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Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

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38<br />

Caracterização da área de estudo<br />

2.3.5 Datação absoluta e indícios de levantamento/subsidência<br />

A ilha de Santiago é considerada um vulcão em escudo com uma forma alongada<br />

numa fase precose de pós-erosão (Miocénico? - Quaternário? Holm et al. 2008; in Ramalho,<br />

2009); a ilha, apesar de cortada por vales profundos, apresenta uma morfologia recente,<br />

onde a forma e as dimensões do edifício vulcânico ainda são perceptíveis.<br />

Vários autores, como Holm et al. (2008) e Barker et al. (2009a) entre outros, têm<br />

realizado vários trabalhos na ilha de Santiago, com a finalidade de datação das formações<br />

geológicas. Amostras de sequências lávicas de Santiago permitiram a datação 40 Ar/ 39 Ar em<br />

três grupos na ilha: (i) antigo (4,6 Ma), (ii) intermédio (3,2-2,2 Ma) e (iii) recente (1,1-0,7 Ma;<br />

Barker et al. 2009a).<br />

Fragmentos do fundo oceânico (basaltos do tipo MORB) parecem estar presentes<br />

nas sequências do Complexo eruptivo antigo (CA), como sugerido por Gerlach et al. (1988)<br />

e Davies et al. (1989), através de processos que ainda são pouco compreendidos. Assim, o<br />

Complexo Eruptivo Antigo (CA) pode representar um edifício submarino da fase inicial de<br />

construção da ilha (Serralheiro, 1976), possivelmente incluindo fragmentos do fundo<br />

oceânico (Holm et al. 2008).<br />

Algumas publicações sugerem idades para o CA (Sal, Maio e Santiago) entre<br />

21,1±6,3 Ma e 4,3±0,2 Ma (Torres et al. 2002b; Zazo et al. 2007). Análises de biotites de<br />

carbonatitos por K-Ar deram idades de 9,6±0,6 Ma e 8,5±1,4 Ma (Bernard-Griffiths et al.<br />

1975; <strong>Silva</strong>, 1981; Ramalho, 2009).<br />

A Formação dos Flamengos foi inicialmente datada por Holm et al. (2006) e Martins<br />

et al. (2008) através do método 40 Ar/ 39 Ar tendo sido atribuída a idade de 5,5 Ma. Estudos<br />

posteriores mais detalhados permitiram a obtenção de idades aproximadas entre 4,57 ± 0,31<br />

Ma e 4,59 ± 0,09 Ma (Holm et al. 2008; Barker et al. 2009b; Ramalho et al. 2009). Foram<br />

assim divididas as amostras das lavas do Vale de Flamengos em três grupos com base na<br />

petrografia, geoquímica e estratigrafia: (1) Formação dos Flamengos; (2) Grupo de Si baixo;<br />

(3) Grupo Litoral. Há um hiato significativo entre a erupção que originou o grupo do Si baixo<br />

e as amostras do grupo litoral em cerca de 2,8 Ma. O grupo de Si baixo é composto por<br />

cinco fluxos expostos em 14 km com idade de 2,87 ± 0,31 Ma. Estes são sobrepostos pelo<br />

grupo litoral ao longo do perfil estudado com uma idade de 2,83 ± 0,08 Ma (Holm et al.<br />

2008).<br />

As rochas vulcânicas de idade intermédia situam-se no intervalo de 3,3-2,2 Ma e<br />

representam a fase de construção do vulcanismo em escudo da ilha de Santiago; estas<br />

rochas pertencem ao Complexo Eruptivo Principal do Pico de Antónia (PA).<br />

A idade atribuída a esta formação por Serralheiro (1976) baseada em evidências<br />

estratigráficas e paleontológicas, foram reavaliadas por um estudo mais recente com base<br />

em datações 40A r/ 39 Ar realizado por Holm et al. (2008), que revelou idades mais recentes do<br />

que as sugeridas por Serralheiro (1976). Estes novos resultados indicam que os<br />

afloramentos nas partes Norte e Sul da ilha têm ambos idades em torno de 2-3 Ma (Holm et<br />

al. 2006, 2008; Knudsen et al. 2009).

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