Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ...
Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ... Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ...
como a Irlanda do Norte, País de Gales e Escócia, o conceito de insucesso escolar não surge decretado, mas apontam para uma distinção entre alunos que manifestam incapacidades no desenvolvimento das suas competências individuais e os que não manifestam, definindo-se o insucesso escolar como um défice de desenvolvimento pessoal ou ausência de progressos individuais (Mendonça, 2009). Nos países da União Europeia, o conceito de insucesso escolar não se parece apresentar muito díspar. Na Alemanha e na Itália, o insucesso escolar é contabilizado pelas taxas de retenções e de abandono escolar, já em França o insucesso escolar é determinado em termos de saídas do sistema educativo sem qualquer qualificação, tendo por base as dificuldades de aprendizagem que impedem os alunos de alcançarem as competências e os conhecimentos exigidos, em idades determinadas. Porém, na Bélgica, além da contabilização do número de retenções, a taxa de insucesso escolar é ainda explicada em termos de objetivos cognitivos não atingidos, indo de encontro à conceção apresentada pela Espanha que compreende por taxa de insucesso a presença de dificuldade em atingir objetivos definidos (Mendonça, 2009). A Grécia de acordo com Mendonça (2009) é quem mais se apresenta próxima da realidade Portuguesa, visto que em ambos os países, o insucesso escolar é compreendido através do nível de desenvolvimento dos alunos, delineado por diferentes modalidades de avaliação com base num currículo escolar que estabelece metas e objetivos curriculares definidos para cada ciclo de estudos. Decorrente da reflexão de todas estas conceções, o conceito de insucesso escolar tem-se vindo a transformar com o passar do tempo. Em Portugal tem sido acompanhado por um movimento educativo internacional assente em políticas educativas que visam a qualidade e a pertinência educativa, gerando-se algumas mudanças com base na legislação, implementando deste modo uma reorganização do contexto educativo, sendo disso exemplo a implementação 40
da obrigatoriedade escolar e o posterior alargamento dos estudos (Sil, 2004; Mendonça, 2009). Numa análise aos dados dos estudos PISA (Programme for International Student Assessment) desenvolvidos pelos países membros e parceiros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) verifica-se um elevado insucesso escolar no que respeita a Portugal, porém os resultados têm vindo a progredir, sobretudo na avaliação realizada no último ciclo entre 2006 e 2009, em que pela primeira vez, Portugal atinge resultados que se situam na média desde o início do programa em 2000. Com base nos três domínios fundamentais que o PISA avalia (literacia de leitura, literacia de matemática e literacia de ciências), Portugal é um dos países que mais progrediu nos três domínios, ocupando a quarta posição dos países que mais progrediram em termos de literacia de leitura entre 2000-2009; no domínio da matemática também ocupa o quarto lugar entre 2003 e 2009 e no que refere às ciências é o segundo país que mais progrediu desde o ranking de PISA de 2006. Atualmente, Portugal tem um maior número de resultados positivos e menor percentagem de alunos com resultados negativos (Serrão, Ferreira & Sousa, 2010). A escola constitui um ambiente diversificado de desenvolvimento e aprendizagem que envolve uma série de pessoas muito diversificadas em termos de características e do estabelecimento de interações, sendo permeada por conflitos, problemas e diferenças (Dessen & Polonia, 2007), por vezes confrontada com alguns obstáculos que não permitem a sua funcionalidade a um nível de mestria. Um bom exemplo são a televisão e os meios eletrónicos (computadores, entre outros) que apesar de poderem auxiliar nos conhecimentos adquiridos em contexto educativo, podem, por outro lado, refletir-se em inimigos quando utilizados em forma de ocupação, “roubando” muito tempo e paralelamente desencadeando o cansaço físico e psicológico do individuo (Oliveira, 2005). 41
- Page 6 and 7: dos alunos e o desenvolvimento de c
- Page 8 and 9: Agradecimentos À Universidade Fern
- Page 10 and 11: “Tudo vale apena quando a alma n
- Page 12 and 13: 5.6. Método 5.6.1. Selecção e Ca
- Page 14 and 15: Tabela 19. Anova para Diferenças e
- Page 16 and 17: Anexos Anexo 1. Norma S.A.R.L. - Av
- Page 18 and 19: e os padrões familiares dos mesmos
- Page 20 and 21: Esta dissertação está organizada
- Page 22 and 23: 1.1 Família CAPITULO I. FAMÍLIA E
- Page 24 and 25: amizade, da troca e enriquecimento
- Page 26 and 27: No entanto, à medida que o tempo p
- Page 28 and 29: Alguns estudos (Pick & Palos, 1995;
- Page 30 and 31: 2.1 Tipologia dos Estilos Parentais
- Page 32 and 33: de construírem um pensamento bom a
- Page 34 and 35: Algumas mudanças sucederam-se quan
- Page 36 and 37: colocam exigências de qualidade na
- Page 38 and 39: ásicos ou inadequado vestuário. O
- Page 40 and 41: pais tendem a ensinar os seus filho
- Page 42 and 43: esultados corroboraram com estudo d
- Page 44 and 45: Alguns autores apontam o sexo do fi
- Page 46 and 47: CAPÍTULO III. FATORES SOCIODEMOGR
- Page 48 and 49: associado a maior iniciativa e pens
- Page 50 and 51: Conger (1990/1992/1994, cit. in Rob
- Page 52 and 53: próprio aluno pela vida escolar be
- Page 54 and 55: própria instituição e ainda na c
- Page 58 and 59: Alguns autores assentam ainda sob u
- Page 60 and 61: esforços desenvolvidos, bem como,
- Page 62 and 63: influência das práticas educativa
- Page 64 and 65: Muitas vezes os pais veem os filhos
- Page 66 and 67: Em síntese e de acordo com toda a
- Page 68 and 69: 5.1. Justificação do Tema CAPÍTU
- Page 70 and 71: diferentes níveis socioeconómicos
- Page 72 and 73: no rendimento escolar dos alunos, b
- Page 74 and 75: 5.6. Método 5.6.1. Seleção e Car
- Page 76 and 77: sistema educativo, bem como a cria
- Page 78 and 79: entanto, em virtude de algumas limi
- Page 80 and 81: dos itens, analisando-se item a ite
- Page 82 and 83: De forma a reduzir os riscos de ace
- Page 84 and 85: Foram ainda analisadas as correlaç
- Page 86 and 87: Tabela 6 Correlação entre os Esti
- Page 88 and 89: A literatura neste domínio também
- Page 90 and 91: deficiências escolares torna-se im
- Page 92 and 93: Para tornar possível uma comparaç
- Page 94 and 95: ação, conduzindo ao longo do temp
- Page 96 and 97: Relativamente ao grupo dos pais, co
- Page 98 and 99: consequentemente maior responsabili
- Page 100 and 101: Um outro dado importante prende-se
- Page 102 and 103: Tabela 13 Correlação entre o Nív
- Page 104 and 105: uma amostra de 489 crianças, distr
como a Irlanda do Norte, País de Gales e Escócia, o conceito de insucesso escolar não surge<br />
decretado, mas apontam para uma distinção entre alu<strong>no</strong>s que manifestam incapacidades <strong>no</strong><br />
desenvolvimento das suas competências individuais e os que não manifestam, definindo-se o<br />
insucesso escolar como um défice de desenvolvimento pessoal ou ausência de progressos<br />
individuais (Mendonça, 2009).<br />
Nos países da União Europeia, o conceito de insucesso escolar não se parece apresentar<br />
muito díspar. Na Alemanha e na Itália, o insucesso escolar é contabilizado pelas taxas de<br />
retenções e de abando<strong>no</strong> escolar, já em França o insucesso escolar é determinado em termos<br />
de saídas do sistema educativo sem qualquer qualificação, tendo por base as dificuldades de<br />
aprendizagem que impedem os alu<strong>no</strong>s de alcançarem as competências e os conhecimentos<br />
exigidos, em idades determinadas. Porém, na Bélgica, além da contabilização do número de<br />
retenções, a taxa de insucesso escolar é ainda explicada em termos de objetivos cognitivos<br />
não atingidos, indo de encontro à conceção apresentada pela Espanha que compreende por<br />
taxa de insucesso a presença de dificuldade em atingir objetivos definidos (Mendonça, 2009).<br />
A Grécia de acordo com Mendonça (2009) é quem mais se apresenta próxima da<br />
realidade Portuguesa, visto que em ambos os países, o insucesso escolar é compreendido<br />
através do nível de desenvolvimento dos alu<strong>no</strong>s, delineado por diferentes modalidades de<br />
avaliação com base num currículo escolar que estabelece metas e objetivos curriculares<br />
definidos para cada ciclo de estudos.<br />
Decorrente da reflexão de todas estas conceções, o conceito de insucesso escolar tem-se<br />
vindo a transformar com o passar do tempo. Em Portugal tem sido acompanhado por um<br />
movimento educativo internacional assente em políticas educativas que visam a qualidade e a<br />
pertinência educativa, gerando-se algumas mudanças com base na legislação, implementando<br />
deste modo uma reorganização do contexto educativo, sendo disso exemplo a implementação<br />
40