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BIOGRAFIA DE VLADIMIR CARVALHO

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Vladimir foi um dos protagonistas de dois momentos<br />

importantes do cinema documental no<br />

país. Ainda jovem, como co-roteirista e assistente<br />

de direção do seminal Aruanda, de Linduarte<br />

Noronha, e co-diretor do flahertiano Romeiros<br />

da Guia, inscreveu-se no célebre surto do<br />

documentário paraibano, uma das seivas que<br />

nutriram o Cinema Novo. Seu primeiro longametragem,<br />

O País de São Saruê, em que pese a<br />

defasagem de seu lançamento devido à longa<br />

interdição da censura, pode ser tomado como<br />

uma extensão natural daquele ciclo, junto com<br />

os curtas A Bolandeira e A Pedra da Riqueza.<br />

Mais tarde, ao se estabelecer em Brasília, às vésperas<br />

do 10º aniversário da capital federal, Vladimir<br />

estimulou decisivamente a primeira grande<br />

floração de um legítimo cinema brasiliense – do<br />

qual viria a se tornar uma espécie de patrono.<br />

Também aí prevaleceu um movimento pendular<br />

entre a cidade nova e a ancestralidade nordestina,<br />

o concreto armado e a natureza sertaneja. Se<br />

Conterrâneos Velhos de Guerra revela, qual tinta<br />

num relevo, a nordestinidade de Brasília, filmes<br />

como Vila Boa de Goyaz, Quilombo e Paisagem<br />

Natural localizam no sertão goiano mais uma<br />

encarnação da veia telúrica do realizador.<br />

Nas três décadas compreendidas entre Vestibular<br />

70 (1970) e Barra 68 – Sem Perder a Ternura

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