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DISSERTACAO ABANDONO ESCOLAR MARIA - 2 (1).pdf

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<strong>ABANDONO</strong> E ABSENTISMO <strong>ESCOLAR</strong> NO CONCELHO DE PONTA DELGADA<br />

um nível de inadaptação escolar médio e um rendimento também médio. Por sua vez, os<br />

alunos com “baixo desempenho” são indivíduos cujo grau de empenhamento é baixo,<br />

cujo nível de inadaptação escolar é médio e que, ao contrário dos não empenhados,<br />

evidenciam um rendimento médio muito fraco. Distinguem-se dos outros desistentes<br />

devido às suas dificuldades em corresponder às exigências escolares no plano das<br />

aprendizagens.<br />

Os “alunos inadaptados” são adolescentes que evidenciam um rendimento escolar muito<br />

baixo, um fraco empenhamento e um elevado nível de inadaptação escolar - em suma,<br />

são indivíduos cuja experiência escolar se revela problemática a todos os níveis, ou seja,<br />

tanto no plano das aprendizagens, como no dos comportamentos.<br />

Jorge (2007) estudou as caraterísticas pessoais e o abandono escolar, reforçando a ideia<br />

de que são as características cognitivas, emocionais e comportamentais que constituem<br />

o maior peso nas taxas de abandono escolar e refere que:<br />

“No âmbito cognitivo, as dificuldades de aprendizagem são a variável mais importante, seguida<br />

da retenção e do baixo rendimento escolar. No âmbito emocional, os estudantes de risco têm<br />

falta de interesse pela escola, não valorizam o sucesso académico, nem os valores da Escola e<br />

manifestam ainda outras características, tais como: isolamento social, ansiedade e problemas<br />

depressivos.” (Jorge, 2007, pp.2).<br />

No respeitante às caraterísticas familiares e a sua relação com o abandono escolar,<br />

coloca a tónica nos estilos de vida não convencionais, nas estruturas familiares<br />

monoparentais, nas más práticas parentais, incluindo falta de apoio emocional, de<br />

envolvimento com a escolaridade do educando e supervisão inadequada.<br />

De um modo geral, as baixas expetativas parentais estão associadas ao abandono escolar<br />

e verifica-se uma forte associação entre o nível de participação parental e as realizações<br />

académicas dos filhos. Como constatamos, são inúmeros os estudos que relacionam o<br />

fenómeno de abandono escolar a famílias dependentes de subsídios sociais, onde o<br />

emprego é precário, o que não acontece com os jovens provenientes de famílias<br />

profissionalmente estáveis. Em suma, as baixas expetativas parentais e a supervisão<br />

insuficiente ou inadequada são variáveis fortemente associadas ao abandono escolar,<br />

enquanto que o ambiente e a qualidade do apoio familiar ao estudante condicionam,<br />

quer pela positiva, quer pela negativa, o seu sucesso académico, conclui Jorge (2007).<br />

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