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Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ...

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Alguns estudos (Pick & Palos, 1995; Bank & Kahn, 1997, Wagner & cols., 2005;<br />

Wagner, Falcke, Silveira & Monsmann, 2002; Wagner, Carpenedo, Melo & Silveira, 2005)<br />

revelam que famílias com filhos adolescentes, tendem a comunicar mais com a mãe e irmãos<br />

mais velhos, caso existam, do que com a figura paterna. Estes tendem a ver a mãe como uma<br />

pessoa mais coerente e com uma grande capacidade de entendimento o que parece<br />

paralelamente confirmar a tradicional imagem da mãe como a figura responsável pelo<br />

cuidado e mediação das relações familiares e o pai como provedor de sustento económico da<br />

família (Wagner et al., 2002).<br />

Cecconello, Antoni e Koller (2003) referem três características primordiais e essenciais às<br />

relações familiares, a reciprocidade, em que os elementos se influenciam uns aos outros, o<br />

equilíbrio do poder, este deve suceder-se de forma gradual e paralela ao desenvolvimento,<br />

promovendo assim o desenvolvimento da auto<strong>no</strong>mia, e o afeto, pois quanto mais positivas e<br />

calorosas forem as relações familiares, maior a probabilidade de ocorrer um desenvolvimento<br />

de forma adequada e adaptada.<br />

A vivência de vinculações <strong>no</strong> meio familiar, desde os primeiros a<strong>no</strong>s de vida dos filhos e<br />

ao longo da sua infância é considerada por Bowlby (1893, cit. in Pires, 2007) como<br />

determinante <strong>no</strong> equilíbrio das escolhas que marcam o tipo de percurso <strong>no</strong> desenvolvimento<br />

da personalidade. A criança tende a observar os comportamentos de cada pessoa e a<br />

influência que exercem uns <strong>no</strong>s outros, isto é, a dinâmica familiar em que está integrada, e é<br />

através desta visão e vivência de experiências que ela aprende como cada um pensa,<br />

influenciando assim o <strong>seu</strong> desenvolvimento e formação (Guedeney & Guedeney, 2004).<br />

Uma criança que vive relações fortes e estáveis com as figuras parentais desenvolve de<br />

uma forma positiva aspetos da sua vida afetiva e social, primordiais ao bom desenvolvimento<br />

e formação do ser huma<strong>no</strong> como uma adequada autoestima, confiança em si mesma e <strong>no</strong>s<br />

outros, capacidades de cooperação, entre outros aspetos (Pires, 2007; Torres, <strong>Santos</strong> &<br />

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