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centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce

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ota <strong>de</strong> colisão 14 , o que na perspectiva <strong>de</strong> Leff (2001, p.23) “[...] representa uma<br />

fatalida<strong>de</strong> que se expressa na negação das causas da crise socioambiental e nessa<br />

obsessão pelo crescimento”.<br />

Como nos trouxe Rigotto e Augusto (2007, p.1):<br />

"Sucumbir" foi o verbo utiliza<strong>do</strong> pelo Massachusetts Institute of Technology<br />

para dizer o que aconte<strong>ce</strong>ria se to<strong>do</strong>s os países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> continuassem<br />

em sua política <strong>de</strong> crescimento: sucumbir à poluição <strong>do</strong> meio ambiente, ou<br />

à exaustão <strong>do</strong>s recursos naturais, ou ao custo eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong> controle da<br />

poluição.<br />

Evi<strong>de</strong>ntemente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Grécia Clássica ou a Ida<strong>de</strong> Média, as ativida<strong>de</strong>s<br />

humanas sobre o meio - as obras hidráulicas no Egito, o crescimento da<br />

urbis romana, a expansão cristã na Europa - <strong>de</strong>spertaram, em alguma<br />

medida, indagações sobre os efeitos <strong>de</strong>stas ativida<strong>de</strong>s sobre o entorno.<br />

Entretanto, a realização histórica <strong>do</strong> capitalismo toma a dimensão <strong>de</strong> uma<br />

verda<strong>de</strong>ira revolução técnica e social, repercutin<strong>do</strong>, em escala e<br />

abrangência inéditas, em to<strong>do</strong>s os aspectos da vida das socieda<strong>de</strong>s<br />

oci<strong>de</strong>ntais mo<strong>de</strong>rnas, inclusive o trabalho, a saú<strong>de</strong> e o ambiente<br />

(RIGOTTO e AUGUSTO, 2007, p.1).<br />

Freire Dias (2003, p.87) ao analisar as repercussões ambientais <strong>de</strong>correntes<br />

da “vida mo<strong>de</strong>rna” ressalta que:<br />

Estamos diante <strong>de</strong> um <strong>de</strong>safio on<strong>de</strong> as socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem escolher entre<br />

perpetuar o padrão atual (on<strong>de</strong> os países mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s consomem<br />

intensamente os recursos naturais, permitin<strong>do</strong> a suas populações um<br />

eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong> consumo que contrasta com as carências <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

sub<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>) ou rever esses padrões em benefício <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo que<br />

exerça menor pressão sobre a base <strong>do</strong>s recursos naturais e permita níveis<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento mais eqüitativos.<br />

Pensamos, então, que no pro<strong>ce</strong>sso <strong>de</strong> “escolha” entre uma das alternativas<br />

postas é fundamental repensar os caminhos até então trilha<strong>do</strong>s pela socieda<strong>de</strong>, pela<br />

simples constatação <strong>de</strong> que o crescimento econômico, industrial e populacional<br />

gerou uma socieda<strong>de</strong> sem perspectivas <strong>de</strong> um futuro sustentável.<br />

14 O termo “rota <strong>de</strong> colisão” vem sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para <strong>de</strong>signar os conflitos sociais e ambientais advin<strong>do</strong>s da crise civilizatória<br />

vigente (FREIRE DIAS, 2003) e trás a suspeita <strong>de</strong> que vários seres vivos, inclusive os humanos, estão caminhan<strong>do</strong> para uma<br />

clara condição <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>gradante em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> conflitos diversos e <strong>de</strong>sequilíbrio <strong>do</strong>s ecossistemas. Fazen<strong>do</strong> uma<br />

analogia à <strong>do</strong>cumentos já publica<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>ríamos nos aproximar da idéia geral trazida pelo <strong>do</strong>cumento Our Future Commum<br />

(Nosso Futuro Comum) da Comissão Brundtland, quan<strong>do</strong> formula a idéia <strong>de</strong> que to<strong>do</strong>s os seres estariam caminhan<strong>do</strong> para o<br />

fim, caso não mu<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> “olhar” e <strong>de</strong> “paradigma”.<br />

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