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Esta característica é fundamental para projetarmos as quantidades de resíduos a coletar e a dispor, sendo ainda importante no dimensionamento de veículos, na determinação da taxa de coleta, bem como para o correto dimensionamento de todas as unidades que compõem o sistema de limpeza urbana. - Composição Gravimétrica: traduz o percentual de cada componente em relação ao peso total da amostra de lixo analisada. Segundo o IBAM (2001), os componentes mais utilizados na determinação da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos são (Quadro 3): Quadro 3 - Componentes Mais Comuns da Composição Gravimétrica Matéria Orgânica Metal Não-Ferroso Borracha Papel Alumínio Plástico Rígido Papelão Cerâmica Plástico Maleável PET Agregado Fino Vidro Claro Madeira Pano/Trapo Vidro Escuro Metal Ferroso Ossos - Fonte: IBAM (2001). O conhecimento da composição gravimétrica nos possibilita o aproveitamento das frações recicláveis para comercialização e da matéria orgânica para a produção de composto orgânico. Entretanto, Valle Mota (2005, p.4) lembra que, “nas cidades do interior e áreas rurais, é comum encontrar uma quantidade maior de lixo orgânico (cascas de frutas e legumes, restos de alimentos) na composição do lixo doméstico do que a encontrada em grandes centros urbanos”. Ainda segundo a autora (p.4) “[...] o tratamento dispensado ao lixo pode revelar qual a importância que a sociedade dá ao tema, se existem marcos regulatórios eficazes e técnicas eficientes para a coleta, transporte, armazenamento e destinação final dos resíduos sólidos”. A composição gravimétrica constitui uma informação importante na compreensão do comportamento dos resíduos, aterrados ou não, e expressa, em percentual, a presença de cada componente em relação ao peso total da amostra dos resíduos (MELO e JUCÁ, 2000, p.8). 35
Esses estudos contribuem, ainda, para o monitoramento ambiental, na compreensão do processo de decomposição dos resíduos e na estimativa da vida útil das áreas utilizadas para destinação final de resíduos (MONTEIRO e JUCÁ, 1999, p.12). - Peso Específico: é o peso dos resíduos em função do volume por eles ocupado, expresso em kg/m³. Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações. Conforme o IBAM (2001, p.35): Na ausência de dados mais precisos, podem-se utilizar os valores de 230 kg/m³ para o peso específico do lixo domiciliar, de 280 kg/m³ para o peso específico dos resíduos de serviços de saúde e de 1.300 kg/m³ para o peso específico de entulho de obras conforme relatou. - Teor de Umidade: representa a quantidade de água presente no lixo, medida em percentual do seu peso. Lembramos que este parâmetro se altera em função das estações do ano e da incidência de chuvas, podendo-se estimar um teor de umidade variando em torno de 40 a 60%. Esta característica tem influência decisiva, principalmente nos processos de tratamento e destinação dos resíduos sólidos, na velocidade de decomposição da matéria orgânica no processo de compostagem e no cálculo da produção de chorume. - Compressividade do Lixo: também conhecida como grau de compactação, indica a redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma pressão determinada. De acordo com o IBAM (2001, p.35): [...] submetido a uma pressão de 4 kg/cm², o volume do lixo pode ser reduzido de um terço (1/3) a um quarto (1/4) do seu volume original. Tais valores são utilizados para dimensionamento de equipamentos compactadores e estações de transferência. - Poder Calorífero: indica a capacidade potencial de um material desprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima. 36
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Esta característica é fundamental para projetarmos as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
resíduos a coletar e a dispor, sen<strong>do</strong> ainda importante no dimensionamento <strong>de</strong><br />
veículos, na <strong>de</strong>terminação da taxa <strong>de</strong> coleta, bem como para o correto<br />
dimensionamento <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s que compõem o sistema <strong>de</strong> limpeza urbana.<br />
- Composição Gravimétrica: traduz o per<strong>ce</strong>ntual <strong>de</strong> cada componente em relação ao<br />
peso total da amostra <strong>de</strong> lixo analisada.<br />
Segun<strong>do</strong> o IBAM (2001), os componentes mais utiliza<strong>do</strong>s na <strong>de</strong>terminação da<br />
composição gravimétrica <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos são (Quadro 3):<br />
Quadro 3 - Componentes Mais Comuns da Composição Gravimétrica<br />
Matéria Orgânica Metal Não-Ferroso Borracha<br />
Papel Alumínio Plástico Rígi<strong>do</strong><br />
Papelão Cerâmica Plástico Maleável<br />
PET Agrega<strong>do</strong> Fino Vidro Claro<br />
Ma<strong>de</strong>ira Pano/Trapo Vidro Escuro<br />
Metal Ferroso Ossos -<br />
Fonte: IBAM (2001).<br />
O conhecimento da composição gravimétrica nos possibilita o aproveitamento<br />
das frações recicláveis para comercialização e da matéria orgânica para a produção<br />
<strong>de</strong> composto orgânico. Entretanto, Valle Mota (2005, p.4) lembra que, “nas cida<strong>de</strong>s<br />
<strong>do</strong> interior e áreas rurais, é comum encontrar uma quantida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> lixo orgânico<br />
(cascas <strong>de</strong> frutas e legumes, restos <strong>de</strong> alimentos) na composição <strong>do</strong> lixo <strong>do</strong>méstico<br />
<strong>do</strong> que a encontrada em gran<strong>de</strong>s <strong><strong>ce</strong>ntro</strong>s urbanos”.<br />
Ainda segun<strong>do</strong> a autora (p.4) “[...] o tratamento dispensa<strong>do</strong> ao lixo po<strong>de</strong><br />
revelar qual a importância que a socieda<strong>de</strong> dá ao tema, se existem marcos<br />
regulatórios eficazes e técnicas eficientes para a coleta, transporte, armazenamento<br />
e <strong>de</strong>stinação final <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s”.<br />
A composição gravimétrica constitui uma informação importante na<br />
compreensão <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong>s resíduos, aterra<strong>do</strong>s ou não, e<br />
expressa, em per<strong>ce</strong>ntual, a presença <strong>de</strong> cada componente em relação ao<br />
peso total da amostra <strong>do</strong>s resíduos (MELO e JUCÁ, 2000, p.8).<br />
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