Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ...
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Muitas vezes os pais veem os filhos como seres únicos, estando permanentemente atentos às suas particularidades e às suas necessidades afetivas, contudo, os professores, pelo contrário, enquanto profissionais, “olham” para cada aluno e veem um membro de um grupo, no seio do qual é necessário instaurar uma dinâmica coletiva que passa por uma certa uniformização nas formas de tratamento (Piva, 2010). No entanto, sendo a afetividade um fator primordial, sobretudo aos olhos dos progenitores a um nível do desenvolvimento do sujeito, há aspectos que devem ser tomados de igual modo em conta. É importante que os pais dos alunos percebam o trabalho dos professores e as estratégias adotadas pelos mesmos, em que abracem uma postura de empatia e sejam prestáveis e cooperativos sobretudo para comunicar, o que não se verifica muitas das vezes e de tal forma contribuem para o aparecimento de determinados conflitos e limitações em relação ao contexto escolar (Piva, 2010; Dessen & Polonia, 2007), estando por vezes, estes conflitos, associados à imagem negativa que os pais têm de si próprios e da sua própria experiência escolar, posteriormente projetada na vida escolar dos seus filhos (Polonia & Dessen, 2005). A interação entre professor, progenitor e aluno é algo essencial e de extrema importância, em que deve ser tido em conta pelas famílias, de forma a proporcionar um ambiente que conduza a comunicação de um modo eficaz e propicie oportunidades adequadas, pois os professores mostram-se muito mais interessados e participativos na educação dos alunos, quando entram em contacto com pais interessados na educação dos seus filhos e com vontade de comunicar (Cavalcante, 1998), estando de acordo com os resultados divulgados no inquérito internacional de TALIS desenvolvido em 2008 pela OCDE. Porém, em outras circunstâncias, também é verificável o surgimento de limitações por parte das instituições educativas, em que por vezes, conceitos como os valores, crenças, vivências, conceções e informações adquiridas pelo aluno são postos de parte (Polonia & Dessen, 2005). 48
É importante referir, que há profissionais de educação que não valorizam a estreita e essencial ligação que a escola e a família devem ter, não vêm qualquer influência na otimização de processos como a aprendizagem, a socialização e desenvolvimento do indivíduo, o que está incorreto e limita o progredir de cada aluno/sujeito a um nível de maior mestria, tornando-se por vezes uma limitação ou até mesmo um conflito passível de vários contextos (Costa, 2003). Parece essencial acentuar que as relações funcionais e necessárias acrescidas de ambos os contextos (família - escola) não se resumem apenas numa afirmação/aceitação da sua própria relevância, há necessidade tanto por parte dos professores como dos progenitores em tirar prazer dessa relação, em sentir envolvência em determinados objetivos e paralelamente adquirir um resultado de uma autoestima acrescida, sentindo-se úteis e desenvolvendo uma interligação em que potencialize o crescimento e desenvolvimento da criança ao seu melhor nível, suscitando repercussões tais como o aumento da sua autoestima, melhora do rendimento escolar, melhoria das relações pais - filhos e atitudes mais positivas dos pais para com a escola (Alarcão, 2002). Contudo, a mesma autora refere ainda, que o sucesso desta interligação, entre ambos os contextos, depende também da forma como a comunicação se desenvolve, não só por parte dos pais e dos diretores de turma como também por parte do próprio aluno, do seu grupo de pares, dos restantes professores, entre outros, ou seja, todas as pessoas que estejam em um processo relacional. Polonia e Dessen (2005) referem cinco aspetos fundamentais associados a promoção de uma integração fundamental e positiva entre a escola e a família, nomeadamente, uma boa interação verbal, um relacionamento afetivo positivo entre pais e as crianças, o tipo de crenças e influências dos pais sobre os filhos, as estratégias disciplinares e de controlo adotadas pelos pais e as expectativas dos mesmos em relação aos seus próprios filhos. 49
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É importante referir, que há profissionais de educação que não valorizam a estreita e<br />
essencial ligação que a escola e a família devem ter, não vêm qualquer influência na<br />
otimização de processos como a aprendizagem, a socialização e desenvolvimento do<br />
indivíduo, o que está incorreto e limita o progredir de cada alu<strong>no</strong>/sujeito a um nível de maior<br />
mestria, tornando-se por vezes uma limitação ou até mesmo um conflito passível de vários<br />
contextos (Costa, 2003).<br />
Parece essencial acentuar que as relações funcionais e necessárias acrescidas de ambos os<br />
contextos (família - escola) não se resumem apenas numa afirmação/aceitação da sua própria<br />
relevância, há necessidade tanto por parte dos professores como dos progenitores em tirar<br />
prazer dessa relação, em sentir envolvência em determinados objetivos e paralelamente<br />
adquirir um resultado de uma autoestima acrescida, sentindo-se úteis e desenvolvendo uma<br />
interligação em que potencialize o crescimento e desenvolvimento da criança ao <strong>seu</strong> melhor<br />
nível, suscitando repercussões tais como o aumento da sua autoestima, melhora do<br />
rendimento escolar, melhoria das relações pais - filhos e atitudes mais positivas dos pais para<br />
com a escola (Alarcão, 2002). Contudo, a mesma autora refere ainda, que o sucesso desta<br />
interligação, entre ambos os contextos, depende também da forma como a comunicação se<br />
desenvolve, não só por parte dos pais e dos diretores de turma como também por parte do<br />
próprio alu<strong>no</strong>, do <strong>seu</strong> grupo de pares, dos restantes professores, entre outros, ou seja, todas as<br />
pessoas que estejam em um processo relacional.<br />
Polonia e Dessen (2005) referem cinco aspetos fundamentais associados a promoção de<br />
uma integração fundamental e positiva entre a escola e a família, <strong>no</strong>meadamente, uma boa<br />
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