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Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

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66<br />

Metodologia<br />

3.6.1 Estado de alteração<br />

A alteração compreende processos de meteorização física e química, que conduzem<br />

à modificação dos materiais rochosos em função do tipo de rocha, clima e geomorfologia<br />

(Anon, 1995; <strong>Duarte</strong> et al. 2004).<br />

É muito comum o uso de classificações segundo o grau de rigidez ou de coerência<br />

das rochas. A avaliação do estado de alteração baseia-se nas classificações descritas para<br />

rochas e solos pela IAEG (1981b), ISRM (1978), descritos pelos autores Tavares (1999),<br />

Pinho (2003), Costa (2006) e Ferrer & Vallejo (2007), definido em cinco graus identificados<br />

conforme a tabela 3.8.<br />

Tabela 3.8 - Grau de alteração das rochas.<br />

Símbolos Designações Características<br />

W1 Fresco ou são A rocha não apresenta quaisquer sinais de alteração.<br />

W2 Pouco alterado<br />

W3 Moderadamente alterado<br />

W4 Muito alterado<br />

W5<br />

Completamente alterado ou solo<br />

residual<br />

Sinais de alteração apenas nos planos e nos bordos das<br />

descontinuidades.<br />

Alteração visível em todo o maciço rochoso (mudança de cor)<br />

mas a rocha não é friável (não se desagrega em contacto com<br />

a água).<br />

Alteração visível em todo o maciço e a rocha é parcialmente<br />

friável.<br />

O maciço apresenta-se totalmente friável.<br />

3.6.2 Estudo do maciço rochoso e das descontinuidades<br />

O estudo das rochas (realizado no âmbito da geologia), e estudo dos maciços<br />

rochosos tem como finalidade conhecer e prever o comportamento dos maciços rochosos<br />

face à actuação das solicitações (internas e externas) que sobre eles se exercem (Costa,<br />

2006). Um maciço rochoso pode ser concebido como uma entidade constituída por duas<br />

parcelas, a matriz rochosa e as descontinuidades que o compartimentam.<br />

As superfícies de descontinuidade existentes nas rochas e nos maciços rochosos<br />

são extremamente importantes, uma vez que, geralmente, dão lugar a variações bruscas de<br />

propriedades físicas (Bieniawski, 1974, 1979; Pinho, 2003) Estas descontinuidades podem<br />

ser micro-fissuras intra-granulares de cristais, contactos inter-granulares de cristais, fissuras<br />

na matriz rochosa, planos de xistosidade, descontinuidades, juntas de sedimentação, filões<br />

e falhas (Rocha, 1977).<br />

Os maciços rochosos podem ser considerados homogéneos quanto à<br />

compartimentação, quando as atitudes médias das suas famílias de fracturas e as<br />

correspondentes densidades máximas de compartimentação são aproximadamente<br />

constantes ao longo do mesmo. De acordo com vários autores, as descontinuidades que<br />

compartimentam o maciço rochoso devem ser estudadas utilizando os métodos sugeridos<br />

pela IAEG (1981b), ISRM (1981), Vallejo et al. (2002) e Ferrer & Vallejo (2007).

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