centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce
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movimentos nacionalistas, a exa<strong>ce</strong>rbação <strong>do</strong>s conflitos étnicos, a agressão<br />
ao meio ambiente, a <strong>de</strong>terioração <strong>do</strong> espaço urbano, a intensificação da<br />
violência e o <strong>de</strong>srespeito aos direitos humanos (PAIM & ALMEIDA FILHO,<br />
2007, p.3).<br />
Historicamente, todas essas mudanças aconte<strong>ce</strong>ram num curto intervalo <strong>de</strong><br />
tempo e se <strong>de</strong>ram num contexto econômico instável, on<strong>de</strong> as relações econômicas<br />
globais e os fluxos finan<strong>ce</strong>iros disseminaram novos padrões tecnológicos e<br />
organizacionais da produção.<br />
Robert Moraes (2005, p.17) complementa que “as transformações que<br />
ocorreram após a década <strong>de</strong> trinta, internacionalmente, nos levaram a conhe<strong>ce</strong>r uma<br />
a<strong>ce</strong>leração da fronteira <strong>de</strong> inovações, impon<strong>do</strong> um ritmo sem paralelo no passa<strong>do</strong>”.<br />
Para o autor (p.17), “a velocida<strong>de</strong> das mudanças, principalmente no que importa à<br />
tecnologia, é cres<strong>ce</strong>nte a<strong>de</strong>mais <strong>de</strong> cumulativa”, levan<strong>do</strong>-o a afirmar que “nunca a<br />
história havia corri<strong>do</strong> tão rápi<strong>do</strong> e a mo<strong>de</strong>rnização tão <strong>de</strong>pressa”.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, a mo<strong>de</strong>rnização distribuiu (e distribui) benefícios e mazelas<br />
por to<strong>do</strong> o planeta, prolifera um estilo <strong>de</strong> vida basea<strong>do</strong> na acumulação e no<br />
consumismo exagera<strong>do</strong>, que para Freire (2003, p.77) “nos leva a viver um mun<strong>do</strong> no<br />
qual vale mais o ‘ter’, o <strong>de</strong>sperdício e a ostentação, <strong>do</strong> que o ‘ser' e a preservação<br />
<strong>do</strong>s bens naturais”.<br />
Os valores que dizem respeito ao TER cristalizam ações no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
possuir, guardar, segurar e reter, ao passo que valores que dizem respeito<br />
ao SER permitem compartilhar, <strong>do</strong>ar, cooperar e respeitar a integrida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
outro e da natureza com inteireza, solidarieda<strong>de</strong> e justiça (ZANETI, 2006,<br />
p.83).<br />
Para Bernar<strong>de</strong>s e Ferreira (2003, p.21):<br />
[...] como membros <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res, na atual fase <strong>do</strong><br />
capitalismo, vivemos num mun<strong>do</strong> em que a economia se caracteriza pelo<br />
<strong>de</strong>sperdício, on<strong>de</strong> todas as coisas <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>voradas e aban<strong>do</strong>nadas<br />
tão rapidamente como surgem.<br />
Aproxima-se da perspectiva trazida por Bernar<strong>de</strong>s e Ferreira, uma das<br />
consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> Mello (2004, p.5), quan<strong>do</strong> afirma que:<br />
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