01.08.2013 Views

Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 2<br />

Distinguem-se dentro do CA as seguintes sub-unidades, da mais antiga (A) para a<br />

mais recente (E):<br />

A – Complexo filoniano de base (CA)<br />

Caracteriza pela existência de uma densa rede de filões bastante alterados, sendo<br />

em muitas das manchas, quase impossível de individualizá-los; apresentam cores claras<br />

(castanho claro, branco, amarelo), que por vezes chegam a atingir o estado de massas<br />

argilosas, de origem basáltica. As rochas geralmente têm uma textura porfírica de matriz<br />

fina, criptocristalina, encontrando-se profundamente fracturadas, com as fissuras<br />

preenchidas por material zeolítico e/ou carbonatado. Esta subunidade aflora em duas<br />

grandes manchas nas zonas Sul e Central e em afloramentos isolados nas partes Norte e<br />

Leste da ilha. Estes materiais parecem fazer parte de uma série petrográfica dos<br />

ankaratritos aos basanitos (Serralheiro, 1976; Alves et al. 1979).<br />

B – Intrusões de rochas granulares silicatadas (Sienitos, Gabros, Piroxenitos) (γ)<br />

São pequenas massas de contactos difusos, no que concerne às rochas gabróicas, e<br />

de filões ou filonetes referentes às sienitóides e carbonatíticas, podendo apresentar-se em<br />

pitões. Ocupam pequenas áreas, bastante alteradas, e ocorrem como encraves em outras<br />

formações mais modernas. Destacam-se os Montes Gonçalo e Pensamento, as Ribeiras de<br />

S. Filipe, do Forno, Santa Ana e Engenhos, onde afloram rochas silicatadas alcalinas<br />

(Serralheiro, 1976; Alves et al. 1979).<br />

C – Brechas profundas de explosão interna, de cimento lávico e filões brechóides (B)<br />

São formações intrusivas que se caracterizam principalmente por possuírem uma<br />

grande compacidade, sem espaço entre os clastos de dimensões variadas e angulosas,<br />

bem separados por matriz de igual composição. Estas brechas constituem intrusões bem<br />

definidas, mas de contactos pouco nítidos. A natureza das brechas depende dos elementos,<br />

que nalguns casos são fonolíticos e noutros basálticos, ou ainda granulares (melteijitos,<br />

essexitos, carbonatitos, e do cimento, que também é variável, sendo na maioria das vezes<br />

basáltico ou mesmo carbonatítico. Por vezes apresentam a particularidade de conter muitos<br />

cristais de biotite. Nalguns locais há filões de rochas basálticas e de rochas carbonatadas<br />

que cortam e acompanham estas brechas. Os filões brechóides podem atingir os 2 m de<br />

espessura e encontrarem-se geralmente orientados (na zona Sul da ilha), no quadrante W e<br />

com pendor para W-SW. Estes materiais quando alterados originam materiais de cores<br />

claras (Serralheiro, 1976; Alves et al. 1979).<br />

D – Intrusões e extrusões de rochas fonolíticas e traquitícas (φ)<br />

Estas formações de cor clara, esverdeada a cinzenta-esverdeada, compactas ou<br />

não, com ou sem fenocristais, correspondem na generalidade a antigos filões, filõeschaminé<br />

e chaminés e brechas. As chaminés e filões-chaminés constituem pequenas<br />

elevações de configuração erosiva cónica e aguçada, ou relevos bem definidos e<br />

diferenciados. Os filões, em geral, têm pequena espessura, não atingindo 2 m de possança,<br />

com direcções variadas de orientação e sub-verticais havendo no entanto, alguns, poucos,<br />

sub-horizontais.<br />

Os piroclastos e brechas são constituídos por elementos de dimensões variadas.<br />

Ocorrem materiais piroclásticos apenas na ribeira de Charco e na baía de Angra, enquanto<br />

29

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!