Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ...

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01.08.2013 Views

Alguns autores apontam o sexo do filho como uma variável determinante do investimento parental, em que parece existir uma identificação sexual, no sentido de os pais preferirem mais os filhos homens e as mães, as mulheres (Sampaio & Vieira, 2010). Tendo em consideração as dimensões de responsividade e exigência definidas por Baumrind (1966) e no que respeita à variável género da criança, também alguns estudos ressaltam diferenças entre raparigas e rapazes. Costa (2000) interessou-se pelo estudo dos estilos parentais no desenvolvimento dos adolescentes reunindo assim, uma amostra de 378 adolescentes, no qual verificou que a presença das mães é percebida como a mais marcante em termos de ambiente familiar, identificadas como o progenitor mais próximo do adolescente e pontuando maiores índices em termos de responsividade por ambos os sexos, apesar de as raparigas atribuíram valores mais altos às mães do que os rapazes. Estes resultados são posteriormente reforçados pelo estudo de Hutz e Bardagi (2006) que investigaram a relação dos estilos parentais percebidos pelos adolescentes em seus níveis de indecisão, ansiedade e depressão, chegando a conclusões homólogas relativamente ao estudo de Costa (2000), destacando-se a relevância do progenitor feminino, especialmente para as meninas, em que é demonstrado uma maior proximidade com a mãe. Ainda de acordo com os autores, as meninas tendem a visualizar maiores níveis de exigência e responsividade por parte da mãe do que os meninos e quando avaliado o progenitor masculino, este tende a ser identificado como mais exigente e mais firme no que respeita a limites de controlo parental. Wagner et al. (2002) referem ainda que nas famílias com filhos adolescentes, estes tendem a conversar mais com as mães e com os irmãos mais velhos, visualizando na mãe, uma pessoa com muita coerência e com uma grande capacidade de entendimento o que parece paralelamente confirmar a tradicional imagem de ver a mãe como a figura responsável pelo cuidado e mediação das relações familiares. 28

Outros autores interessaram-se por avaliar a perceção dos pais relativamente ao seu comportamento parental, e numa comparação entre mãe e pai, verifica-se que as mães revelam maiores níveis de suporte emocional, de tentativa de controlo e de rejeição (Simões, Farante & Pocinho, 2011). Hutz e Bardagi (2006) também concluíram que as mães revelam-se mais controladoras e tendem a ver os filhos como inseguros e imaturos, adotando uma posição mais controladora e protetora. Todavia, estes dados estão longe de serem perseverantes, as diferenças entre progenitores nem sempre se revelam visíveis. Weber et al. (2004) apresentaram um estudo com 239 crianças, a fim de identificar diferentes estilos parentais e possíveis diferenças entre géneros. Ao analisar os resultados estes apresentaram-se similares no que respeita ao género dos progenitores, não sendo possível verificar diferenças significativas entre os géneros e os quatro estilos parentais. 29

Alguns autores apontam o sexo do filho como uma variável determinante do investimento<br />

parental, em que parece existir uma identificação sexual, <strong>no</strong> sentido de os pais preferirem<br />

mais os filhos homens e as mães, as mulheres (Sampaio & Vieira, 2010).<br />

Tendo em consideração as dimensões de responsividade e exigência definidas por<br />

Baumrind (1966) e <strong>no</strong> que respeita à variável género da criança, também alguns estudos<br />

ressaltam diferenças entre raparigas e rapazes. Costa (2000) interessou-se pelo estudo dos<br />

estilos parentais <strong>no</strong> desenvolvimento dos adolescentes reunindo assim, uma amostra de 378<br />

adolescentes, <strong>no</strong> qual verificou que a presença das mães é percebida como a mais marcante<br />

em termos de ambiente familiar, identificadas como o progenitor mais próximo do<br />

adolescente e pontuando maiores índices em termos de responsividade por ambos os sexos,<br />

apesar de as raparigas atribuíram valores mais altos às mães do que os rapazes. Estes<br />

resultados são posteriormente reforçados pelo estudo de Hutz e Bardagi (2006) que<br />

investigaram a relação dos estilos parentais percebidos pelos adolescentes em <strong>seu</strong>s níveis de<br />

indecisão, ansiedade e depressão, chegando a conclusões homólogas relativamente ao estudo<br />

de Costa (2000), destacando-se a relevância do progenitor femini<strong>no</strong>, especialmente para as<br />

meninas, em que é demonstrado uma maior proximidade com a mãe. Ainda de acordo com os<br />

autores, as meninas tendem a visualizar maiores níveis de exigência e responsividade por<br />

parte da mãe do que os meni<strong>no</strong>s e quando avaliado o progenitor masculi<strong>no</strong>, este tende a ser<br />

identificado como mais exigente e mais firme <strong>no</strong> que respeita a limites de controlo parental.<br />

Wagner et al. (2002) referem ainda que nas famílias com filhos adolescentes, estes<br />

tendem a conversar mais com as mães e com os irmãos mais velhos, visualizando na mãe,<br />

uma pessoa com muita coerência e com uma grande capacidade de entendimento o que<br />

parece paralelamente confirmar a tradicional imagem de ver a mãe como a figura responsável<br />

pelo cuidado e mediação das relações familiares.<br />

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