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centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce

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Frente a essas consi<strong>de</strong>rações, po<strong>de</strong>mos pensar que estamos diante <strong>de</strong> um<br />

“duelo <strong>de</strong> gigantes” sem pre<strong>ce</strong><strong>de</strong>ntes para a vida na Terra, on<strong>de</strong> <strong>de</strong> um la<strong>do</strong>,<br />

posiciona-se a lógica <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento vigente - capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir ou transformar<br />

em frações <strong>de</strong> segun<strong>do</strong>s o patrimônio natural -; e <strong>do</strong> outro, a força in<strong>do</strong>mável da<br />

natureza, que por estar viva, “respon<strong>de</strong>” aos agravos sofri<strong>do</strong>s na forma <strong>de</strong> inúmeras<br />

catástrofes, diziman<strong>do</strong> populações inteiras.<br />

Complementa essa idéia Rigotto (2003, p.390) quan<strong>do</strong> nos lembra que:<br />

[...] o ambiente - vivo e propicia<strong>do</strong>r da vida - apresenta também ameaças.<br />

Algumas <strong>de</strong>las são naturais - embora possam ser influenciadas pela ação<br />

antrópica, pelo menos em suas conseqüências - como os terremotos,<br />

vulcões, torna<strong>do</strong>s, inundações. Outras ameaças - cres<strong>ce</strong>ntes e que põem<br />

em risco a manutenção da vida no Planeta - <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>bitadas na conta<br />

da intervenção da socieda<strong>de</strong> sobre a Natureza e, por isso, exigem <strong>de</strong> nós<br />

uma profunda reflexão.<br />

Na visão <strong>de</strong> Leff (2001, p.15) “a crise ambiental veio questionar a<br />

racionalida<strong>de</strong> e os paradigmas teóricos que impulsionaram e legitimaram o<br />

crescimento econômico, negan<strong>do</strong> a natureza”. Para o autor (p.15):<br />

A visão mecanicista da razão cartesiana converteu-se no princípio<br />

constitutivo <strong>de</strong> uma teoria econômica que pre<strong>do</strong>minou sobre os paradigmas<br />

organicistas da vida, legitiman<strong>do</strong> uma falsa idéia <strong>de</strong> progresso da<br />

civilização mo<strong>de</strong>rna. Desta forma, a racionalida<strong>de</strong> econômica baniu a<br />

natureza da esfera da produção, geran<strong>do</strong> pro<strong>ce</strong>ssos <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição<br />

ecológica e <strong>de</strong>gradação ambiental.<br />

Zaneti (2006, p.77) nos traz reflexão complementar quan<strong>do</strong> nos diz que:<br />

A <strong>de</strong>sconexão <strong>do</strong> ser humano com os pro<strong>ce</strong>ssos biológicos cíclicos <strong>do</strong>s<br />

ecossistemas repercute na dimensão pessoal e intersubjetiva sob a forma<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>senraizamento físico, emocional e mental que faz <strong>do</strong>s indivíduos<br />

peças atreladas à máquina <strong>de</strong> produzir ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s artificiais,<br />

representada pela mídia merca<strong>do</strong>lógica. A perda das raízes ecológicas se<br />

traduz na insatisfação consumista, na i<strong>de</strong>ntificação i<strong>de</strong>ológica <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong><br />

com o ter, e contamina os padrões <strong>de</strong> sentimentos e per<strong>ce</strong>pções<br />

intersubjetivas, nas relações com a família, com o território, com a<br />

comunida<strong>de</strong> e com a história.<br />

“Através da criativida<strong>de</strong> e da propaganda, consegue-se fazer crer à população<br />

que os bens que as empresas <strong>de</strong>sejam produzir sejam imprescindíveis à sua<br />

existência” (DAGNANO, 2004, p.21). Fomos, então, leva<strong>do</strong>s a crer que <strong>de</strong>vemos<br />

‘TER’, que temos que progredir e alcançar os “países <strong>ce</strong>ntrais” via aumento da<br />

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