DISSERTACAO ABANDONO ESCOLAR MARIA - 2 (1).pdf
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<strong>ABANDONO</strong> E ABSENTISMO <strong>ESCOLAR</strong> NO CONCELHO DE PONTA DELGADA<br />
2009, a média desceu ligeiramente para os 47,6%. Estes dados confirmam que os<br />
Açores apresentam a maior taxa de abandono escolar precoce da Europa e do País, onde<br />
quase metade dos açorianos entre os 18 e os 24 anos não possuem mais do que o nono<br />
ano de escolaridade (Eurostat, 2009).<br />
Um outro estudo sobre o abandono escolar na região centro do nosso país, refere que os<br />
indicadores das últimas décadas posicionam Portugal na cauda da Europa: apenas<br />
27,1% dos jovens portugueses, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos<br />
concluíram o Ensino Secundário ou um curso Profissional e 3% não chegaram sequer a<br />
concluir o Ensino Básico. Enquanto na restante Europa os dados apontam para um<br />
número bem mais elevado e confortante: 61,8% dos jovens conseguiram concluir com<br />
sucesso os seus estudos (Caetano, 2005).<br />
Jorge (2007) no seu estudo faz o diagnóstico das causas deste abandono. Refere como<br />
motivos mais apontados pelos alunos para não continuarem a estudar: a vontade<br />
própria; estar cansado de estudar; querer ser independente; a dificuldade de ingressar no<br />
ensino superior e dificuldades financeiras, o que leva a concluir que o abandono escolar<br />
se deve a pouco interesse pelos estudos e a causas de natureza económica e de acesso ao<br />
próprio ensino.<br />
Dos alunos do 9º ano, 50% considera que a escola não é um lugar agradável, 15% do<br />
8ºano sente o mesmo, percentagem que desce a partir do 10º ano e volta a subir no 12º<br />
ano (Caetano, 2005). Destaca outra evidência, o abandono escolar precoce é<br />
preponderantemente masculino, o que condiz com os dados referenciados em diversos<br />
estudos, em que se verifica uma feminização do ensino a partir do 9º ano de<br />
escolaridade.<br />
1.2 Abandono escolar em Portugal<br />
Todos os anos em Portugal, cerca de 15 a 17 mil estudantes abandonam os estudos sem<br />
completarem o ensino básico. Assim, existem 200 mil jovens com menos de 24 anos<br />
sem escolaridade obrigatória (Ministério da Educação, 2008). Portugal regista níveis<br />
muito acima dos valores dos restantes países da União Europeia. Esta tendência<br />
continua a ser maior junto da população masculina e nas regiões autónomas dos Açores<br />
e Madeira (Açoriano Oriental, 2010).<br />
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