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DISSERTACAO ABANDONO ESCOLAR MARIA - 2 (1).pdf

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<strong>ABANDONO</strong> E ABSENTISMO <strong>ESCOLAR</strong> NO CONCELHO DE PONTA DELGADA<br />

dado observar, ao longo do seu estudo, que os alunos abandonam a escola na procura de<br />

ocupações precárias, necessidade urgente de sair da rotina imposta pela escola, de regras<br />

e exigências intelectuais e procura de liberdade e satisfação de ter um trabalho<br />

remunerado, seguindo pela primeira vez as suas próprias regras de assiduidade e<br />

produção. A lavoura, a construção civil e a pesca surgem como eleitos para a<br />

manutenção de tarefas remuneradas.<br />

O estudo incidiu sobre o 2º ciclo do ano letivo de 2007/2008, ano em que ocorreram<br />

nove casos de abandono escolar masculino em S. Miguel. Destes nove casos de<br />

abandono escolar masculino, sete são de Vila Franca do Campo. No que diz respeito ao<br />

sexo feminino, foram oito as raparigas que abandonaram a escola no referido ano letivo<br />

em S. Miguel, sendo cinco as alunas de Vila Franca. É por isso que Gaspar (2009)<br />

afirma que enquanto os casos de abandono escolar nos outros concelhos da ilha parecem<br />

estar a diminuir, em Vila Franca os números são persistentes. Estes alunos são<br />

provenientes de famílias economicamente desfavorecidas e as suas expectativas<br />

escolares são de curto prazo. Ou seja, desejam completar a escolaridade obrigatória para<br />

poder ir trabalhar, ou pelo menos completar o ano que estão a frequentar, uma vez que<br />

consideram já estar com a idade mínima obrigatória para abandonarem a escola, o que<br />

vem ao encontro das suas expectativas de vida, pois demonstram toda uma necessidade<br />

premente de trabalhar (Gaspar, 2009).<br />

Há já alguns anos que vários investigadores se têm dedicado ao estudo do abandono<br />

escolar, procurando perceber quem são estas crianças, adolescentes e jovens que<br />

abandonam precocemente a escola, que razões as levam a tomar essa decisão e que<br />

consequências têm, a nível individual, social e económico (Monteiro, 2009).<br />

Estima-se, com base no relatório da UNESCO (2009), que cerca de 99 milhões de<br />

crianças em todo o mundo estejam em situação de abandono escolar, apesar de todos os<br />

esforços globais para tornarem a educação universal.<br />

De acordo com o estudo publicado pelo Eurostat (Organismo de Estatística da União<br />

Europeia, 2009) sobre o Abandono Escolar Precoce, Portugal regista níveis muito acima<br />

dos valores dos restantes países da União Europeia. Esta tendência é maior junto da<br />

população masculina e nas regiões autónomas dos Açores e Madeira.<br />

No que concerne aos Açores, e seguindo a mesma tendência que em Portugal<br />

Continental, em 2008 registava-se uma percentagem de 53,9% de abandono escolar. Em<br />

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