DISSERTACAO ABANDONO ESCOLAR MARIA - 2 (1).pdf
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<strong>ABANDONO</strong> E ABSENTISMO <strong>ESCOLAR</strong> NO CONCELHO DE PONTA DELGADA<br />
serviços locais de educação e as comissões de proteção de crianças e jovens. A escola,<br />
por sua vez, procura respostas educativas alternativas para o aluno nestas situações,<br />
tais como frequência do Programa Oportunidade - Programa Especifico de<br />
Recuperação da Escolaridade ou PROFIJ - Programa Formativo de Inserção de<br />
Jovens, ao mesmo tempo que tenta envolver e responsabilizar mais os pais no processo<br />
educativo do seu educando e providencia, quando necessário, apoio educativo e<br />
psicológico para o aluno. Estas medidas de intervenção visam assegurar uma resposta<br />
rápida e eficaz assim que surgem as primeiras dificuldades como o absentismo e os<br />
baixos níveis de desempenho escolares.<br />
Para além disso, os pais, da maioria dos alunos em situação de insucesso, absentismo e<br />
abandono escolar, são beneficiários de Abono de Família e de Rendimento Social de<br />
Inserção e uma das condições para que continuem a usufruir destes apoios sociais é<br />
que os seus filhos frequentem a escola. Se a frequência escolar for vista como uma<br />
obrigação pela família, como é o caso dos beneficiários de RSI, e o cumprimento de<br />
níveis de escolaridade mais elevados for percecionado como um investimento sem<br />
retorno, o aluno terá à partida, uma menor motivação intrínseca perante a escola,<br />
influenciando o seu desempenho, conforme nos confirma também (Jorge 2007).<br />
Quanto mais tempo de pobreza, maior deterioração da rede social, refere Balancho<br />
(2010), no seu estudo, situação também verificada no nosso estudo.<br />
O que se constata, muitas vezes, é que os alunos absentistas vão às aulas no início do<br />
ano, começam a dar faltas interpoladas, até que começam a passar longos períodos<br />
sem comparecer na escola. Informada a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de<br />
Ponta Delgada, principalmente, nos casos em que os processos dos alunos estão em<br />
Tribunal, porque são considerados crianças e adolescentes em risco, são acionados os<br />
meios e os alunos voltam a frequentar a escola através do trabalho desenvolvido no<br />
terreno por várias Instituições parceiras da escola, como é o caso da já referida<br />
Comissão, a Segurança Social, e as EMAT equipas que fazem a ponte entre o tribunal,<br />
a família, a escola, a saúde, a polícia e outras entidades que possam estar direta ou<br />
indiretamente ligadas à problemática central da criança/família que está em situação<br />
de risco.<br />
A escola é a primeira entidade a aperceber-se das situações de alunos em risco de<br />
absentismo e abandono escolar. No Projeto Educativo da Escola Secundária Domingos<br />
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