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BIOGRAFIA DE VLADIMIR CARVALHO

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Na montagem, instalou-se um jogo dialético: eu<br />

querendo dessacralizar o mito e ele se defendendo<br />

e ganhando sempre. O trabalho foi infernal,<br />

dados o volume e variedade do material. Contei<br />

com a participação de dois montadores, em<br />

turnos alternados. Manfredo Caldas passava a<br />

moviola para Ricardo Miranda, que chegava estropiado<br />

das longas sessões de montagem de A<br />

Idade da Terra, de Glauber Rocha. Além de tudo<br />

o que filmáramos na Paraíba, tínhamos uma<br />

abundância de material de arquivo, incluindo<br />

filmes dos acervos do pioneiro Walfredo Rodrigues<br />

(Paraíba, anos 1920) e de João Córdula<br />

(Serviço do Cinema Educativo do governo da<br />

Paraíba, década de 1950), atualidades cedidas<br />

por Alfredo Palácios e até cenas documentais<br />

filmadas por Lima Barreto. Filmagens de uma<br />

explosão numa frente de trabalho mais recente<br />

serviram para ilustrar o frenesi da construção<br />

dos açudes à época de Zé Américo.<br />

Para acompanhar o prólogo rural, editei trechos<br />

de livros do autor, entre os quais A Bagaceira,<br />

A Paraíba e seus Problemas, Reflexões de uma<br />

Cabra e Antes que Eu me Esqueça. A voz alusiva<br />

ao personagem ficou a cargo de Mário Lago,<br />

enquanto Fernanda Montenegro fazia a voz<br />

neutra do meu próprio texto de narração. Minha<br />

primeira convidada para essa função foi Tereza<br />

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