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centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce

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O Fórum Lixo e Cidadania é um espaço para se <strong>de</strong>senvolver ações <strong>de</strong>ssa<br />

natureza, mas notamos quatro gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios para a emancipação <strong>do</strong>s cata<strong>do</strong>res<br />

e reconstrução <strong>do</strong>s laços sociais: a falta <strong>de</strong> participação <strong>do</strong>s fortalezenses (é<br />

importante dizer que não há uma divulgação em massa <strong>do</strong> fórum), a falta <strong>de</strong><br />

recursos finan<strong>ce</strong>iros (pois se eles existem não são comenta<strong>do</strong>s nas reuniões), a falta<br />

<strong>de</strong> interesse político para “fazer a coisa aconte<strong>ce</strong>r” e a pouca crença <strong>do</strong>s cata<strong>do</strong>res<br />

no fórum.<br />

Observamos, pelas 4 reuniões que estivemos presentes, um reduzi<strong>do</strong> número<br />

<strong>de</strong> participantes, pois os encontros não con<strong>ce</strong>ntram mais <strong>do</strong> que 20 pessoas, entre<br />

membros <strong>de</strong> ONG’s, funcionários da Prefeitura <strong>de</strong> Fortaleza e membros da<br />

socieda<strong>de</strong> civil. A presença <strong>do</strong>s cata<strong>do</strong>res também é muito irrisória no Fórum Lixo e<br />

Cidadania <strong>de</strong> Fortaleza, seus momentos <strong>de</strong> fala são limita<strong>do</strong>s e ao final <strong>de</strong> cada<br />

reunião não é feita uma sistematização da reunião.<br />

Para um entrevista<strong>do</strong>, o trabalho com os RSD é uma ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>, conforme<br />

sua fala:<br />

“...trabalhar com o lixo é só pra quem precisa mesmo<br />

porque pra quem não precisa não adianta nem tentar<br />

não...” (Entrevista<strong>do</strong> 3, Gari).<br />

“...trabalho com ele (lixo) só porque é o jeito. Não tem<br />

outro meio pois ninguém faz nada por nós, então, o que<br />

tem que fazer é com o lixo mesmo...” (Entrevista<strong>do</strong> 7,<br />

Integrante da Usina <strong>de</strong> Triagem).<br />

Cabe aqui pontuar alguns aspectos a<strong>ce</strong>rca <strong>do</strong> lugar <strong>de</strong> on<strong>de</strong> fala o referi<strong>do</strong><br />

gari, ou seja, <strong>de</strong> um espaço no qual o trabalha<strong>do</strong>r foi contrata<strong>do</strong> para “coletar<br />

resíduos”, portanto, há uma espécie <strong>de</strong> imposição contratual e também esse foi<br />

emprego que ele conseguiu diante das suas condições. Assim, se ele não realizar as<br />

ativida<strong>de</strong>s pré-<strong>de</strong>terminadas po<strong>de</strong>rá per<strong>de</strong>r o emprego. Enquanto que o integrante<br />

da Usina <strong>de</strong> Triagem busca o pão <strong>de</strong> cada dia saco à saco.<br />

Dentro da perspectiva acima o trabalho com os RSD passa a ocupar um lugar<br />

<strong>ce</strong>ntral na vida <strong>de</strong> quem o realiza. É como se o trabalho fosse um elemento-chave<br />

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