DISSERTACAO ABANDONO ESCOLAR MARIA - 2 (1).pdf
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<strong>ABANDONO</strong> E ABSENTISMO <strong>ESCOLAR</strong> NO CONCELHO DE PONTA DELGADA<br />
INTRODUÇÃO<br />
Mais de seis milhões de adolescentes e jovens na União Europeia abandonam a escola<br />
tendo concluído apenas o ensino básico. Estes adolescentes e jovens têm mais<br />
dificuldade em encontrar emprego e tendem a depender mais frequentemente de apoios<br />
sociais. O abandono escolar precoce prejudica o desenvolvimento económico e social e<br />
constitui um sério obstáculo à realização do objetivo da União Europeia de garantir um<br />
crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. A Comissão Europeia aprovou um<br />
plano de ação que ajudará os Estados-Membros a cumprir a meta fixada no âmbito da<br />
estratégia “Europa 2020” de reduzir a atual média de abandono escolar precoce da UE<br />
de 14,4% para 10% até ao final da década.<br />
Iniciamos o presente estudo com uma recomendação da União Europeia (2011) por nos<br />
parecer pertinente, uma vez que carateriza, de uma forma genérica, o trabalho que<br />
pretendemos desenvolver. O nosso objetivo é realizar um ensaio de tipificação de<br />
contextos sociais associados com o abandono e absentismo escolares no sistema de<br />
ensino. Partindo de formulações teóricas que tendem a associar o fenómeno do<br />
abandono e absentismo escolar com fatores de ordem social, pretende-se, com base na<br />
informação disponível, identificar as relações significativas dessa associação e os<br />
padrões de comportamento que tendem a assumir para contextos sociais diferenciados.<br />
Verificamos com facilidade que, atualmente, embora as taxas de escolarização tenham<br />
já atingido valores bastante elevados para a população em idade escolar, é ainda<br />
acentuado o insucesso e o absentismo, traduzidos por elevadas taxas de retenção e de<br />
abandono do ensino básico.<br />
Desde que foi implementada a escolaridade obrigatória, o insucesso, o abandono e o<br />
absentismo têm atingido proporções preocupantes, quer pela repercussão que têm na<br />
vida dos jovens, quer pela extensão que adquiriu. A massificação do ensino não se tem<br />
vindo a traduzir, na prática, a um direito que assiste a todos os alunos. Constatamos que<br />
a escolaridade básica não tem conseguido efetivar o sucesso de todos os alunos, nem tão<br />
pouco manter as crianças, os adolescentes e os jovens no sistema de ensino, uma vez<br />
que, ao longo ensino obrigatório, se verificam casos de abandono e absentismo.<br />
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