DISSERTACAO ABANDONO ESCOLAR MARIA - 2 (1).pdf
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<strong>ABANDONO</strong> E ABSENTISMO <strong>ESCOLAR</strong> NO CONCELHO DE PONTA DELGADA<br />
No decurso da recolha de informação junto das escolas, constatámos que não existe<br />
abandono escolar, entendido como a ausência física dos alunos na escola, uma vez que<br />
nos Açores, à semelhança do que acontece no restante país, foram implementadas<br />
medidas educativas que permitem ultrapassar esse problema, nomeadamente:<br />
- a renovação automática de matrículas;<br />
- respostas educativas diferenciadas como os programas OPORTUNIDADE e PROFIJ;<br />
- a obrigatoriedade dos beneficiários de RSI e Abono de Família manterem os filhos na<br />
escola;<br />
- a sinalização e acompanhamento dos alunos em risco de absentismo e abandono<br />
escolares pelas Comissões de Proteção de Jovens e Crianças em Risco;<br />
- e o acompanhamento pelas Equipas Multidisciplinares de Apoio aos Tribunais.<br />
Neste contexto, assume particular relevância o estudo do absentismo, uma vez que não<br />
se regista abandono escolar nas três Escolas Secundárias de Ponta Delgada.<br />
1.5 Absentismo<br />
As causas que levam ao absentismo e insucesso escolar são as dificuldades escolares e a<br />
desmotivação dos alunos pela escola, a falta de apoio familiar e dos professores, os<br />
escassos recursos económicos, a agressividade e os problemas avolumados de<br />
comportamento, a identidade antissocial de alguns grupos de pares, os problemas<br />
emocionais e de personalidade dos adolescentes (Aloise-Young & Chaves, 2002;<br />
Benavente et al., 1994).<br />
Um Estudo sobre Absentismo Escolar em Portugal realizado pela Universidade<br />
Autónoma de Lisboa, coordenado por Sales, cit in Ribeiro (2011), conclui que os alunos<br />
absentistas portugueses são na sua maioria, rapazes e adolescentes. O momento em que<br />
o absentismo é mais acentuado regista-se no 3º ciclo de escolaridade, com 42,3%<br />
seguindo-se o 2º ciclo, com 33,5% de casos, e, por último, o 1º ciclo, com 19,2%.<br />
Em casos de absentismo e abandono, a solução mais frequentemente escolhida pelos<br />
professores é a articulação com as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, com<br />
múltiplos serviços de apoio e com a polícia (Sales, 2005). No entanto, existem<br />
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