centro federal de educação tecnológica do ceará – cefet/ce
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Este trabalho resgatou algumas forças motrizes responsáveis pela geração <strong>de</strong><br />
um complexo quadro ambiental nas cida<strong>de</strong>s e situou nele aspectos da realida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Fortaleza/CE sob o foco da questão <strong>do</strong>s seus RSD e conseqüentes impactos ao<br />
ambiente e à saú<strong>de</strong> humana a partir da visão <strong>de</strong> alguns trabalha<strong>do</strong>res.<br />
I<strong>de</strong>ntificamos que os RSD gera<strong>do</strong>s em Fortaleza/CE foram <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a cinco<br />
lixões durante o perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> entre 1956 e 1998, situa<strong>do</strong>s em áreas<br />
perten<strong>ce</strong>ntes aos bairros Monte Castelo, Barra <strong>do</strong> Ceará, Antônio Bezerra, Henrique<br />
Jorge e Jangurussu.<br />
Importante salientar que o lixão representa to<strong>do</strong> um conjunto <strong>de</strong> problemas<br />
relaciona<strong>do</strong>s à poluição <strong>do</strong> ar, <strong>do</strong> solo e das águas superficiais e subterrâneas, além<br />
<strong>de</strong> impactos à saú<strong>de</strong> pública por serem ambientes para vetores <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças, tanto os<br />
macrovetores (pulgas, mosquitos, moscas, baratas, cães, gatos, ratos, pombos,<br />
urubus e outros), como os microvetores (bactérias, vírus, protozoários, helmintos,<br />
fungos e outros).<br />
De um mo<strong>do</strong> geral, os da<strong>do</strong>s e as informações reunidas nessa pesquisa<br />
indicaram que as áreas ocupadas pelos lixões <strong>de</strong> Fortaleza/CE permane<strong>ce</strong>m<br />
aban<strong>do</strong>nadas, representan<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s passivos ambientais e espaços propícios à<br />
transmissão <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças. Estes fatos, associa<strong>do</strong>s à ida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s lixões inativos, que<br />
permite inferir que ainda há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> chorume em alguns <strong>de</strong>les ,<br />
mostra que é preciso atenção especial <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público e da própria população no<br />
monitoramento <strong>de</strong>ssas áreas, uma vez que há riscos relevantes à saú<strong>de</strong> pública.<br />
Observamos que, a partir <strong>de</strong> 1998, Fortaleza passou a tratar os seus RSD<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma outra perspectiva: a partir <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Gerenciamento forma<strong>do</strong><br />
por Coleta Domiciliar, Usina <strong>de</strong> Triagem e Aterramento Sanitário. Nesse senti<strong>do</strong>, a<br />
Coleta Domiciliar passou a ser <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma con<strong>ce</strong>ssionária; a Usina<br />
<strong>de</strong> Triagem permitiu a segregação <strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s recicláveis gera<strong>do</strong>s na cida<strong>de</strong> e o<br />
Aterramento Sanitário permitiu um ‘melhor’ <strong>de</strong>stino final <strong>do</strong>s resíduos (em<br />
comparação à disposição outrora feita em lixões).<br />
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