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Sónia Maria Duarte Melo Silva Victória CARACTERIZAÇÃO ...

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INTRODUÇÃO<br />

Cada vez mais existe uma procura de novos espaços para edificação, assim como<br />

espaços em que é alterado o uso e ocupação do solo, tendo estes processos especial<br />

incidência na expansão, transformação e infra-estruturação das cidades. No entanto, o<br />

êxodo rural e a concentração urbana, frequentemente associado à litoralização, com maior<br />

incidência no séc. XX, colocam a necessidade de novas formas de gestão territorial, que<br />

tem de ser estudada e direccionada de modo a realizar-se a mitigação dos problemas que<br />

advêm da ocupação associada a algumas zonas urbanas (Tavares, 1999; Almeida, 2008),<br />

com consequente desequilíbrio da distribuição da densidade populacional, condicionada por<br />

múltiplos factores, incluindo condicionantes geológicas e geotécnicas.<br />

A obtenção e organização de dados em laboratório e no campo, criando e<br />

comunicando informação a outros utilizadores, é um dos objectivos dos geocientistas, e em<br />

que a cartografia é muito importante (Culshaw, 2003). Ainda segundo este autor, a<br />

sociedade deve assegurar que as águas subterrâneas que bebe são boas, que as<br />

fundações dos edíficios e infra-estruturas são seguras, que áreas para a agricultura e de<br />

lazer não estão contaminadas, ou que não está exposta a perigos de natureza geológica.<br />

A origem e desenvolvimento das áreas urbanas estão relacionados com condições<br />

específicas do ponto de vista geológico e geográfico, sendo que as actividades de<br />

caracterização e avaliação do comportamento dos materiais e a sua cartografia apresentam<br />

especificidade na obtenção e representação (Mulder, 1992).<br />

O estudo da interacção dos processos naturais e humanos com o ambiente<br />

geológico em áreas urbanizadas, os impactos resultantes, assim como a construção da geoinformação,<br />

são determinante para acções de regeneração e conservação urbana, assim<br />

como para o desenvolvimento sustentado (Culshaw & Price, 2011). De igual forma Elmay et<br />

al. (2010) referem que a aquisição de dados geológicos e a expressão cartográfica<br />

constituem actividades fundamentais da geologia das áreas urbanas, a par da<br />

disponibilização desta informação aos responsáveis pelo ordenamento e aos políticos, para<br />

que se obtenham um planeamento racional do uso e ocupação do território.<br />

Do ponto de vista geológico e geotécnico o futuro das áreas urbanas, e em particular<br />

das cidades, depende da integração de todas as respectivas condicionantes no<br />

planeamento (Almeida, 2008). Esta necessidade, sentida desde muito cedo devido às<br />

restrições espaciais e à valorização de algumas áreas urbanas, com evolução da ocupação<br />

em profundidade e em altura, exige a realização de estudos geotécnicos.<br />

O volume de informação existente na maioria das áreas urbanas, apesar de disperso<br />

por numerosas instituições e em diversos formatos, pode, devidamente organizado,<br />

constituir um valioso contributo para o planeamento e gestão do espaço urbano.<br />

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