01.08.2013 Views

Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

32<br />

Caracterização da área de estudo<br />

desta formação recobertas por escoadas das séries posteriores. Caracteriza-se<br />

fundamentalmente pela presença de calhaus bem rolados com superfícies polidas de matriz<br />

da mesma natureza dos elementos, de cor negra ou acinzentada (quando alterada), grande<br />

compacidade e consistência.<br />

Distinguem-se duas fácies (terrestre e marinha) com ampla e irregular distribuição<br />

pela ilha, sendo na zona dos Órgãos que apresenta maior extensão e espessura. A fácies<br />

estuarina e marinha localiza-se na orla marinha, ocupando posição periférica em relação à<br />

fácies terrestre. Os tipos petrográficos presentes são variados, desde basaltos a fonólitos e<br />

raramente gabros-feldspatoídicos.<br />

5 - Fase lávica pós CB e ante PA<br />

Ocorre no monte Branco, situado a menos de 1,5 km a Oeste de Belém (entre duas<br />

linhas de água da Ribeira de S. João), o qual é um domo endógeno de material traquítico,<br />

que se encontra bastante desmantelado (Serralheiro, 1976; Alves et al. 1979).<br />

6 - Sedimentos posteriores à Formação dos Órgãos (CB) e anteriores às lavas<br />

submarinas inferiores (LRi) do PA<br />

São pequenos afloramentos de rochas sedimentares (conglomerados e calcarenitos<br />

fossilíferos) que não têm representação na carta à escala 1:100.000 da ilha de Santiago.<br />

Situam-se por exemplo na linha de água que se origina do monte Vermelho, achada de<br />

Baixo, na costa Sul. Destacam-se conglomerados antigos, cuja posição estratigráfica é<br />

imprecisa (Serralheiro, 1976; Alves et al. 1979).<br />

7– Complexo Eruptivo do Pico da Antónia (PA)<br />

As rochas do PA são responsáveis pelas maiores elevações e plataformas<br />

estruturais da ilha de Santaigo. Incluem-se neste Complexo produtos piroclásticos de<br />

actividades explosiva e efusiva, lavas subaéreas e submarinas. As rochas máficas lávicas<br />

do Complexo Eruptivo do Pico de Antónia (PA) são ultrabásicas alcalinas compreendendo<br />

basanitos, melanefelinitos e nefelinitos (Martins et al. 2008, 2010).<br />

Para Serralheiro (1976), as lavas submarinas e subaéreas são equivalentes laterais,<br />

embora as últimas mais expressivas em termos de área/volume aflorante.<br />

Recentes estudos de geoquímica efectuados por Martins et al. (2003, 2008),<br />

revelaram que as lavas subaéreas e submarinas apresentam assinaturas geoquímicas<br />

distintas com significativas anomalias negativas de K por parte das subaéreas o que estará<br />

relacionado com origem a partir de diferentes fontes mantélicas (op. cit.).<br />

Os resultados geoquímicos desta investigação, coadjuvados por trabalho de campo,<br />

realizados em vários pontos da ilha, comprovaram a não contemporaneidade dos dois tipos<br />

de lavas e a determinação da sua posição estratigráfica relativa (as lavas subaéreas sobre<br />

as submarinas). Exemplos de relações geométricas (reveladas por zonas de alteração -<br />

paleosolos, conglomerados, superfícies erosivas) que suportam a hipótese são claramente<br />

evidenciados em afloramentos na zona de São Martinho Pequeno, Ponta Pinha, Baía de<br />

São Francisco, S. João Baptista e Porto Mosquito (Martins et al. 2003, 2008).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!