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SUS: avanços e desafios, 2006. - BVS Ministério da Saúde

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CONASS<br />

A repartição dos recursos aos Estados e municípios faz-se com<br />

enormes dispari<strong>da</strong>des. Há variações muito fortes <strong>da</strong> receita tributária<br />

per capita entre Estados, conforme se observa na Tabela 19.<br />

TABELA 19: RECEITA TRIBUTÁRIA PER CAPITA EM ESTADOS<br />

SELECIONADOS, 2000<br />

ESTADO RECEITA TRIBUTÁRIA PER CAPITA R$<br />

RORAIMA 1.493,40<br />

DISTRITO FEDERAL 784,50<br />

PARANÁ 729,10<br />

BRASIL 603,80<br />

SERGIPE 556,70<br />

ESPÍRITO SANTO 556,70<br />

SANTA CATARINA 514,80<br />

GOIÁS 437,50<br />

PARÁ 339,40<br />

MARANHÃO 287,20<br />

SÃO PAULO 505,30<br />

Fonte: Prado (2003), In: IPEA (2006).<br />

No caso dos municípios, tal como se indica na Tabela 20, o perfil de<br />

receitas tributárias por habitante/ano segue o formato de um U, com a<br />

perna ascendente do U sendo mais curta, indicando que os valores se<br />

reduzem progressivamente com o aumento <strong>da</strong> população. No patamar<br />

inferior estão os municípios médios, de população entre 30 e 50 mil<br />

habitantes: os grandes municípios têm receitas inferiores às dos pequenos<br />

municípios; os municípios de menos de 5 mil habitantes apresentam<br />

receitas per capita superiores às dos municípios de capitais.<br />

Esse modelo de federalismo fiscal tem muitas implicações negativas<br />

no Brasil. Determinou uma crise nesse federalismo e criou um dilema no<br />

atendimento social: as deman<strong>da</strong>s sociais são leva<strong>da</strong>s, mais proximamente,<br />

pelos ci<strong>da</strong>dãos, aos Estados e aos municípios, que, contudo, têm menores<br />

capaci<strong>da</strong>des fiscais para atendê-las. De outro lado, esse processo<br />

fiscal perverso destruiu a idéia constitucional generosa do orçamento <strong>da</strong><br />

seguri<strong>da</strong>de social. Essa crise do federalismo fiscal acentua-se, prospectivamente,<br />

em função <strong>da</strong> crescente consciência de agentes econômicos e<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de de que não é mais possível continuar financiando os gastos<br />

públicos pelo incremento continuado <strong>da</strong> carga fiscal.<br />

A crise do federalismo fiscal colocou em risco o equilíbrio do federalismo<br />

brasileiro. No plano federativo, o aumento <strong>da</strong> carga tributária<br />

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