças crônicas torna importante a consideração dos fatores de riscos.<br />

A razão está no modelo causal <strong>da</strong>s doenças crônicas, mostrado no<br />

Gráfico 27. A causali<strong>da</strong>de dessas doenças depende de determinantes<br />

distais (os fatores socioeconômicos), de fatores de riscos proximais (o<br />

ambiente, a genética e os comportamentos), e de riscos biológicos (a<br />

hipertensão, o sobrepeso e a obesi<strong>da</strong>de) para determinar conseqüências<br />

que se expressam em mortes e incapaci<strong>da</strong>des.<br />

Os fatores de riscos proximais e biológicos relativos às doenças crônicas<br />

estão muito presentes no país. Inquérito nacional para fatores<br />

de risco em doenças não transmissíveis feito pelo <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong><br />

(2005c) em capitais de Estados brasileiros, entre 2002 e 2003, relativos<br />

à população de 15 anos ou mais, mostrou resultados expressivos.<br />

O excesso de peso acometia de 31% a 53% <strong>da</strong> população, sendo<br />

a prevalência maior, à exceção do Nordeste, nas populações de menor<br />

escolari<strong>da</strong>de. A prevalência de fumantes variou de 7,9% a 33,1%, foi<br />

maior nos homens que nas mulheres e muito maior na Região Sul. O<br />

sedentarismo variou de 22% a 58%, não havendo um padrão uniforme<br />

em relação às diversas capitais relativamente à escolari<strong>da</strong>de. A dieta<br />

adequa<strong>da</strong>, defini<strong>da</strong> pelo consumo regular de frutas, verduras ou legu-<br />

%<br />

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