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SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

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GRÁFICO 25: GASTO PER CAPITA EM INTERNAÇÕES HOSPITALARES, POR<br />

GÊNERO, ÍNDICE DE BASE EM MULHERES DE 10 A 14 ANOS<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Gasto per capita- AIH (base: mulheres de 10 a 14 anos=1)<br />

0- 4 5- 9 10-14 15-19 20-24 25-29<br />

homens<br />

mulheres<br />

Fonte: Machado e Maia (2006).<br />

CONASS<br />

30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79 80+<br />

A transição demográfica contribui para reforçar uma situação de<br />

saúde de dupla carga <strong>da</strong>s doenças que vige no Brasil. Além dela, há<br />

uma significativa mu<strong>da</strong>nça na situação epidemiológica.<br />

Os países desenvolvidos fizeram uma transição epidemiológica<br />

clássica. Contudo, essa transição, nos países em desenvolvimento, apresenta<br />

características específicas, em relação aos países desenvolvidos,<br />

ao superporem a agen<strong>da</strong> tradicional e a nova agen<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> Pública.<br />

O clássico modelo de Omran, desenvolvido com base em observações<br />

feitas nos países ricos, segundo o qual a transição se faria com por<br />

etapas seqüenciais, não se verifica nos países pobres.<br />

Por isso, em vez de falar transição epidemiológica, nesses países<br />

é melhor dizer dupla carga <strong>da</strong>s doenças, acumulação epidemiológica<br />

ou modelo prolongado e polarizado. Essa situação epidemiológica<br />

singular dos países em desenvolvimento caracteriza-se por<br />

alguns atributos fun<strong>da</strong>mentais: a superposição de etapas; a persistência<br />

concomitante <strong>da</strong>s doenças transmissíveis e <strong>da</strong>s doenças crônicas;<br />

as contratransações, movimentos de ressurgimento de doenças<br />

que se acreditavam supera<strong>da</strong>s, as doenças reemergentes; a transição<br />

prolonga<strong>da</strong>, a falta de resolução <strong>da</strong> transição num sentido definitivo;<br />

a polarização epidemiológica, representa<strong>da</strong> pela agudização <strong>da</strong>s desigual<strong>da</strong>des<br />

sociais em matéria de saúde; e o surgimento <strong>da</strong>s novas<br />

doenças ou enfermi<strong>da</strong>des emergentes. To<strong>da</strong>via, em termos relativos,<br />

há um forte predomínio <strong>da</strong>s condições crônicas.<br />

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