Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ...
Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ...
Ana Tânia Santos Gonçalves Estilos Parentais e o seu Impacto no ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
No entanto, à medida que o tempo passa e as crianças crescem ocorrem algumas<br />
mudanças designadamente ao nível das relações entre pais e filhos, decorrentes das<br />
transformações pelas quais a família atravessa, delineando diferentes formas de envolvimento<br />
parental (Costa, Teixeira & Gomes, 2000). A investigação decorrente dos vários estudos<br />
efetuados tem demonstrado que a qualidade da relação familiar tem um forte impacto em<br />
diversas dimensões da vida dos filhos, essencialmente na fase da adolescência,<br />
<strong>no</strong>meadamente com o ajustamento académico (Soares & Almeida, 2011). Contudo a<br />
qualidade da relação e a forma de interação por parte dos pais, é influenciada pelo nível<br />
económico da família, o nível de stress parental, o tipo de relações conjugais, as redes sociais<br />
dos pais, entre outros fatores (Bronstein, 2002).<br />
A qualidade das relações pais-filhos reflete-se num modelo a seguir, <strong>no</strong> qual as crianças<br />
esperam experimentar e modelar durante todo o <strong>seu</strong> tempo de vida (Murray & Curtner-Smith,<br />
2008). Assim, ainda de acordo com as autoras, as crianças que vivem relações de segurança e<br />
apego com os pais visam experimentar relacionamentos positivos e gratificantes com os<br />
outros, em contrapartida, as crianças que vivem relações de apego inseguras esperam<br />
vivenciar relações negativas e insatisfatórias.<br />
Quando o interesse recai sobre o conhecimento e a compreensão das relações familiares,<br />
torna-se fundamental identificar o padrão de mensagens trocadas entre os elementos da<br />
família, particularmente, perceber a repetição e a macrologia das mensagens trocadas, isto é o<br />
conjunto de regras implícitas e implicitamente respeitadas por todos os elementos do sistema<br />
e não tanto o teor das referidas interações (Alarcão, 2006).<br />
O diálogo é também um fator importante <strong>no</strong> que se refere a educação dos filhos (Pires,<br />
2007). Teixeira, Froes e Zago (2006), referem que grande parte dos problemas familiares se<br />
deve a aspetos comunicacionais, <strong>no</strong>meadamente a falta de intimidade e de diálogo entre pais<br />
e filhos. Os autores referem que estes problemas por vezes são resultantes de situações como<br />
10