centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce
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per<strong>ce</strong>ber os problemas ambientais e sem discutir com os alunos e socieda<strong>de</strong> suas<br />
soluções”.<br />
Inseri<strong>do</strong> nesse <strong>ce</strong>nário, o crescimento urbano <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> tem si<strong>do</strong><br />
aponta<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s vilões da questão ambiental, por ter íntima relação<br />
com a geração <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s e esta com a <strong>de</strong>terioração das condições <strong>do</strong><br />
ambiente e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida humana. Prova disso é o cres<strong>ce</strong>nte número <strong>de</strong><br />
trabalhos sobre a temática observa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ntre os quais os explora<strong>do</strong>s nessa<br />
pesquisa.<br />
Como bem lembrou Mota (2003, p.285), “a maioria das cida<strong>de</strong>s brasileiras<br />
ainda utiliza a forma <strong>de</strong> dar <strong>de</strong>stino aos resíduos sóli<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos a céu<br />
aberto”. “Tal alternativa, conhecida por lixão, se caracteriza pela simples <strong>de</strong>scarga<br />
<strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s sobre o solo sem medidas <strong>de</strong> proteção ao meio ambiente ou à<br />
saú<strong>de</strong> pública” (ALVES et al 2006, p.2).<br />
Ainda nesse senti<strong>do</strong>, Castilhos Júnior et al (2003, p.2) afirmam que:<br />
“[...] o <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s a céu aberto ou lixão é uma forma <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>posição <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada sem compactação ou cobertura <strong>do</strong>s resíduos, o<br />
que propicia a poluição <strong>do</strong> solo, ar e água, bem como a proliferação <strong>de</strong><br />
vetores <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças”.<br />
Além <strong>de</strong>sses problemas, Sisinno (2002, p.13) <strong>de</strong>staca “[...] a contaminação da<br />
biota, poluição visual e sonora, <strong>de</strong>svalorização imobiliária, <strong>de</strong>scaracterização<br />
paisagística e <strong>de</strong>sequilíbrio ecológico” e alerta que:<br />
Além <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>pósitos oficiais <strong>de</strong> resíduos, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>stacar a<br />
ocorrência <strong>de</strong> pequenos e “móveis” <strong>de</strong>pósitos clan<strong>de</strong>stinos. Esses<br />
<strong>de</strong>pósitos - na maior parte <strong>do</strong>s casos - estão localiza<strong>do</strong>s em regiões<br />
distantes e pouco urbanizadas, sen<strong>do</strong> sua vida útil condicionada à ação<br />
<strong>do</strong>s órgãos competentes: ação esta muitas vezes impulsionada por<br />
<strong>de</strong>núncias da população vizinha, <strong>de</strong> ONG’s ou da mídia. Os <strong>de</strong>pósitos<br />
clan<strong>de</strong>stinos ofere<strong>ce</strong>m riscos ao equilíbrio ambiental e à saú<strong>de</strong> humana<br />
uma vez que não se conhe<strong>ce</strong> a natureza <strong>do</strong>s resíduos <strong>de</strong>posita<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong><br />
que muitos <strong>de</strong>sses resíduos po<strong>de</strong>m conter substâncias com potencial <strong>de</strong><br />
causar sérios danos aos sistemas vivos (SISINNO, 2002, p.13).<br />
A partir <strong>do</strong> exposto, introduzimos alguns problemas sócio-ambientais<br />
advin<strong>do</strong>s da má gestão <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s e lembramos que tais problemas<br />
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