centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce

A rotina de trabalho na ASCAJAN começa com a saída do caminhão para o
recolhimento dos materiais nas ‘’fontes geradoras e doadoras”. Hoje, os principais
locais e coleta são algumas empresas públicas, bancos e supermercados.
Ao chegar na Associação, os resíduos recicláveis - que vêm misturados
(vidros, plásticos, papéis, metais) - são despejados em uma rampa de madeira que
existe dentro do galpão onde funciona a Associação (Figura 20). Dessa rampa, os
materiais são triados durante os dois primeiros turnos do dia e colocados em
tambores, no caso do vidro e do plástico, e prensados, no caso do papel e papelão.
Figura 20 - Vista Parcial da Rampa da ASCAJAN para Triagem de Materiais
Foto do Autor (2008).
Não há relações contratuais entre os membros da ASCAJAN e o trabalho se
dá através da divisão de algumas ‘funções’: alguns acompanham o caminhão no
recolhimento dos materiais nas ‘fontes’, outros realizam a separação na rampa,
outros confeccionam de grandes sacolas para armazenamento dos vidros -
chamados comumente de BAG’s -, outros representam a administração e outros
fazem a pesagem e venda.
A par dessa “distribuição funcional”, o trabalho na ASCAJAN parece ser um
meio de integração que possibilita o relacionamento entre os catadores e o
sentimento de pertencer a um grupo. Assim, a Associação configura-se em uma
alternativa de fortalecimento dos catadores, onde há uma espécie de afirmação da
identidade (Dejours, 1987 apud Medeiros e Macêdo, 2006).
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