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BIOGRAFIA DE VLADIMIR CARVALHO

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Nas horas vagas, montava O Sertão do Rio do<br />

Peixe e seu subproduto A Bolandeira, além de<br />

freqüentar a Cinemateca do MAM. Foi quando<br />

Cosme Alves Neto me convocou para visionar<br />

e catalogar um lote de materiais documentais<br />

do acervo da Cinemateca. No auge da chamada<br />

geração Paissandu, Cosme, eu e outros amigos<br />

saíamos do cinema para o bar Oklahoma e festejávamos<br />

nossa convivência, cantando em coro<br />

a canção de Aruanda: Ó mana, deixa eu ir / Ó<br />

mana, eu vou só.<br />

O Sertão do Rio do Peixe ficou com aproximadamente<br />

50 minutos e foi exibido, para agrado do<br />

público e dos entendidos, na Maison de France.<br />

Foram muito estimulantes os abraços de gente<br />

como Gustavo Dahl e Leon Hirszman. Lembro-me<br />

de um close da ocasião: Leon elogiando o material,<br />

mas fazendo restrições à longueur do Rio<br />

do Peixe. Em 1969, graças às astúcias de Cosme,<br />

levei os dois filmes ao Festival de Viña del Mar,<br />

no Chile, onde tive o prazer de conhecer Joris<br />

Ivens, outro ídolo de todo documentarista. No<br />

entanto, já ali, algo me dizia que a empreitada<br />

não estava de todo completa. Era como se o<br />

sertão ainda estivesse à minha espera.<br />

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