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Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

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Capítulo 2<br />

rochas vulcânicas antigas e recentes são composicionalmente distintas umas das outras e<br />

que as rochas vulcânicas intermediárias apresentam um vasto leque de composições.<br />

É ainda de referir que alguns estudos isotópicos e geoquímicos recentes têm<br />

permitido distinguir subunidades em alguma das Formações definidas por Serralheiro<br />

(1976). É este o caso dos estudos de Martins et al. (2008, 2010), os quais sugerem que as<br />

lavas submarinas precedem as lavas subaéreas da Formação do Pico da Antónia; estas<br />

evidências foram posteriormente corroboradas por observações geológicas em locais<br />

específicos e por datações realizadas por Holm et al. (2008). Nas lavas subaéreas, em<br />

oposição às submarinas, ocorrem anomalias negativas de K (Martins et al. 2003, 2008).<br />

Observam-se evidências bem marcadas de um agente metassomático carbonatíticas<br />

(baixas razões de Ti/Eu, Sc/Ca, Sm/Sr e Pb/Ce), que estão praticamente ausentes das lavas<br />

submarinas do PA (Martins et al. 2007, 2008).<br />

2.3.3 Tectónica<br />

Dados geográficos, geológicos, geomorfológicos e tectónicos a nível regional<br />

apontam para evidências de acções tectónicas de que há interferência de: (1) falhas<br />

transformantes do Rift inter-atlântico; (2) importantes processos de elevação e (3)<br />

lineamento principal regional com direcção NW-SE e estruturas tectónicas NNE-SSW<br />

(Pereira et al. 2007).<br />

Com o objectivo de reconhecer os lineamentos estruturais e contribuir para uma<br />

melhor compreensão da génese e evolução da ilha, bem como identificar os lineamentos<br />

que cortam as formações geológicas que constituem a base da ilha de Santiago (Cabo<br />

Verde), foram efectuados estudos por Pereira et al. (2007, 2008); Vicente et al. (2008) e<br />

<strong>Victória</strong> et al. (2010), com suporte na aplicação de técnicas de detecção remota a imagens<br />

de satélite, a partir de sensores que operam no espectro óptico, permitindo obter de forma<br />

expedita os principais lineamentos estruturais.<br />

Para a ilha de Santiago foi utilizada uma imagem do sensor Aster, a bordo do satélite<br />

Terra, do espectro óptico, banda visível do nível 1B, obtida durante a estação seca (02-04-<br />

03), a qual foi corrigida geometricamente, com base nos dados topográficos disponíveis e<br />

georreferenciadas para o sistema de projecção UTM com datum WGS-84.<br />

Foi possível reconhecer uma densa rede de lineamentos dominada pelas direcções<br />

N10º-30ºE, N45º-65ºE, E-W, N50º-70ºW e N15º-35ºW. Os sistemas de falhas N10º-30ºE e<br />

N45º-55ºE definem as principais características morfo-estruturais, e parecem controlar os<br />

principais focos das erupções vulcânicas. No primeiro caso, foram identificadas cinco<br />

unidades diferentes (figura 2.2).<br />

Combinando os lineamentos, o DEM (modelo digital de terreno) e a geologia pode-se<br />

concluir que as estruturas principais se comportam como falhas de desligamento (direitas e<br />

esquerdas) ou como falhas normais e inversas indicando uma evolução tectónica complexa.<br />

Em alguns casos, especialmente para as falhas normais, o deslocamento vertical pode<br />

chegar a algumas dezenas de metros.<br />

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