DISSERTACAO ABANDONO ESCOLAR MARIA - 2 (1).pdf
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<strong>ABANDONO</strong> E ABSENTISMO <strong>ESCOLAR</strong> NO CONCELHO DE PONTA DELGADA<br />
diferenças assinaláveis entre os diferentes ciclos de escolaridade, no que respeita à<br />
forma de intervenção em rede perante situações de absentismo.<br />
Neste contexto, destacamos a criação das Equipas Multidisciplinares de Apoio aos<br />
Tribunais – EMAT. São equipas que fazem a ponte entre o tribunal, a família, a escola,<br />
a saúde, a polícia e outras entidades que possam estar direta ou indiretamente ligadas à<br />
problemática central da criança/família que está em situação de risco. Pensamos ser<br />
oportuno, percebemos como funcionam as equipas EMAT. As famílias sinalizadas na<br />
CPCJ e que aceitam, voluntariamente, ser acompanhadas, recebem apoio e orientação<br />
da equipa EMAT para alterar o comportamento que originou a situação de risco, que<br />
poderá ser da mais variada ordem. Negligência, maus tratos, abuso, agressão familiar<br />
reiterada, alcoolismo grave que coloque a criança/ adolescente em risco, falta de<br />
condições de habitabilidade, absentismo escolar, incompetência parental, etc. Quando as<br />
famílias não autorizam este acompanhamento, o processo da criança/adolescente é<br />
denunciado ao Tribunal Judicial, e no caso de Ponta Delgada, ao Tribunal de Família e<br />
Menores. A partir daqui o processo passa a ser monitorizado pelo Tribunal e pela equipa<br />
da EMAT. Estas equipas são sempre multidisciplinares e funcionam 24 horas por dia,<br />
365 dias por ano.<br />
Por tudo o que acabamos de expor, percebe-se que a malha está cada vez mais<br />
apertada, e que a pressão sobre os pais é cada vez maior no sentido de os<br />
responsabilizar pela frequência escolar dos seus filhos, não só por ser ilegal mas<br />
principalmente por ser um direito.<br />
Ao longo da nossa investigação, constatamos que as escolas estão, cada vez mais,<br />
atentas às questões do absentismo e insucesso, que em última instância, poderão levar<br />
ao abandono e que contam com o trabalho em rede desenvolvido por diversas<br />
entidades.<br />
Sales (2005) refere que no 2º ciclo, o que se tem mostrado mais eficaz é o trabalho<br />
institucional em rede. E o que menos ajuda neste nível de ensino é o contato com o<br />
aluno, família ou encarregado de educação.<br />
No 3º ciclo e no secundário, pelo contrário, é o contato entre o professor, o aluno e a<br />
família que é reconhecido como mais eficaz para resolver o absentismo. Apesar de<br />
existirem intervenções mais eficazes do que outras, nem sempre os resultados são<br />
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