SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde
SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde
SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
106<br />
<strong>SUS</strong>: AVANÇOS E DESAFIOS<br />
relativamente aos dois outros entes federados e que expressa, ao fim,<br />
os problemas do federalismo fiscal, já analisados.<br />
TABELA 21: GASTOS DO <strong>SUS</strong> POR ENTES FEDERADOS EM VALORES NOMINAIS<br />
TOTAIS E PERCENTUAIS. PERÍODO 2000 A 2004<br />
2000<br />
2001<br />
2002<br />
2003<br />
UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIO TOTAL<br />
TOTAL 20.351,5 6.313.4 7.392.5 34.057,4<br />
% TOTAL 59,8 18,5 21,7 100,0<br />
TOTAL 22.474,1 8.269,8 9.284,9 40.028,8<br />
% TOTAL 56,1 20,7 23,2 100,0<br />
TOTAL 24.736,8 10.078,5 12.005,0 46.820,3<br />
% TOTAL 52,8 21,5 25,6 100,0<br />
TOTAL 27.181,2 13.193,5 13.578,3 53.953,0<br />
% TOTAL 50,4 24,5 25,2 100,0<br />
2004(*)<br />
TOTAL<br />
% TOTAL<br />
32.703,5<br />
49,9<br />
16.797,1<br />
25,6<br />
16.055,0<br />
24,5<br />
65.555,6<br />
100,0<br />
VAR. % 60,7 166,1 117,2 92,5<br />
Fonte: <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong>: SCTIE/DES.<br />
*Dados preliminares sujeitos a alteração.<br />
Entretanto, tomando-se a evolução dos gastos do <strong>SUS</strong> por entes federados<br />
no período de 2000 a 2004, verifica-se que os gastos relativos<br />
<strong>da</strong> União tiveram uma tendência de diminuição de 59,8% para 49,9%;<br />
os gastos dos Estados aumentaram de 18,5% para 25,6%; e que os gastos<br />
municipais aumentaram de 21,7% para 24,5%. Isso evidencia que,<br />
para um crescimento do gasto nominal do <strong>SUS</strong> de 92,5%, o acréscimo<br />
dos valores <strong>da</strong> União foi de 60,7%, abaixo <strong>da</strong> média, de 166,1% para os<br />
Estados e de 117,2% para os municípios. Esses <strong>da</strong>dos “desconstroem”<br />
uma idéia de senso comum, presente nas discussões a respeito do financiamento<br />
público <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong>, de que os Estados gastam pouco, em<br />
termos absolutos e relativos, na <strong>Saúde</strong> Pública e, principalmente, de<br />
que não têm incrementado seus gastos nesse campo.<br />
Os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> Tabela 21 apontam para uma que<strong>da</strong> rápi<strong>da</strong> e forte <strong>da</strong><br />
participação relativa do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> <strong>Saúde</strong> no <strong>SUS</strong>, um crescimento<br />
rápido e forte <strong>da</strong> participação relativa <strong>da</strong>s Secretarias Estaduais<br />
de <strong>Saúde</strong> e um crescimento com estabili<strong>da</strong>de nos últimos anos <strong>da</strong><br />
participação relativa <strong>da</strong>s Secretarias Municipais de <strong>Saúde</strong>.<br />
Isso parece inconsistente, à exceção dos municípios, com o comportamento<br />
evolutivo <strong>da</strong>s receitas tributárias nacionais, defini<strong>da</strong>s na