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Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

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menos adequados os solos classificados como MH, CH, CL, OL, ML (solos finos com siltes<br />

e argilas de baixa e elevada compressibilidade) referentes aos grupos A7-5, A7-6 e A-4 com<br />

peso específico baixo (< 1,8 g/cm 2 ) e com ≥ 20% de expansibilidade e > 1,25 de actividade<br />

coloidal; foram considerados como materiais razoáveis os solos dos tipos SM, SC, SP e GC<br />

e do tipo A-4, com peso específico a variar entre 1,8-2,2 g/cm 2 , expansibilidade entre 10-<br />

20% e com actividade coloidal 1,25.<br />

Os materiais bons a excelentes são materiais granulares do tipo GW, GP, GM, GC,<br />

SW, SP, SM, SC e ML e do grupo A-4, com peso específico elevado a muito elevado (> 2,2<br />

g/cm 2 ), < 20% de expansibilidade e < 1,25 de actividade argilosa.<br />

As unidades litológicas também foram classificadas tendo em conta o seu potencial<br />

hidrogeológico. Para o efeito consideraram-se dois parâmetros importantes, a recarga<br />

aquífera e o potencial aquífero. A recarga aquífera das unidades granulares é definida tendo<br />

por base a classificação unificada (granulometria dos materiais) e a superfície específica;<br />

para a caracterização deste parâmetro hidrogeológico nas unidades rochosas do substrato<br />

utilizaram-se o espaçamento das descontinuidades (fracturação) e o estado de alteração<br />

(<strong>Duarte</strong>, 1998), dado que o potencial aquífero para os materiais granulares e rochosos é<br />

estimado a partir dos valores de transmissividade, caudal de produtividade, porosidade e<br />

permeabilidade (Azevedo; 1999; Prada, 2000; Pina, 2009).<br />

Assim, a classe de recarga aquífera baixa foi considerada para os materiais com<br />

porosidade e permeabilidade baixa, com tipos definidos por MH, CH, OH, ML, CL, com baixa<br />

a elevada superfície específica (variável de 2,9 a 149,1 g/cm 3 ), ou para os materiais<br />

rochosos que exibem espaçamento das descontinuidades no intervalo entre E1,2,, e grau de<br />

alteração entre as classes W4,5. Para o potencial aquífero baixo foram considerados os<br />

valores médios de transmissividade entre 0,2 a 5,10 -5 m 2 /s e caudais médios de exploração<br />

também reduzidos, sendo os caudais máximos esperados para estas características da<br />

ordem de 5 a 7 m 3 /h, tendo por base os dados de Pina (2009).<br />

A recarga aquífera moderada relaciona-se com materiais granulares dos tipos<br />

definidos SM, SC, GP, GC com baixa a moderada superfície específica (2,3 a 50,0 g/cm 3 ),<br />

ou materiais rochosos com espaçamento das descontinuidades a variar entre E2,3 e/ou grau<br />

de alteração nas classes W2,3. O potencial aquífero moderado é dado por valores médios de<br />

transmissividade de 10 -4 a 2,10 -2 m 2 /s, caudais médios de exploração de 8 a 30 m 3 /h e<br />

porosidade e permeabilidade superior à classe anterior (areias finas), definida por materiais<br />

com grosseiros que contêm finos (siltes e argilas).<br />

A recarga aquífera elevada está relacionada com granulometrias definidas por SW,<br />

SP, GW, GM, com baixa superfície específica (1,0 a 7,8 g/cm 3 ), ou materiais do substrato<br />

com espaçamento das descontinuidades a variar entre E3,4,5; o grau de alteração situa-se<br />

entre as classes W1,2 O potencial aquífero elevado apresenta valores médios de<br />

transmissividade de 2,10 -2 a 10 -1 m 2 /s) e caudais médios de exploração de 30 ou mais m 3 /h,<br />

testemunhada por materiais com uma determinada porosidade e permeabilidade (areias<br />

grossas e cascalhos).<br />

A tabela 6.1 sintetiza a utilização dos solos, tendo em conta os seus valores<br />

indicativos de aptidão para fundações de edifícios, materiais de construção, aterros e<br />

potencial hidrogeológico, bem como os intervalos acima referidos<br />

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